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Henrique

Depois que Ben acordou eu e Lici não dormimos mais, não por falta de sono mas sim por preocupação em excesso, Ben acordou de novo às 6 da manhã pra mamar, mamou metade da mamadeira e dormiu de novo, Lici e eu ficamos abraçados na cama velando seu sono, preciso confessar que as vezes dei uns coxilinhos mas Alicia não, ela ficou com os olhos atentos no pequeno, média sua febre de meia em meia hora, ela vai dar uma ótima mãe ou melhor já está sendo a melhor mãe que eu algum dia pedi pro meu filho. As exatas 8:30 ele acorda com um choro alto.

- Amor se acalma, não precisa chorar desse jeito - Lici fala o pegando com cuidado - Você não acha melhor ir ao médico?

- Claro, vamos tomar café e vamos a um pediatra amigo do meu pai - falo me levantando - já vai se arrumar pra gente tomar café e sair?

- Sim, melhor assim. Vou dar um banho no Ben, você pode separa uma roupa quentinha para ele? - ela pergunta e eu concordo com a cabeça.

Deixo a roupa dele arrumada e troco minha roupa, a minha preguiça está grande demais pra eu tomar banho, logo os dois saem do banheiro.

- Quer que eu troque ele pra você se arrumar? - pergunto e indo pra perto deles.

- Seria ótimo, vai ser rapido só vou trocar de roupa - ela o deixa comigo e pega sua roupa, ela vai pro banheiro e eu troco meu baixinho, quando pego ele no colo e ela abre a porta do banheiro, Lici está linda com uma calça jeans bem colada em suas coxas e marcada em sua bunda, com uma blusa de moletom e seus lindos cachos soltos.

- Você está linda - falo a admirando.

- Não estou nada, nem de maquiagem eu estou - ela fala dando risada.

- E quem disse que você precisa de maquiagem pra ficar bonita? Vocês mulheres tem que começarem a ver a beleza natural - quando acabo de falar lhe dou um beijo - vamos, estou com fome.

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Nossa consulta foi rápida, o médico só confirmou que os dentes do Ben estavam nascendo então ele ficaria enjoadinho e poderia ter febre durante alguns dias, para diminuir isso passou um anestésico para gengiva e um remédio para febre. Assim que saímos de seu consultório já fomos para farmácia.

- Você quer ter filhos amor? - pergunto pra Alicia que está segurando Ben no colo enquanto espero o farmacêutico trazer nossas coisas.

- Eu quero ter no máximo três - ela fala e cheira o pescoço do baixinho, ele só da uma risadinha mas logo afasta a cabeça dela com sua mãozinha - Você está muita chatinho - ela fala e faz um biquinho fofo, Ben faz um carinho na buchecha do mesmo jeito que ela faz quando ele chora.

- O seu filho é muito lindo - uma das farmacêuticas fala e passa a mão na cabeça de Ben que a olha com seus olhos curiosos.

- O que ela disse - Lici me pergunta, esqueci que ela não fala inglês, a digo o que a moça falou e ela agradece em um inglês bem enrolado, me seguro para não dar risada e ela se ofender. - Eu sei que você está segurando a risada Henrique, mas não é culpa minha se você me trouxe no país que sempre foi meu sonho conhecer mas que fala a língua que não aprendi ainda.

- E você conhece outra língua a não ser o português - pergunto querendo saber mais sobre ela.

- Sí, yo hablo muy bien español y sólo para constar usted esta bello hoy. (sim, eu falo muito bem espanhol e só para constar você esta lindo hoje) - ela fala com um belo sorriso no rosto.

- Seu espanhol é perfeito - falo e o rapaz entrega nossas coisas, passou meu cartão na máquina e logo saímos da farmácia.

- Muito obrigada, foram 4 anos para ser fluente - ela fala com um tom de orgulho, fico feliz por isso.

- Por que não o inglês?

- Eu nunca gostei muito de inglês, mesmo sabendo que é a língua mundial. Eu sempre me interessei mais pelo espanhol.

- O inglês ajuda muito, principalmente no trabalho.

- Eu sei disso, porém quando eu fazia entrevistas eles nunca contavam meu curso de Espanhol como um curso mesmo - ela fala tristinha e da de ombros.

- Isso está cada vez mais frequente amor, mas agora isso não tem mais importância porque você já está empregada - falo e abraço sua cintura, Ben deita a cabeça em seu ombro e fecha os olhinhos.

- Você acha que vai demorar pra ele melhorar? - ela pergunta com preocupação nítida na voz.

- Eu espero que não.

**********

- Vamos fazer uma tatuagem - Renan fala apontando para o estúdio de tatuagem.

- Não isso doi - Enzo fala e faz careta, todos damos risada.

- VAMOOOS - Lici e Nico fala juntos e eles vão em direção ao estudo, eu Renan e Enzo seguimos, Enzo o mais excitante de todos. Quando entramos no estúdio estava vazio, mas é claro né já se passava das 19 horas.

- Vamos fazer mais uma juntos? - Lici pergunta pro Nico. Como assim mais uma? Eu sabia que o Nico tem tatuagem mas a Lici é novidade.

- Vamos fazer aquela que a gente viu daquela vez pode ser?

- Claro - Lici responde e bate palminhas, nem parece mais aquela Alicia que saiu quase arrastada de casa. Ela não queria sair e deixar o Ben em casa, minha mãe praticamente nos expulsou de casa.

- Já sabem o que vão fazer? - o cara atrás do balcão cheio de tatuagens e piercings pergunta.

- Já sim - Nico responde e mostra o celular.

- Tudo bem vou imprimir a imagem, os cinco vão fazer a mesma coisa?

- Não só nós dois, eles vão fazer outra.

Quase duas horas depois os cinco saem com uma tatuagem nova, Enzo com sua primeira, acreditem se quiser mas ele chorou para fazer.

Eu achei a tatuagem que o Nico e a Lici fez linda, o sem infância do Renan não sabia o que significava ohana então tivemos que explicar enquanto ouvíamos o Enzo choramingar.

Eu achei a tatuagem que o Nico e a Lici fez linda, o sem infância do Renan não sabia o que significava ohana então tivemos que explicar enquanto ouvíamos o Enzo choramingar

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Achei linda e ela parece representar muito para eles, os dois tem uma conexão sem igual.

Destino de um pai Onde as histórias ganham vida. Descobre agora