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Alicia

Saber que minha mãe depois de 1 anos lutando contra o câncer tem 90% de chances de estar curada me deixa mais do que feliz, mesmo vendo ela pra baixo se achando feia e menos feminina, isso a gente pode resolver com o tempo, me deixa muito feliz saber que ela não vai mais precisar sofrer com remédios fortes demais que tinha dias que não a permitiam levantar da cama de tão fraca que ficava, ela não vai mais precisar de toda semana tomar altas dosagens de remédios que a fazia vomitar e até desmaiar. Agora estando do lado dela vendo seu rosto sereno dormindo vejo o tanto que ela lutou para não ceder, mesmo cheia de dores ela sorria para demonstrar que estava bem, quando eu ou o Nico chegávamos perto de sua cama ela fazia um esforço danado pra levanta e a cabeça só pra poder perguntar como tinha sido nosso dia. Gracas a Deus eu tinha o Nico do meu lado, quando conheci ele eu tinha 13 anos e ele 17, depois de ser expulso da casa dos seus pais ele foi morar na casa de um amigo que sempre o metia em confusão, quando eu tinha 15 anos esse amigo bateu muito nele por ter visto ele com um outro garoto, minha mãe ficou desesperada, eu e ela levamos o Nico pro hospital e ela mandou que meu pai fosse dar um jeito no tal "amigo" do Nico, depois disso ela obrigou o Nico a ir morar com a gente e ele foi, meus pais o tratavam como um filho e pra mim ele não era só um amigo, mas sim um irmão, ele começou a trabalhar junto com o Enzo alguns meses depois e ele logo se apaixonou, minha mãe sempre falou pra ele tentar conversar com o Enzo mas ele dizia que o Enzo era hétero e que nunca iria se interessar por ele, depois de um ano trabalhando lá ele comprou seu apartamento, minha mãe ficou triste porque o menino dela iria embora, meu pai estava cheio de orgulho, meu pai queria ter um filho homem depois que eu nasci, porém isso não aconteceu então ele viu no Nico o filho que ele sempre quis ter.

- No que você tanto pensa minha menina? - mamãe pergunta com a voz rouca de sono.

- Oi mamãe, não é nada.

- Cada seu irmão? - ela e meu pai nos trata como verdadeiros irmãos, até nos colocava de castigo quando brigavamos.

- Ele foi tomar café com o pai e o Henrique.

- Filha ele finalmente se declarou pro Enzo? Eles estavam em uma intensa troca de olhares - dou risada disso.

- Bom mãe eu acho que a senhora vai ter que perguntar pra ele.

- Ah então a senhorita sabe e não quer me contar - só dou de ombros - então tá bom. E você e o Henrique como estão?

- Aí mãe ele é simplesmente um sonho - solto um suspiro - ele é muito mais do que um dia eu sonhei mãe. Ele é carinhoso, amoroso, é lindo de ver o jeito que ele cuida do Ben.

- E também é lindo ver vocês dois juntos - ela fala e eu sinto meu rosto esquentar - O Nico me contou que vocês estão dormindo no mesmo quarto isso é verdade? - quando ouço a pergunta dela quase engasgo.

- O Nico é um fofoqueiro - bufo - mas sim é verdade.

- E já rolou alguma coisa a mais?

- Quase - falo sem graça e ela me olha intrigada - sempre somos interrompidos por alguém - tento explicar sem ficar com vergonha mas é impossível.

- Não precisa ficar com vergonha filha, você precisa falar sobre esse assunto com alguém. E você acha que está preparada pra esse passo?

- Eu acho que sim mamãe - abro meu melhor sorriso - Eu gosto muito muito do Henrique mãe, eu só não falo que o amo porque acho que não é o momento.

- Se você esta pronta então vai em frente filha, da pra ver que ele gosta muito de você pelo jeito que ele cuida de você e pelo jeito que ele te olha - antes que eu responda os meninos entram no quarto.

- Voltamos meus amores - meu pai fala animado e com um grande sorriso, atrás dele está os meninos e o médico da minha mãe.

- Boa tarde - ele cumprimenta e minha mãe e eu respondemos - Eu acabei de analisar os seus últimos exames e eles estão totalmente limpos, sem mais nenhum vestígio do câncer, então a senhora vai poder ir embora amanhã, vai voltar aqui pra retirar os pontos daqui 15 dias, nada de fazer esforço. Nessa primeira semana a senhora terá a que seguir com a alimentação já prescrita para o seu marido. Alguma dúvida?

- Não, nenhuma doutor - minha mãe fala feliz.

- Então agora vou deixar vocês sozinhos, a senhora receberá alta amanhã às 9 da manhã - ele fala e começa a sair do quarto.

- Doutor - chamo antes que ele saia do quarto - muito obrigada.

- Não precisa agradecer - ele da de ombros - Eu só fiz o meu trabalho - então sai do quarto.

Nosso dia foi ótimo, mesmo sendo dentro de um hospital, minha mãe estava ansiosa para poder voltar para casa, ela odeia hospital. Voltamos pra casa já estava anoitecendo, Henrique subiu pra colocar o Ben no berço e tomar banho, já eu fui pra cozinha.

- O que você tá fazendo amor? - Henrique abraça minha cintura, olha pra pia e rouba uma rodela de tomate.

- Vou fazer um sanduíche pra gente - falo acabando de cortar o tomate.

- Você não prefere pedir pizza? - ele pergunta e me vira para ficar de frente pra ele - Aí enquanto a pizza não chega a gente pode aproveitar que o Ben tá dormindo e assistir um filme - ele sussurra no meu ouvido e deixa um beijo no meu pescoço.

- Gostei da ideia - mal acabo de falar e ele já me da um beijo daqueles que arrepia até o último fio o cabelo, ele me levanta e eu rodeio sua cintura com minhas pernas, vamos para a sala meio que a cegas por não desgrudarmos nossas bocas, ele me deita suavemente no sofá e deita por cima de mim. Continuamos a nos beijar e eu tiro sua blusa, passo minhas unhas suavemente pela suas costas, ele solta um gemido gostoso de ouvir e se arrepia todo, ele vai descendo os beijos para o topo da minha blusa mas ao invés de tirar ele a rasga.

- Ei eu gostava dessa blusa - falo ofegante, gostei desse lado agressivo.

- Eu também gostei dela, mas prefiro você sem ela - ele fala e volta a beijar meus seios por cima do sutiã, mas rapidamente o tira também.

- Você é bem ágil.

- Tenho que ser amor - ele fala já com a boca bem próxima do meu seio, a sala estava fria mas seu hálito estava quente e isso me faz ficar arrepiada, ele me encara e da um sorriso safado, quando ele começa a sugar meus seios não aguento e solto um gemido, seu hálito quente na minha pele fria me causa uma sensação indescritível. Não aguentando mais segurar começo a tirar sua calça, eu meio sem saber o que fazer com as mãos só as deixo na suas costas mas ele rapidamente pega minha mão e a coloca em sua ereção, eu aperto bem suavemente para não acabar machucando ele - Pode apertar amor - ele fala e eu aperto um pouco mais e como agradecimento ouço seu gemido - amor eu não vou conseguir segurar por muito tempo se você continuar assim.

- Então não se segura amor - falo e estranho minha voz, ela está rouca e diria até sensual. Ele então se abaixa e olha fundo nos meus olhos, desabotoa meu short vagarosamente, quando o tira já tira a calcinha junto. Quando ele olha pro meu sexo desnudo eu fico sem graça e tento tapar com a mão.

- Não precisa ficar com vergonha de mim amor - ele fala com sua voz rouca e com um olhar que parece me hipnotizar, ele volta a me beijar e retira a minha mão que me cobria, ele vai descendo até chegar na minha intimidade, ele assopra bem em cima do meu clitóris e isso me dá quase um choque, logo depois ele passa a língua e eu não aguento e solto um gemido, ele continua a passar a língua e as vezes suga meu clitóris, isso me causa uma sensação deliciosa, sinto pontadas no meu ventre e quando menos esperava sinto uma explosão de sentimentos, ele continua a me chupar e depois volta a beijar minha boca. Levo minha mão para sua cueca para tirar mas ele segura minha mão - lá em cima amor, aqui não é lugar pra eu ter esse momento com você e aqui não tem camisinha.

Destino de um pai Onde as histórias ganham vida. Descobre agora