CAPITULO VINTE E QUATRO - DESPEDIDAS

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NARRADORA ON

– Não...! EDWIGES! — gritou Harry!!

A vassoura girou em direção ao solo, mas ele conseguiu, por um triz, agarrar a alça da mochila e a gaiola quando a moto voltou à posição normal. Um segundo de alívio e outro clarão verde. A coruja se soltou da gaiola um grito agudo indo para o chão. Ela havia salvado Harry de uma maldição da morte.

– Não... NÃO! — ele gritou

A moto avançava veloz; de relance, Harry viu Comensais da Morte encapuzados se dispersarem quando Hagrid rompeu o seu círculo.

– Edwiges... Edwiges...

Alison viu a cena, doeu nela, poderia ser apenas uma coruja, mas era uma das que sempre esteve com Harry. O garoto gritava, A coruja, porém, continuou caindo até o chão. Harry não conseguia acreditar, e sentiu um supremo terror pelos companheiros. Espiou rapidamente por cima do ombro e viu uma massa de gente se deslocando, clarões verdes, dois pares montados em vassouras se distanciavam, mas não sabia dizer quem eram...ele viu Alison se distanciar com Lupin.

– Hagrid, temos que voltar, temos que voltar! – berrou para sobrepor a voz ao ronco atroante do motor, empunhou a varinha, empurrou a gaiola de Edwiges para o chão, se recusando a aceitar que estivesse morta. – Hagrid, DÊ MEIA-VOLTA!

– Minha obrigação é levar você em segurança, Harry! – berrou Hagrid, acelerando.

– Pare... PARE! – gritou Harry. Quando tornou a olhar para trás, dois jorros de luz verde passaram voando por sua orelha esquerda: quatro Comensais da Morte tinham deixado o círculo e vinham em sua perseguição, fazendo pontaria nas largas costas de Hagrid. O bruxo se desviou, mas os Comensais emparelharam com a moto; lançaram mais feitiços contra eles, e Harry teve que se abaixar para evitá-los. Torcendo-se para trás, ordenou "Estupefaça!", e um raio de luz vermelha partiu de sua varinha, abrindo uma brecha entre os quatro perseguidores, ao se dispersarem para evitar ser atingidos.

– Segure-se, Harry, isso acabará com eles – rugiu Hagrid, e Harry ergueu os olhos bem em tempo de ver o amigo meter o dedo grosso em um botão verde ao lado do medidor de gasolina.

Uma parede, uma parede maciça de tijolos irrompeu do cano de escape. Espichando o pescoço, Harry a viu expandir-se no ar. Três dos Comensais da Morte se desviaram para evitá-la, mas o quarto não teve tanta sorte: desapareceu e em seguida despencou como uma pedra por trás da parede, sua vassoura despedaçada. Um dos companheiros diminuiu a velocidade para socorrê-lo, mas eles e a parede voadora foram engolidos pela escuridão quando Hagrid se inclinou por cima do guidão e acelerou.

Mais Maldições da Morte lançadas pelos dois Comensais sobreviventes voaram pelos lados da cabeça de Harry, mirando Hagrid. Harry respondeu com Feitiços Estuporantes; vermelho e verde colidiam no ar produzindo uma chuva de faíscas multicoloridas, e o garoto pensou intempestivamente em fogos de artifício, e nos trouxas lá embaixo que não fariam ideia do que estava acontecendo...

– Lá vamos nós outra vez, Harry, segure-se – berrou Hagrid, apertando um segundo botão. Desta vez saiu uma rede pelo escape, mas os Comensais da Morte estavam preparados. Não só se desviaram, como o que havia desacelerado para salvar o amigo inconsciente os alcançou: brotou inesperadamente da escuridão e agora três deles vinham em perseguição da moto, todos disparando feitiços.

– Isso vai resolver, Harry, segure firme! – berrou Hagrid, e o garoto o viu bater com a mão espalmada no botão roxo ao lado do velocímetro.

Com um urro inconfundível, o fogo de dragão, incandescente e azul, jorrou pelo escape e a moto arrancou com a velocidade de uma bala produzindo um som metálico. Harry viu os Comensais da Morte desaparecerem para evitar a trilha mortífera de chamas e ao mesmo tempo sentiu o sidecar sacudir sinistramente: as ligações metálicas que o prendiam à moto racharam com a violência da aceleração.

𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐄𝐈𝐑𝐄𝐒𝐒 | DRACO MALFOY (EM REVISÃO)Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz