Mundos Entre Luas - A Resistência (CONCLUÍDA)

Promessa cumprida - 90

         Já de volta ao acampamento, encontram todos os outros de pé, as tralhas recolhidas, os veículos alinhados lado a lado e as motos armazenadas dentro dos grandes.

          — Sargento Megan, estão prontos para a partida?

          — Sim, Tenente.

          — Os homens já se alimentaram e prepararam as armas?

          — Sim senhor, estávamos somente aguardando o senhor voltar.

          — Senhor Jow, confira seus homens, vamos imediatamente, nós estamos em terreno desconhecido, eles não. — Tenente demonstra estar bastante impaciente.

          — Fique tranquilo Tenente, partimos em dez minutos.

          As equipes rebeldes sentiram que havia algo de errado e se apressaram para estarem a postos quando Jow retornasse.

          — Senhores, estamos a uma hora ou mais de caminhada até a estação de perfuração, é preciso que todos fiquem alerta, tivemos informações que criaturas trazidas de Xavi e que habitam essa floresta podem tentar nos atacar ao longo do caminho, por isso o cuidado deve ser redobrado, guardem a retaguarda uns dos outros e não se afastem da formação em hipótese alguma. — Ele se volta para sua equipe. — Cabo Romanovs você fica aqui de guarda dos veículos, vamos testar os rádios de baixa frequência, se a comunicação estiver funcionando bem podemos nos falar por eles.

          — Sim senhor, entendido. — Violet confirma a ordem recebida.

          — Tenente, se ela vai ficar de vigia com a frota, eu também prefiro ficar, não estou muito afim de me embrenhar nesse mato. — Katie traz consigo sua metralhadora .30, engatilha a munição na agulha e passa a bandoleira no pescoço, mostrando que é hábil para a função.

          — Por mim está tudo bem, não vejo problemas nisso.

          O Tenente pega os rádios no veículo para testar, eles têm funcionamento diferente, a recepção de sinal entre eles é melhor, mas o problema é que o alcance se limita ao máximo de 6 quilômetros, estando dentro dessa área é quase impossível alguma coisa interferir na comunicação, fazendo com que sejam extremamente precisos.

          — Bom, parece que temos 12 rádios de baixa frequência aqui. Vou deixar um com cada uma de vocês e distribuir o restante entre os que forem, qualquer coisa anormal que acontecer aqui, quero que reportem imediatamente, e fiquem em alerta. Entenderam?

          — Sim Senhor. — As duas respondem em coro, mas Katie diz visivelmente em tom de deboche.

          Dito isso, o Tenente, juntamente com Jow, Mondanês e Mister Kypper tomam a dianteira, transpõem o grande tronco atravessado no caminho e lideram a caminhada pela estrada espremida entre as árvores.

         Os sons que ecoam por todos os lados, deixam claro que esta não é como nenhuma outra floresta deste planeta, assustando até os mais experientes em selvas. Criaturas se arrastando pelo chão em velocidade incrível, olhos brilhantes parecem os observar de longe, criaturas de dois, três ou mais olhos, sons de garras, ganidos, rosnados, reforçam sua presença, mas permanecem à espreita na escuridão, sem em nenhum momento se arriscar a surgir na estrada. Calafrios e arrepios correm frequentemente em cada pessoa que ali se encontra, e ninguém consegue se acostumar à aqueles sons sinistros por mais constantes que sejam, e são terrivelmente diferentes de tudo que já ouviram, vão ficando mais fortes quanto mais adentram a floresta, como se os seres que os fazem, chegassem cada vez mais perto deles. Agora, o medo os faz se aproximar até começarem a esbarrar uns nos outros, o olhar de pavor estampa o rosto dos menos preparados, sé é que seja possível estar preparado para algo assim. E então os ruídos silenciam, Mondanês para e estica o braço em sinal para que todos parem, Mister Kypper dá mais dois passos à frente e sua reação é um som desagradável: