CAPITULO CENTO E QUARENTA E NOVE - SUAS ULTIMAS PALAVRAS?

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NARRADORA ON

Alison havia chegado a uma conclusão

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Alison havia chegado a uma conclusão. Deviria morrer. Isso era fato.

Seus amigos, Seu pai, sua família...ou pelo mínimo que parecia sobrar dela pareciam estar muito longe, em um país longínquo; sentia como se tivessem se separado havia muito tempo. Não haveria despedidas nem explicações, assim decidira. Era uma viagem que não poderiam empreender juntos, e as tentativas que os amigos fizessem para impedi-lo seriam uma perda de tempo preciosa. Colocou a mão na barriga...sentiu um medo e pediu perdão. Haveria de fazer aquilo.

Baixou os olhos para o relógio. Quase metade da hora que James fixara para sua rendição já transcorrera. Ela se pôs de pé. Seu coração saltando contra as costelas como um pássaro frenético. Talvez ela soubesse que lhe restava muito pouco tempo, talvez estivesse decidida a completar os batimentos de uma vida antes de seu fim. Ela não olhou para trás ao descer as escadas de Hogwarts. Agora a morte teria o que sempre quis. Ela.

O castelo estava deserto. Sentiu-se um fantasma, atravessando-o sozinha, como se já tivesse morta. Os bruxos dos retratos continuavam ausentes de suas molduras; o lugar estava soturnamente quieto, como se toda a sua força vital estivesse concentrada no Salão Principal, onde se comprimiam os mortos e os enlutados.

Alison vestiu a Capa da Invisibilidade que ainda estivera com ela e foi descendo os andares e, por último, a escadaria de mármore do saguão de entrada. Talvez uma parte infinitesimal dela tivesse esperança de ser percebida, de ser detida, mas a capa estava, como sempre, impenetrável, perfeita, e ela alcançou as portas da entrada sem empecilhos.

Então Neville quase colidiu com ela. Era um dos dois que traziam um cadáver dos jardins. Alison olhou para baixo e sentiu outra pancada surda no estômago: Colin Creevey. Embora menor de idade, devia ter voltado escondido como tinham feito Anne, Crabbe e Goyle. Ele parecia minúsculo na morte.

– Sabe de uma coisa? Posso carregá-lo sozinho, Neville – disse Nicholas, e colocou Colin sobre o ombro, como fazem os bombeiros, e levou-o para o Salão Principal.

Neville encostou-se no portal por um momento e secou a testa com o dorso da mão. Parecia um velho. Em seguida, voltou a descer a escada e entrou pela escuridão para resgatar mais corpos.

Alison virou-se para olhar o Salão Principal. As pessoas se movimentavam, tentavam consolar umas às outras, se ajoelhavam ao lado dos mortos, mas ela não viu nenhuma das que amava, nenhum vestígio de Seu pai, Luke, Sírius, Veronica, Draco, Maya, seus outros amigos nem dos outros Weasley, nem de Luna. Sentiu que teria dado todo o tempo que lhe sobrava para uma última olhada neles; mas, então, encontraria forças para parar de olhar? Era melhor assim.

Ela desceu a escada e saiu para a escuridão. Eram quase quatro horas da manhã e a quietude mortal dos jardins dava a impressão de que todos prendiam a respiração, aguardando para ver se ele conseguiria fazer o que devia.

𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐄𝐈𝐑𝐄𝐒𝐒 | DRACO MALFOY (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now