CAPITULO CENTO E TRINTA E NOVE - MANDE AS TROPAS

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NARRADORA ON

Foi como mergulhar em um velho pesadelo; por um instante, Alison se viu mais uma vez ajoelhada ao lado do corpo de Dumbledore, ao pé da torre mais elevada de Hogwarts, mas, na realidade, estava contemplando um corpo minúsculo encolhido sobre o capim, trespassado pela faca de prata de Bellatrix. A voz de Harry ao seu lado continuou a dizer: "Dobby... Dobby...", mesmo sabendo que o elfo se fora para um lugar onde já não poderia atender o seu chamado do menino, Alison sabia o quanto Harry sofria. No fundo estavam no mesmo barco.

Passados um minuto ou pouco mais, ela finalmente percebeu que, tinham vindo parar no lugar certo, porque ali estavam Gui, Fleur, Theo, Draco e Luna, rodeando-o junto ao elfo.

– Hermione? – perguntou ele-,
repentinamente desesperada. – Onde ela está?

– Rony levou-a para dentro – disse Gui. – Vai ficar bem. Aliás...eu sei que mal tive tempo pra dizer mais está tão crescida.

Alison se levantou e abraçou Gui, ele fora o único que no começo depois da descoberta ainda a chamará de irmã. Alison ainda via a família Weasley como família. Não de sangue, mas tinha um grande carinho.

— Irá ficar tudo bem — Gui repetiu isso alguma vezes para a ruiva mais nova porém nem ele acreditava nisso

Harry que ainda estava ali, tornou a olhar para Dobby. Esticou a mão e puxou a faca afiada do corpo do elfo, então despiu o
próprio blusão e, como se fosse um cobertor, estendeu-o sobre Dobby.

Gui deu sugestões para o enterro do elfo. Harry e Alison concordaram, sem realmente saber o que estavam dizendo ou pensando.

– Quero enterrá-lo como deve ser. – Foram as primeiras palavras que Harry teve plena consciência de pronunciar. – Não por magia. Vocês têm uma pá?

E pouco depois, ele começou a trabalhar, junto de Draco e Theo, abrindo uma cova no lugar que Gui lhes apontara no extremo do jardim, entre moitas e arbustos. Harry dentre os outros cavava com uma espécie de fúria, sentindo prazer no trabalho manual, envaidecendo-se com essa antimagia, porque cada gota de suor e cada bolha que se formava eram para ele uma oferenda ao elfo que salvara suas vidas. Alison ficou sentada na areia observando o mar. Lembrou de seus sonhos quando pequena.

— Sabe sempre achei ridículo esse seu sonho de sair velejando pelo mundo — comentou Rony que se sentou ao lado dela — Mas agora te entendo...tudo foi por paz não? Foi tudo o que sempre quis buscar...paz

— Paz...será que lá no fundo ela existe? Será que não vamos acabar nos matando no final de tudo isso? — perguntou ela olhando ainda para os ondas do mar quebravam próximo às pedras.

— Eu espero que não...de todos, você é a que mais merece ter um vida longa e feliz — respondeu Rony — Me arrependo tanto de tudo que fiz, o modo que te tratei...

— Rony isso está no passado...você sempre sera meu falso gêmeo predileto — ela deixou seu olhar cair sobre Rony — Nada nunca vai ser maior que nossa conexão..ela pode ter se perdido por um tempo. Mas sempre existiu.

Alison ficou ali mais um tempo com Rony, perdera a noção do tempo. Sabia apenas que a noite clareara quando Harry se juntou a eles.

– Como está Hermione? — perguntou Harry com uma feição pálida

– Melhor – disse Rony. – Fleur está cuidando dela.

Alison quis perguntar o porque de Harry não querer cavar mais cova com magia mais sabia que o garoto teria a resposta pronta se ela  perguntasse. Os amigos pularam para dentro do buraco, que ele já fizera, trazendo pás e, juntos, trabalharam em silêncio até a profundidade parecer suficiente.

𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐄𝐈𝐑𝐄𝐒𝐒 | DRACO MALFOY (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora