Mundos Entre Luas - A Resistência (CONCLUÍDA)

Guardas em alerta - 07

           Às seis horas da manhã, Cap. Vince e sua equipe aguardam no posto de vigilância 9.

           Ao longe avistaram o comboio que chega. Alguns containers em carretas. Eles param no posto onde estão os militares. Capitão se aproxima e se dirige ao motorista do caminhão guia do comboio.

           — Cap. Vince, oitavo destacamento. Se apresente.

            — James Marchand, Senhor.

            — O Senhor não é militar?

           — Não, Senhor.

           — Informe o relatório até aqui.

           — A viagem foi tranquila. Em alguns pontos notamos estar sendo observados, pensamos que pudessem ser saqueadores, mas eles não demonstraram ameaça.

           — Ok. O que transportam nos containers?

           — Carga confidencial da Natihvus. Devo entregar os containers com os lacres intactos.

           — Tudo bem, vou lá atrás conferir.

           O Capitão confere cada lacre para se certificar que não foram rompidos ou danificados.

           Depois de conferidos, o Capitão faz sinal para que duas das motos vão à frente do comboio como batedores. Ele então, entra na caminhonete e vão com mais uma moto para trás do comboio como retaguarda.

           Chegando em Nathville os portões se abrem e eles entram rumo aos galpões do regimento militar da Natihvus dentro da cidade.

            — Comandante. — Cumprimenta o Capitão em continência.

            — Cap. Vince. A viagem correu bem? Alguma eventualidade?

           — Não senhor. Seguimos sem nenhum incidente.

           — Como estão os lacres?

          — Intactos.

          — Tudo bem então Capitão. Estão dispensados. Eu continuo daqui. Podem voltar às suas atividades de costume.

             O Capitão e seus homens batem continência em despedida e saem do local.

            Antes da saída o Capitão faz uma parada na guarita da entrada principal.

           — Bom dia senhores, eu sou Cap. Vince. Gostaria de falar com o superior de vocês.

           — Eu sou Marcus. Supervisor da segurança. O senhor vai ter que falar com o coordenador.

           — Ok. Chame-o pra mim.

            — Sim, Senhor.

           O homem faz a chamada no rádio.

          — Senhor, ele está a caminho, aguarde só um instante.

           Em alguns minutos ele chega.

           — Olá, eu sou Peter, coordenador de segurança. Em que posso ajuda-lo?

           — Sim. Sou o Cap. Vince. Gostaria de fazer algumas perguntas. Estamos à procura de um veículo e seu condutor. Temos mais interesse no condutor. Gostaria de saber se viram algo anormal recentemente nessas imediações.

           — Como são esse veículo e esse condutor?

           — O veículo é uma daquelas motos flutuantes. Primeiros modelos. Preta com vermelha. O condutor é magro, porte médio e estatura média. Usa traje preto, aparentemente, o mesmo traje dos Leviatãs. Mas não possui identificação militar.

           — Entendo. Quando ele foi visto por último?

          — Há três dias, era à tarde, algo em torno das 16:00hs ou 17:00hs, nós pensamos tê-lo abatido, mas não conferimos o local. Iremos agora fazer uma busca mais detalhada, mas, caso ele tenha escapado pode ter vindo para esses lados. É uma possibilidade.

           — Aguarde um instante que vou consultar a equipe.

          Ele sai por uns instantes, mas logo retorna.

           — Senhor Vince. Não consta nada desse tipo nos relatórios. Consultei alguns homens e eles não viram nada do tipo. Mas eles começaram o plantão hoje. Vou reunir todos os guardas da cidadela e informar do acontecido e dizer para que fiquem em alerta. Qualquer informação que tiver eu informo o senhor. Se caso ele apareça ou seja capturado por aqui, o que faremos? Mandamos pro calabouço?

           — Não, ele é um renegado procurado, mas parece que é carga valiosa. Deverá ser preso nas celas do regimento. E mantido lá até que cheguemos para removê-lo.

           — Entendido, então assim será feito.

          — Agradeço a atenção senhor Peter. Bom trabalho para vocês.