Missão Passada - 58

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          — A Natihvus estava começando os preparativos para a evacuação da terra. Eu fazia parte da Força Internacional da Paz, era do Grupo de Operações Especiais dos Fuzileiros, estava cedida ao Exército de Israel e recebemos uma operação de escoltar um grupo de nerds até uma estação da Natihvus dentro de uma zona de conflito. O domínio de lá, mudava de mãos constantemente, hora pertencia a um grupo Islamita, hora a Palestinos, hora a Israel. Como a Natihvus possuía uma estação autossuficiente bem no meio desse território, recebemos a ordem do governo para levá-los e garantir sua segurança, até que fizessem uma instalação e atualização na plataforma da estação.

          "Eles eram 10 nerds de laboratório, nada demais até aí, já estava acostumada a ser babá. Nós estávamos na razão de 6 soldados para cada C.D.F. ali no avião. Além dos técnicos e seus equipamentos, levávamos também um grande aparato militar, pois sabíamos que enfrentaríamos resistência local.

          "A nossa equipe foi dividida em três, 30 homens eram de reconhecimento, infantaria e guarda. 10 eram equipe de apoio e os outros 20 ficaram para tomar conta dos caras, e para meu desgosto foi aí que eu fiquei lotada, tive que cuidar de engomadinho.

          "O nosso avião, um Jumbo cargueiro enorme, desceu com dificuldade em uma pista de pouso militar improvisada no meio da floresta. O Comandante da operação foi na frente, junto com os melhores homens fazerem o reconhecimento do local, o restante ficou no avião aguardando eles chegarem no destino e darem a ordem para irmos em seguida.

          "Um dos Capitães ficou no avião e comunicava com a equipe de solo a cada 10 minutos, quando estavam quase chegando no ponto estimado, informaram no rádio que estavam sob ataque e em seguida o rádio calou. Nós já estávamos formando um grupo para reforços e resgate quando o rádio começou a falar de novo. Um Soldado ativou o microfone do seu comunicador secretamente para que pudéssemos ouvir o que se passava com eles. Entre nós havia um intérprete de árabe e ele traduziu o que eles estavam falando.

          "Deu pra entender que nossa equipe já havia sido totalmente rendida e aprisionada e em seguida ouvimos eles dizerem:

          — Levem os prisioneiros para a base do outro lado da estação. Vocês, fiquem de guarda, pois mandarão reforços, o outro grupo vai até a pista de pouso e tragam os que ficaram lá.

          "Já sabíamos que metade do nosso pessoal havia sido feito refém dos terroristas, não podíamos mandar resgate pois eles já estavam esperando e outro grupo deles vinha em nossa direção. Tentamos mandar pedido de socorro e solicitar reforços pelo rádio da cabine, mas não houve resposta. Nosso tempo era escasso, o que o Capitão fez mais que depressa foi montar uma barricada na frente da rampa da escotilha, com caixas e veículos, e colocou 15 dos que restaram para montar guarda. Quando os soldados deles chegaram, eram mais do que esperávamos, tinha homens por todo lado abrindo fogo contra nós. Quando o Capitão deu fé da situação nos disse na parte de dentro:

          — Permaneçam aqui e protejam os técnicos a todo custo, eu vou para a ponta da rampa para ajudar, já perdemos três homens lá em baixo.

          "Neste momento, o Cachorrão que até então estava com "roupinha de fazer exame de fezes" e jaleco, surge com este mesmo traje que ele está aí, seguido dos outros engomadinhos. Foram até os equipamentos e armas reservas e começaram a colocar coletes e pegar armas e munições. O Capitão foi até eles desesperado:

          — O que vocês estão fazendo? Onde pensam que vão?

          — Vamos ajudar, já ficou bem claro como isso vai acabar.

          — Vocês não podem sair daqui, parte dessa equipe veio só para proteger vocês.

          — Se formos para linha de combate, eles também terão que ir conosco e você terá um grupo maior, mas se ficarmos aqui, em pouco tempo não terão o que proteger.

Mundos Entre Luas - A Resistência (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now