Chega a primeira equipe - 64

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           Tão logo recebe a chamada, Jow coloca a moto na estrada e parte com Norffi, deixando seus amigos para trás, em direção ao vilarejo onde os militares o esperam.

          — Senhor Peregrino, tudo certo durante suas visitas aos rebeldes?

          — Boa tarde, Capitão, foram proveitosas, em pouco tempo receberemos visitas. Avisem seus homens pra conter os ânimos pois todos vêm em paz. Como foi o plantão de guarda no local que eu solicitei?

          — Eu vou informar aos soldados que mantenham posição diplomática. Pelo que me relataram ocorreu como esperado, chegaram alguns homens em um veículo, desceram, vistoriaram uma área próximo do ponto especificado, levaram de meia à uma hora, em seguida saíram, aparentemente sem levar nada de lá.

          — Ótimo, era o que eu imaginava, agora é só esperar. Se não se importa vou comer alguma coisa.

          — Estaremos em alerta.

          Jow se retira e vai em busca de algo para comer, enquanto o Capitão sai em direção a equipe que o aguardava.

          Depois de algumas horas, uma movimentação atípica começa no vilarejo, garotos de vigia correm de um lado para o outro, as pessoas se recolhem em suas casas, alguns homens conversam com expressão de preocupados. O Capitão vai até o Otho para saber o que está se passando na Vila.

          — Capitão, os vigias avistaram uma comitiva vindo em nossa direção, não são muitos veículos, mas chegam em torno de 10 minutos.

          — Entendido, vamos encontrar o Senhor Peregrino e informá-lo, deve ser algum grupo que ele esteja esperando. — Não muito longe o Capitão encontra Jow — Senhor Peregrino, os olheiros da Vila informaram que alguns veículos vêm em nossa direção pela estrada de acesso principal. Como o senhor tratou com comunidades de rebeldes próximas daqui, gostaria que fizesse a recepção, pra garantir que não sejam tropas hostis.

          — Excelente, organize seus homens armados em posição de combate na entrada e diga que não façam nada até que eu dê o sinal.

          — Entendido, ficaremos apostos.

          Algum tempo se passa, quando Jow percebe que os veículos estão bem perto, ele vai até a entrada da Vila bloqueando a passagem, fecha o capacete do traje, recoloca o capuz sobre a cabeça, saca seu revólver e o segura disfarçadamente com a mão atrás das costas. Um pouco mais atrás dele estão os soldados e o Capitão camuflados entre obstáculos, de armas a postos.

          Os carros param diante de Jow, uma imensa cortina de poeira levantada por eles cobre a todos, a visão fica quase impossível. Uma leve brisa ajuda a dissipar o pó e sacode a capa de Jow. O carro que está à frente de todos: uma caminhonete robusta, modificada manualmente para se adaptar ao terreno, levanta o teto e surge um homem através da abertura.

          — Procuro por Jow Peregrino, trago para ele a equipe solicitada e armas, com os cumprimentos do nosso líder Edward e os agradecimentos de todo nosso povo. Viemos em paz.

          — Podem entrar. São bem-vindos.

          Jow guarda seu revólver novamente nas costas e faz um sinal discreto ao Capitão que dá a ordem a seus homens que baixem as armas e se afastem.

          Ele sai da entrada da Vila, permitindo que os recém-chegados adentrem. Se aproxima do homem que os anunciou, já com o capuz removido e o capacete baixado.

          — Olá, eu sou Jow Peregrino, tratei com Edward hoje mais cedo.

          — Prazer em conhecê-lo, Jow. Eu sou Carlenco, sou membro do conselho dos Filhos da Noite, antes de tudo gostaria de expressar nossa enorme gratidão em nome de todos do Clã pelo tratado feito conosco. Os alimentos, as mobílias e os medicamentos serão de grande importância para a manutenção da saúde e sobrevivência do nosso povo. Eu vim pessoalmente trazer a nossa parte do acordo e participar da reunião que vai tratar dos termos dessa missão que foi informada a Edward, já que ele não pôde vir.

Mundos Entre Luas - A Resistência (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now