CAPITULO VINTE E DOIS - CAMÂRA SECRETA

9.2K 862 1.4K
                                    

NARRADORA ON

– Devemos estar quilômetros abaixo da escola – disse Harry, sua voz ecoando no túnel escuro.

– Provavelmente debaixo do lago – sugeriu Draco, apertando os olhos para enxergar as paredes escuras e limosas.

Os cincos se viraram para encarar a escuridão à frente.

– Lumus! – murmurou Alison para sua varinha que acendeu. – Vamos – chamou Rony e Lockhart, e lá se foram os cincos, seus passos chapinhando ruidosamente no chão molhado.
O túnel era tão escuro que eles só conseguiam ver uma pequena distância à frente. Suas sombras nas paredes molhadas pareciam monstruosas à luz da varinha.

– Lembrem-se – disse Harry baixinho enquanto avançavam com cautela –, a qualquer sinal de movimento, fechem os olhos imediatamente...

Mas o túnel estava silencioso como um túmulo, e o primeiro som inesperado que ouviram foi o ruído de alguma coisa sendo esmagada quando Rony pisou em alguma coisa que descobriram ser um crânio de rato. Alison baixou a varinha para olhar o chão e viu que se encontrava coalhado de ossos de pequenos animais. Tentando por tudo não imaginar que aspecto teria Gina se a encontrassem, Alison, à frente, virou uma curva escura do túnel.

– Alison... tem alguma coisa ali... – disse Draco rouco, agarrando o ombro da amiga.

Eles se imobilizaram, observando. Alison e Harry conseguiam apenas ver o contorno de uma coisa enorme e curvilínea, deitada atravessada no túnel. A coisa não se mexia.

– Talvez esteja dormindo – sussurrou, olhando para os outros quatro que estava atrás dela. Lockhart tampava os olhos com as mãos. Alison tornou a se virar para olhar a coisa, o coração batendo tão forte que chegava a doer.

Muito devagarinho, com os olhos o mais apertados possível, mas ainda vendo, Alison e Harry avançaram juntos aos poucos com a varinha erguida. A luz deslizou pela pele de uma cobra gigantesca, colorida e venenosa, que se encontrava enroscada e oca no chão do túnel. O bicho que se desfizera dela devia ter no mínimo uns seis metros de comprimento.

– Droga – xingou Rony em voz baixa.
Ouviram então um movimento súbito às costas. Os joelhos de Lockhart tinham cedido.

– Levante-se – disse Draco com rispidez, apontando a varinha para Lockhart.
O professor se levantou, em seguida atirou-se contra Rony, derrubando-o no chão. Harry deu um salto à frente, e Alison olhou rapidamente enquanto Draco se afastou no susto mas demasiado tarde. Lockhart já se erguia, ofegante, a varinha de Rony na mão e um sorriso radioso novamente no rosto.

– A aventura termina aqui, Crianças. Vou levar um pedaço dessa pele de volta à escola, dizer
que cheguei tarde demais para salvar a garota e que vocês quatro enlouqueceram tragicamente ao verem o corpo dela mutilado, digam adeus às suas memórias!

Ele ergueu a varinha de Rony, emendada com fita adesiva, acima da cabeça e gritou:

– Obliviate!

A varinha explodiu com a força de uma pequena bomba. Alison e Draco junto de Harry ergueram os braços para o alto e fugiram, escorregando nas voltas da pele de cobra, escapando do alcance dos grandes pedaços do teto do túnel que caíam com estrondo no chão.
No momento seguinte, Rony estava sozinho, contemplando uma parede maciça formada pelos destroços.

– Rony! – gritou Harry. – Você está bem? Rony!

– Estou aqui! – respondeu a voz abafada de Rony atrás do entulho. – Estou bem, mas esse bosta aqui não está, a varinha acertou nele...

𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐄𝐈𝐑𝐄𝐒𝐒 | DRACO MALFOY (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now