Destino de um pai

59°

Alicia

3 dias depois

Finalmente estou saindo do hospital, já não via a hora de poder ir pra casa, estou ansiosa para poder ver meu bebé, estou morrendo de saudade dele.

- Será que o Ben vai estar acordado quando chegarmos? - pergunto ansiosa pro meu lindo marido, que hoje está mais gostoso do que nunca.

- Acho que sim amor, ele não tem dormido tão bem nesses últimos quatro dias - ele da de ombros, isso me entristece um pouco, eu sou uma péssima mãe.

- Oi Jorge - falo animada, abro os bracos e ele se abaixa para me abraçar.

- Alicia, fico feliz em ver a senhora bem - ele fala envergonhado.

- Não vou dar mais preocupação desse tipo pra vocês - falo e dou um sorriso.

- Espero mesmo que não faça mais isso - Henrique fala e eu dou risada - Vamos Jorge?

- Claro senhor - Henrique me tira da cadeira de rodas e me coloca com cuidado no banco, Jorge guarda a cadeira no porta malas e entra no carro, no caminho até em casa não soltei meu marido um só segundo, mesmo com dificuldade pelo gesso da minha perna ficamos abracadinhos trocando beijos, como eu pude se quer desconfiar dele?

Falando em desconfiar, encontramos a Bárbara no hospital, parece que quando eu joguei minha aliança no Henrique que acidentalmente desviou para ela, pegou em cheio em seu olho, quando eu vi ela não consegui segurar a risada, seu rosto estava feio, o olho estava roxo e inchado. Mas preciso admitir que me senti culpada depois que descobri que foi por pouco que ela não perdeu a visão.

- Vamos? - Henrique me pergunta quando paramos na garagem.

- Eu tô com medo amor - falo insegura - e se ele não lembrar de mim?

- Amor - ele segura os dois lados do meu rosto e me da um selinho - ele nunca esqueceria a mãe dele.

- Você tem razão - seguro sua mão e aperto, meu coração tá tão acelerado que parece que vai pular pra fora a qualquer momento, Jorge abre a porta de trás do carro e a cadeira já está lá, Henrique me coloca novamente lá e vai me empurrando até a entrada, eu abro a porta lentamente e vamos em direção a sala de TV.

- MAMÃE - Ben grita assim que me vê na porta, ele vem correndo todo desajeitado até mim, ele abraça minhas pernas com forças, ele começa a chorar e eu também.

- Não chora meu garoto, a mamãe está aqui agora - tento me abaixar para pegar ele mas não consigo e acabo soltando um gemido de dor, pelas fortes fisgadas que sinto nos pontos em minha costela.

- Espera que eu faço isso mocinha - Henrique pega nosso baixinho e o coloca no meu colo, meu menino abraça meu pescoço com força, como se eu fosse fugir a qualquer momento, eu retribuo seu abraço e nós ficamos assim abraçados por um bom tempo, eu senti tanta falta do meu filho.Depois de um tempo ele solta nosso abraço e só fica no meu colo, brincado com meu cabelo.

- Ai norinha você nós deu um belo susto em? - Valentina fala e damos risada -eu estou tão feliz de estarmos nós duas grávidas ao mesmo tempo, nossos bebês vão ter apenas um mês de diferença - ela fala feliz e coloca a mão na sua barriga que já pouco aparente com seus 2 meses.

- Vão mesmo - falo e coloco a mão em minha barriga, Ben encara minha mão e coloca a sua mãozinha sobre a minha.

- Bebe - ele fala encarando minha barriga.

- Isso mesmo filho, bebê - meu marido fala ajoelhado ao nosso lado - seus irmãozinhos.

Eu nunca pensei em ter uma família tão linda como a que eu tenho, nem nós meus melhores sonhos eu poderia imaginar tamanho perfeição.

Depois de um tempo meus pais chegam trazendo com eles o Nico, ele e o Enzo ainda não estão se falando, meu cunhado tenta de diversas maneiras se aproximar dele, mas sem sucesso. Passo um tempo lá com eles, mas logo peço pro meu lindo marido me levar pro nosso quarto, minhas costas doem e começo a ter dificuldade para respirar.

- Vai com o vovô filho - tento mais uma vez que meu pequeno vá para o colo do meu pai mas ele aperta ainda mais seus bracinhos em meu pescoço - tudo bem gatinho.

- Eu consigo levar meus quatro amores no colo - Henrique fala e todos damos risada.

- Então vamos lá super homem - falo e ele nos pega no colo, Ben da gritinhos de alegria, eu começo a rir mas logo paro, realmente não dá pra respirar.

-Eu já te falei que amo você? - ele pergunta me encarando.

- Acho que já- deixo um beijo em sua bochecha e continuo - mas é sempre bom saber que esse homem lindo e gostoso me ama.

- Sou gostoso é? - ele pergunta já no último degrau da escada.

- Muito, mas muito gostoso - ele abre a porta com o pé e nos coloca com cuidado na cama.

- Bom saber - ele me beija e se afasta um pouco - quer tomar banho?

- Agora não - olho pro meu baixinho que parece estar com sono - vou colocar o Ben pra dormir e talvez eu durma também - dou de ombros e ele abre um grande sorriso.

- Então vou deixar vocês terem o momento de vocês, vou lá pra baixo, qualquer coisa é só gritar - ele me da mais um beijo ele vai até a porta mas para antes de sair - Eu te amo.

- Eu também te amo - falo e ele sai, olho pro meu filho e ele está lutando contra o sono - Você me ajudou tanto meu baixinho, sem você acho que eu não estaria aqui - falo e ele me encara - a mamãe te ama tanto - beijo sua testa e ele da uma risadinha - da um beijo na mamãe? - ele da um beijinho molhando na minha bochecha, o melhor beijinho do mundo, abraço ele é começo a cantar baixinho uma música que nunca teve tanto significado para mim como tem agora que eu tenho meu pequeno. (Música da mídia)

"

Tem o cheirinho que a mamãe mais gosta

Tem os beijinhos que eu quero sentir

Tão pequenino que cabe em meus braços

Por mais que cresça sempre caberá

Ben benzinho meu pequenino
Es benção pra mim meu Benjamin

Ben benzinho meu Benjamin
Você é o presente que Deus me deu

Você é o filho, que trouxe alegria

Só Deus sabe o bem, que você faz pra mim

Tão pequenino que cabe em meus braços

Por mais que cresça sempre caberá

Ben benzinho meu pequenino
Es benção pra mim meu Benjamin

Ben benzinho meu Benjamin
Você é o presente que Deus me deu

Meu Benjamin és a felicidade
Que coloriu os meu dias

Ben benzinho meu pequenino
Es benção pra mim meu Benjamin

Ben benzinho meu Benjamin
Você é o presente que Deus me deu

Você é o presente que Deus me deu. "