You Are Not Alone

By J_M_Fanfic

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Gerard Way tinha um único objetivo quando entrou de penetra na festa da final de turnê de sua banda preferida... More

Gerard Way
Frank Iero (Parte I)
Frank Iero (Parte II)
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Jepha

Frank Iero

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By J_M_Fanfic

Oie, oie gente. Como vocês estão?


Eu não sei bem o que falar aqui, esse capitulo foi tenso em muitos sentidos, e eu e a Mika sofremos um tanto fazendo ele...

A galera nova que veio de Destinados sejam todos bem vindos <3


Não vou me prolongar aqui, espero que gostem...

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Realmente pensei que ele ia adorar. Gee andava distante e nos últimos dias, cada vez mais estranho... Queria apenas agradá-lo, mas o que ele me passou pelo vínculo não foi nada próximo de alegria. Foi uma mistura intensa, algo que nunca senti... Desespero, raiva, tristeza, decepção, mágoa...

Pela primeira vez, fiquei perdido. Não tinha ideia do que fazer... Não tinha ideia do que estava acontecendo...

Em completo silêncio, ele saiu do quarto e foi para a sacada. Andava com rapidez e com as mãos em punho. Não consegui ver seus olhos quando passou por mim. Fui atrás dele, entretanto logo ele voltou. Carregava suas latas tintas, que deixou ao chão assim que entrou no quarto. Em seguida, abriu uma delas e jogou a cor na parede. Era preto.

Fiquei desesperado. Aquilo dera muito trabalho, contudo eu não sabia o que fazer ou falar. Gerard estava me passando fúria pelo vínculo, um quase ódio. Aqueles sentimentos me emudeciam, era como se caso eu abrisse a boca, tudo pioraria.

- Esse.Não.É.O.Quarto.Do.Demian! – disse com raiva entre dentes, me fitando enquanto espalhava a tinta preta com a mão, como se para desfigurar a parede tão cuidadosamente pintada.

Meus lábios entreabriram e eu não sabia o que responder enquanto ele abria outra tinta e jogava na outra parede. O preto escorria, manchando o chão.

- Você pode me usar o quanto quiser... Mas o meu filho não, Frank! O Demian não é o substituto do seu filho morto, você tá me entendendo? – ele gesticulava para mim com as mãos manchadas, me fitou nos olhos e a fúria que passava pelo vínculo estava visível em seu olhar.

- Gee... Do que você tá falando? – me sentia completamente perdido.

O que estava acontecendo ali? Por que toda aquela raiva? E falta de consideração? Gerard não era assim...

- Laranja! – gritou e eu entendi ainda menos – Quem gosta dessa cor Frank? Eu? Você? Quem?!

Hesitei. Não sabia onde ele queria chegar – Eu gosto... – comentei.

- Não mente pra mim! Você mente para todos que gosta de preto, contudo eu sei que sua cor favorita é rosa! Me fala Frank, qual a minha cor favorita?

- Eu... – tentei me lembrar, mas sinceramente ele me passava tanta coisa que minha cabeça doía.

- Tudo bem você fazer isso comigo! – disse e vi seus olhos se encherem de lágrimas, o que me deixou extremamente abalado – Tudo bem você me usar como algum tipo de substituto para ela, mas o Demian não! – nova fúria – O Demian jamais será o Christopher, me entendeu? Nunca! – voltou a gritar – Nem sob o meu cadáver! – foi até o mobile, arrancando-o do berço com tanta raiva que feriu a própria mão – Fui claro?! – e o atirou na minha direção.

Gerard me deixou sem reação, além do que ele falava, tinha todos os sentimentos que me passava... Por que ele mencionara Christopher?

- Gerard... - tentei me aproximar e ele voltou a se exaltar.

- Não toca em mim Frank! - gritou em minha direção - Responde o que te perguntei. Quem gosta de laranja? Qual minha cor preferida? Quem gosta de pássaros? Quem Frank?!

Ele agora abrira as gavetas da cômoda que tínhamos posto ali apenas para guardar o que ganhávamos e havíamos comprado até a chegada do roupeiro.

- E essas roupas, Frank? - tirou alguns macacõezinhos que eu comprara e os atirou em minha direção - Você comprou pro nosso filho ou para o filho de vocês, Frank Iero?

Eu estava tentando pensar, olhei para tudo que ele me mostrava... Laranja, amarelo... Pássaros... – Jamia... – murmurei, começando a entender o que acontecia ali. Jamia... Christopher... Ele achava que eu estava substituindo eles? Com ele e o Demian? Mas... Eu jamais faria isso... Não era... Não era o que eu estava fazendo...

- Não me diga! Finalmente! – me fitou e apesar de seu tom irônico, suas lágrimas passavam uma grande fragilidade e o vínculo deixava clara sua dor e mágoa – Pelo menos você admite que isso tudo, é ela! Esse quarto e essas roupas seriam pra quem? Para o nosso filho que não é! Jamais compraria roupas assim e você, você só gostava disso quando estava com ela! Você usava esse tipo de coisa para agradá-la! Não me venha dizer que não te conheço! – ele tremia e eu realmente queria abraça-lo, num sussurro continuou - Eu te conheço sim! E sei que você não usaria isso normalmente! – se mantinha longe e eu sabia que se me aproximasse pioraria a situação – Só a minha cor favorita... – soluçou – Me diz que você sabe...

Meus olhos encontraram os dele e me dei conta de que não sabia.

Ele balançou a cabeça quando desviei meu olhar e lágrimas escorreram mais intensamente pelo seu rosto.

- Você não sabe nada sobre mim e não me importo de ser o substituto dela pra você Frank... Eu te amo e de alguma forma isso me deixa a sua mercê, mas meu filho não Frank... Ele não. - Gerard colocou as mãos sobre a barriga em uma forma de proteção que eu nunca o vira fazer e aquilo me quebrou...

Ele queria proteger nosso filho de mim.

- Gee... Eu... – precisava dizer algo, qualquer coisa... Explicar que não era aquilo, que ele me entendera errado... Quando senti a barreira no vínculo se erguendo me desesperei – Não faz isso! – me aproximei devagar – Calma... – tentei tocá-lo, mas ele deu um passo para trás se afastando.

- Calma...? – apesar da barreira se erguendo, consegui sentir a dor que o consumia, era devastadora... Ia além de achar que seu amor não era correspondido, ele tinha certeza que tudo que vivemos não significava nada para mim... Que eu não o incluía em nenhum aspecto de minha vida... Nem no filho que teríamos...

Que eu escolhi o passado.

Pior...

Que não importava o que fizesse, eu jamais o veria pelo o que ele é. E isso era pior do que estar sozinho... Era como ser invisível diante da pessoa que você ama...

Era como se ele gritasse que estava ali e eu jamais o via ou percebia suas peculiaridades.

Mas... Isso não era verdade...

Eu via Gerard...

Só que, ver e permanecer em silêncio, era o mesmo que bancar o cego, não?

Eu parecia estar repetindo o passado... Apenas com o pequeno detalhe de que agora, sabia seu nome. E do que adiantava sabe-lo, se eu ainda ignorava a pessoa por detrás dele? Eram esses sentimentos que ele me passava antes de se isolar por detrás daquela muralha... Antes de me afastar de seu coração...

Eu tinha noção daquela fragilidade... Na carta que ele me escrevera quando fora embora, nas vezes em que aceitara eu nunca dizer o que realmente sentia... Eu sabia... E mesmo assim... Eu o quebrara.

- Gerard... – murmurei. Por que eu não conseguia dizer? Por que o vínculo era tão claro em me dizer que já não adiantava...

Gerard encontrara uma única pessoa que ele amava mais que a mim, que ele queria como família além de mim... Nosso filho... E na visão dele, eu queria machuca-lo... Fazer o mesmo que fiz a ele... E principalmente... Na visão dele... Eu queria que Demian pertencesse a Jamia.

- Fica longe de mim. – as lágrimas dele eram como facadas.

- Eu... Eu não quero tirar o Demian de você... Eu... – como eu poderia consertar aquilo? Não sabia... – Eu amo você.

Os olhos de Gerard se arregalaram – Não... Não! – gritou – Você não vai usar o que eu sinto contra mim! – ele tremia entre soluços – Você não vai dizer o que eu sempre quis ouvir agora! – seu choro intensificou até ele abraçar a barriga com intensidade, gemendo de dor – Não... Não... – murmurou se encolhendo – Demian...

Gerard se encolheu aos poucos até que em um rompante do que eu sabia ser dor, ele perdeu a consciência, indo ao chão ainda com as mãos protegendo a barriga.

E a cena de vê-lo ali caído me fez voltar no tempo e o desespero tomar conta de mim.

Me aproximei, jogando-me ao seu lado e o chamando, só queria ver seus olhos verdes, mas não obtive resposta.

Não sabia o que fazer, não sabia sequer o que realmente estava acontecendo, o mundo parecia ter estagnado em um momento desesperador e eu não sabia como agir. Meu único instinto foi deixar claro a todos de minha manada, que eu estava em uma situação de risco...

E sim...

Eu estava.

Não conseguiria suportar aquilo.

Não aguentaria perder Gerard... Nem meu filho...

Abracei mais forte – Amor... Amor... Acorda... – senti lágrimas descerem pelo meu rosto – Me desculpe... Eu... Eu... Não sabia o que estava fazendo... Por favor... Eu imploro... Gee... – beijei sua testa enquanto sentia meu corpo tremer.

Teffy começou a latir ao meu lado, apesar de não tê-la ouvido ou visto até aquele momento, seu desespero parecia acompanhar o meu...

- O que aconteceu aqui? - estava abraçado a Gerard quando ouvi a voz de Bob, minha visão estava embaçada devido as lágrimas que escorriam e eu me sentia uma criança indefesa.

- Ele não acorda... - foi à única coisa que consegui falar entre meu desespero e minhas lágrimas... - O Gee não acorda.

Bob pegou imediatamente o celular, enquanto Bert, Matt e Jeph entravam no apartamento. Matt me abraçou – Respira fundo Frank... – disse próximo a mim.

Só que eu não conseguia...

Bert observava a cena e parecia chocado.

Gee estava no chão... Desmaiado... Protegendo nosso filho... Não por causa de uma doença, como acontecera com Jamia quando a encontrei nesse estado, mas por minha causa.

Eu fora a doença que acometera Gerard. Eu peguei seu coração, já danificado pela vida, e o destruí por completo.

Contudo... Se depois de muito sofrimento, consegui viver num mundo sem Jamia, tinha certeza de uma única coisa...

Não conseguiria viver num mundo sem o Gerard.

- Gee... – murmurei trazendo-o para mais perto do meu peito – Acorda... Por favor... Gee...

- Frank... – ouvi a voz de Jeph – Você precisa soltá-lo... O paramédico precisa levá-lo...

Olhei ao redor, havia mais uma pessoa agora, ele trabalhava no ambulatório do condomínio... Não queria soltar Gerard... Não podia soltá-lo...

- Frank! – Bob me sacudiu e eu o fitei – Olha pra ele! Ele precisa ir para um hospital, agora! – ele apontou a mancha de sangue na calça de Gerard e meu desespero aumentou – Agora! – voltei a fitar Bob e então levantei, pegando Gerard e colocando-o na maca. Corremos levando-o para a ambulância enquanto eu tentava não pensar.

As coisas pareciam não ter cor, eu apenas me focava no rosto de Gerard deitado naquela maca e que ficava mais pálido a cada momento.

Ele gemeu quando um dos paramédicos colocou a agulha do soro em seu braço e o homem me acalmou garantindo que ele ainda não entrara em casulo, estava apenas desmaiado e poderia acordar a qualquer instante.

E eu queria acreditar, eu queria acreditar com todas minhas forças, mas não conseguia.

A única coisa que conseguia pensar era em tudo que iria acontecer a partir dali... Se ele entrasse em casulo.

Gee teria assinado o documento de não aborto?

Aquilo era sigiloso do ômega e nunca havíamos parado para conversar a respeito.

A barreira estava alta... Eu o sentiria partindo?

Ou tudo acabaria como estava?

Em um grande vazio.

Tive de largar sua mão quando chegamos ao hospital e o levaram para tratamento.

Caí de joelhos e meu mundo parecia ter parado.

Lembrei-me de quando passei por aquilo com Jamia... De quando o médico veio me avisar que ela estava em casulo e a cada dia a sentia partir...

Lentamente.

Como uma tortura, cada dia, cada minuto, cada segundo, ela se distanciava mais...

A loucura era... Eu apenas queria sentir Gerard agora... Mesmo que fosse para senti-lo partir, eu queria senti-lo!

Sabia que estava chorando, mas não me importava.

Nada mais importava.

Quantas vezes ele disse que me amava?

Quantas vezes respondi com meu silêncio?

Como deixei chegar nesse estado?

Tudo que vinha a minha mente era o arrependimento de não ter contado. De não ter deixado claro.

- Você é o amor da minha vida... Gerard... – fechei meus olhos em meio às lágrimas.

Me senti mergulhando em um oceano de lembranças que queria esquecer.

Lembranças que me levavam ao dia que a vi naquele mesmo estado...

Quando acordei, naquela manhã, ela estava tão pálida... Não queria ir trabalhar, contudo ela insistiu que eu deveria ir...

- Mas você parece ainda pior... Jam, talvez você devesse ir ao hospital. Vou com você...

Jamia sorriu para mim, ela vinha estando fraca nos últimos dias e eu insistia que deveria fazer alguns exames, até mesmo durante os cios ela parecia cansada.

- Estou ótima. - os olhos castanhos dela me fitaram e devido a todos os anos de convivência eu sabia que mentia - Só preciso descansar um pouco...

A olhei brevemente... - Me liga se algo acontecer?

Selei nossos lábios em um beijo enquanto ela concordava com a cabeça.

Naquela época, eu ainda era um mero professor de música, mas era feliz, nossa vida era tranquila e tirando aqueles momentos de fraqueza de Jamia, era tudo perfeito.

Ainda me lembro de voltar naquela noite do trabalho e a encontrar caída no chão...

Exatamente como vi Gerard.

A levei para o hospital e recebi todas as notícias que acabaram comigo naqueles próximos meses... Ela estava grávida. Ela entrara em casulo. Ela assinara os papéis me negando à possibilidade de deixa-la abortar. Ela não conseguiria levar a gestação até o final, devido a sua saúde já precária. Nosso filho era um alpha e não sobreviveria. Ela morrera. Nosso bebê morrera três dias depois.

Meu mundo desabou. Minha vida parecia uma piada sem graça e sem fundamento. E tudo, absolutamente tudo que restara dela, fora uma carta...

"Querido Frank...

Se está lendo isso, é porque não consegui levar essa gestação até o final e entrei em casulo. Provavelmente, morri – ou morrerei em breve.

Me perdoe por estar tomando todas as decisões sem te consultar... É que sei que jamais permitiria essa loucura.

Sabe... Os médicos disseram aos meus pais que eu morreria quando tinha doze anos. O tempo máximo, garantiram, que alguém com a minha saúde aguentaria.

Contudo, sobrevivi, mais do que isso, vivi. Sim. Eu tive uma vida plena, Frank. Graças a você.

Entretanto, antes de saber de minha gravidez, meus exames já apontaram para o inevitável... Me desculpe não ter te contado... Quando ia contar sobre isso, veio o milagre.

Nosso pequeno milagre, Christopher.

Ah... Eu não poderia abrir mão por apenas mais algum tempo, entende?

Sei que deve estar com raiva, se sentindo traído e principalmente, triste. Mas, eu quero que você continue...

Quero que você viva Frank. Que realize todos os sonhos que abandonou por mim, para cuidar de mim.

Como sua banda, lembra-se dela? Vocês tinham um grande futuro, são realmente muito bons... Contudo, você a deixou para passar mais tempo ao meu lado...

Sei que não está plenamente feliz com isso, por mais que negue. Tocar e ouvir a plateia, sempre foi algo que lhe preencheu de alegria.

Faça isso. Faça a sua banda. Toque. Encha o mundo com música. Viva. Se divirta. Aproveite cada segundo que tem como eu aproveitei os meus.

E... Cuide de nosso filho. Espero que tenha seus olhos...

P.S.: Deixei uma carta destinada ao Bert, por gentileza entregue a ele... E cuidem um do outro... E nada de brigas.

Com amor,

Jamia."

Aquela carta chegou até mim meses depois de sua morte.

Quando finalmente tive coragem de entrar em nosso quarto.

Ela deixara sobre a mesinha do lado dela, sabia que entraria em casulo aquele dia e escreveu aquelas palavras.

E por muito tempo a culpei, por me deixar, por escolher aquele final, por ter mentido para mim.

Até que entendi que ali não havia culpados...

Jamia fez o que queria, como sempre fazia e nem eu, nem ninguém, a impediria.

Mas ali, sentado naquele corredor, eu sabia... Sabia que o estado de Gerard tinha um culpado.

E era eu.

Gerard tinha a saúde perfeita... Eu o levei ao limite.

E por quê? Por que não o amava e queria que ele substituísse Jamia? Não.

Porque eu não conseguia aceitar o fato de um rapaz que eu conhecera melhor há poucos meses, ter preenchido a minha vida de forma tão plena. Que meus delírios com um "ômega perfeito", não eram delírios. E esse ômega, não era Jamia.

Só tive um relacionamento sério antes de Gerard e fora com ela. Meu primeiro beijo, minha primeira vez, meu primeiro cio em conjunto, fora tudo com ela. Eu a amei desde o dia que pus meus olhos nela, quando éramos crianças. Sua saúde frágil me dava ainda mais vontade de protegê-la, de cuidá-la... Sempre tive um fraco por aquilo que era quebrado e Jamia personificara isso.

Quando ela morreu, prometi a mim que jamais amaria de novo. Ela seria eternamente minha esposa e minha alma gêmea. Se existisse outro mundo, nos encontraríamos lá.

Entretanto, Gerard apareceu... Seu cheiro me fez perder o controle de cara, algo que nunca ocorrera – nem com Jamia. Sua personalidade me conquistara. Sua forma de rir, de ficar zangado, seu jeito de bancar o forte, mas ser muito mais frágil do que qualquer pessoa que eu conhecera...

Meu coração foi totalmente tomado e eu não conseguia aceitar isso. Me sentia ofendendo Jamia.

E agora... Eu o quebrei e poderia perdê-lo... Sem que ele ao menos soubesse... Ou tivesse a mínima noção de como me fazia sentir... Sem que ele entendesse que se tornara a minha vida. Que ele passou muito longe de "preencher um vazio em minha alma", e sim que ele a reconstruiu totalmente. Ele fez um novo design com espaço de sobra para ele e nosso filho. Nunca achei que conseguiria amar tanto alguém em tão pouco tempo, e ao mesmo tempo, odiar tanto minha própria covardia.

- O que exatamente aconteceu Frank? - levei um pequeno susto quando a voz de Bert pareceu perto demais, e ele realmente estava... - Nós sentimos... Por isso fomos ao seu apartamento... Mas... O que aconteceu meu amigo?

Não fazia ideia do que falar... Como contaria a Bert que de uma forma imbecil e totalmente impensada eu provocara aquilo? Que tentara, de forma inconsciente, por Gerard no lugar de Jamia – ou algo assim - e ele entendera tudo errado, achando que eu fizera de propósito?

- Eu... Eu sou um imbecil Bert... É isso que aconteceu. - cobri minha face com as mãos quando senti mais lágrimas escorrerem por meu rosto...

Fechei os olhos, me focando em Gerard... Ele estava ali... Mas, eu não sentia nada além...

Voltei a abri-los...

- O que você fez de tão errado? – Bert questionou, percebendo meu jeito.

Fitei minhas mãos – Biscoitos de canela... – murmurei.

Por que eu fizera aqueles biscoitos? Eles eram bons para saúde, certo, mas Gerard disse que seu doce favorito era bolo de chocolate, quando fizemos a entrevista para o conselho... Por que insisti naquilo? Por que não notei que o incomodava mais que o normal? Não... Ele pediu para eu não fazer... Eu insisti.

Baixei minha cabeça, encostando-a contra minhas mãos, que estavam unidas.

- Você envenenou os biscoitos? – Bert questionou atônito e quis mata-lo por me fazer sorrir de desespero naquela situação.

Parei de sorrir e procurei uma forma de dizer aquilo.

- Quem gostava de biscoitos de canela? - ele pareceu entender e se deu por convencido, contudo completei o raciocínio apenas para mostrar para mim mesmo o que Gerard estava pensando - Jamia gostava de biscoitos de canela... O Gee gosta de biscoitos de leite, e acima disso, de bolo de chocolate. Pintei o quarto do bebê de laranja... Quem gostava de laranja?

Bert novamente não me respondeu.

- Jamia gostava de laranja... Eu gosto de rosa e o Gee... – parei, baixando o olhar.

Aquela questão "Qual minha cor favorita?"...

Se eu tivesse respondido... Teria mudado algo?

Respirei fundo, me lembrando de Gee... E de repente, ela pareceu muito óbvia.

Desde a toalha que ele sempre escolhia, até o teto de seu apartamento.

- É azul. – falei – A cor favorita do Gee, é azul... Eu fiz tudo errado... E só eu não percebi... Sou um completo idiota, Bert.

- Frank... – Bert começou, mas o fitei sério. Não existiam desculpas para aquilo e se ele estava pensando em me dar alguma, eu não queria ouvir. Ele se calou.

As horas passavam e o pouco que eu sabia era que Gerard estava estável, também não me foi permitido vê-lo...

E cada minuto eu ficava mais desesperado, mais angustiado... Eu queria vê-lo... Eu precisava ter certeza de que estava bem, que nosso filho estava bem...

No início da manhã após aquela noite horrível, depois de ter negado mil vezes a proposta de ir para casa, um dos médicos veio até nós.

- Gerard Way. - ele chamou assim que entrou na sala de espera o que me fez dar um salto do lugar em que me encontrava sentado.

- Eu sou o responsável por Gerard.

O médico me olhou por alguns segundo e logo começou a falar.

- Ele acordou há pouco. - dei um suspiro de alívio enquanto Bert e Jepha me deram palmadinhas nos ombros em comemoração - Ele chegou bem perto de entrar em casulo, mas revertermos à situação, agora ele apenas precisa recuperar as forças... Contudo, o perigo real já passou...

- E o bebê? - questionei assim que a calma por Gerard não ter entrado em casulo me deixou mais tranquilo.

- Está bem, conseguimos reverter toda a situação, como falei, ele apenas precisa descansar agora. Deve seguir em observação por mais alguns dias, mas o pior já passou.

Eu estava feliz e aliviado, poderia voltar a vê-lo, poderia explicar o que aconteceu, tentar consertar aquele mal entendido... Gerard ficaria bem.

Nós ficaríamos bem.

- Quando posso vê-lo...? - perguntei animadamente, queria ter certeza de que estava bem, constatar com meus próprios olhos.

- As visitas começam às dez... Mas senhor Iero... - o médico pareceu cauteloso ao chamar meu nome... – O paciente restringiu sua entrada... Ele não quer ver o senhor.


--

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--


Deixem suas criticas, revoltas, panelaços, pedidos de impeachment das autoras...


O que vocês acharam do capitulo? Estavam esperando? Teriam a mesma atitude do Gee de não querer ver o Frank? Conversariam?? Nos contem.


e hoje me dei conta de que Yana já está no capitulo 31...E que alcançamos números que nunca pensei que alcançariamos...


Como já falei, eu e a Mika achávamos que Yana seria uma fic flopada por ser um universo muito pouco abordado com Frerard, mas não... Yana é um sucesso, e so temos a agradecer a vocês nossos leitores...


Sobre esse capitulo, ele foi pensado á muito tempo... Desde o começo da fic paticamente, e aos poucos fomos desenvolvendo essa briga e as consequências dela... Inicialmente, o Gee e o Frank fariam as pazes em seguida, porém com o decorrer da historia vimos que não se encaixava, e quando sentamos para conversar sobre vimos que a briga seria muito mais seria... e então chegamos ao que foi...


Enfim, vou parar de falar...


No próximo capitulo de Yana:

Gerard precisa tomar uma difícil decisão que pode interferir não apenas em sua vida, mas na de outras pessoas que ele ama... Mikey reaparece para ajudar o irmão mais velho, e Frank se encontra em um beco sem saída.


Desejamos a todos uma maravilhoso fim de semana...


Beijos da Tia Juh e da tia Mika<3

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