Dylan - Chicago

By PequenaVick

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{ Dylan - Chicago - Livro III } "Eu amo a insanidade, pois ela é sua melhor amiga" Daphne Williams foi vendid... More

Epígrafe
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Divulgação deliciosa!
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Penúltimo Capítulo
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Capítulo 06

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By PequenaVick

Dylan

A risada de Branna preencheu o silêncio de quase cinco muitos. Cruzei os braços e fixei meus olhos nela enquanto a mesma ria alto.

Quando Branna finalmente parou de rir, ela colocou as mãos na cintura e cerrou os olhos em minha direção.

— Diga-me que está brincando.

— Desculpe, não posso dizer isso.

Os olhos de Branna se arregalaram.

— Seu fodido de merda, diga-me que você não prendeu a Daphne!

— Desculpe, mas não posso dizer isso, Branna. Daphne fez algo errado e ela tem que pagar por isso.

Branna abriu a boca pra falar, mas a fechou. Ela balançou a cabeça desnorteada e soltou o ar.

— John vai arrancar a sua pele.

— Eu sei.

— E Cat vai arrancar suas bolas.

— Eu sei.

— E eu quero chutar a sua bunda!

— Eu sei disso também.

Branna suspirou e se sentou no sofá.

— Não acredito que você prendeu ela.

— O que ela fez é punido com tortura ou morte, Branna. Eu peguei leve.

Branna ficou em silêncio enquanto encarava o chão. Dei um tempo à ela. Sabia que Branna gostava de Daphne, por motivos desconhecidos por mim, então ela precisava de um tempo para lidar com a notícia.

— Porra, John vai matar você — ela repetiu.

Sorri de lado. Ele ia tentar.

— Olha, loirinha, eu sei que isso pode ser estranho para você, mas não posso deixar que o que ela fez saia sem punição. Se eu deixar isso acontecer outros se sentirão livres para fazer o mesmo. Tenho que mostrar que estou no comando, Branna, ou ninguém vai me respeitar.

— Eu entendo, Dy. Mesmo isso sendo totalmente maluco, eu faço. Mas é a Daphne. Não pode simplesmente prendê-la e esperar que John não tente ajudá-la. Ou Cat. Eles são os amigos dela e a amam.

Me aproximei e me ajoelhei à sua frente. Coloquei minhas mãos nas dela.

— Eles terão que entender.

— Se você machucar eles eu machuco você — ela disse séria e eu ri.

— É justo, mamãe urso.

Branna revirou os olhos e me puxou para seus braços. Ela me apertou forte.

— Não machuque ela, Dylan.

— Em três dias aquela ruiva chata estará de volta. Não se preocupe.

Branna concordou receosa. 

* * *    * * *

Assim que entrei no apartamento, Ruth veio ao meu encontro sorrindo, mas parou quando viu meu rosto.

John havia ficado irado com a notícia que dei a ele naquela noite, então nós brigamos como lobos selvagens, como Branna fez questão de dizer.

Ruth arfou e colocou as mãos na boca.

— Meu Deus, Dylan!

— Eu estou bem.

— O que aconteceu com você?

— Ah... — Então, o que aconteceu, porra? Senti vontade de me chutar quando menti pra ela — Foi um assalto. Ou uma tentativa. Eu lutei com o cara. Acredite, ele está pior que eu.

Ruth ofegou e pulou em meus braços. Envolvi sua cintura com meus braços e respirei seu perfume doce.

— Você é louco.

— Está tudo bem, linda.

— Ele podia estar armado, Dylan!

— Ele não estava. Está tudo bem.

Ruth se afastou e tocou delicadamente meu rosto machucado. Ela fez uma careta fofa.

— Isso é horrível. Quem tem coragem de fazer isso? — os olhos doces de Ruth se encheram de lágrimas — Oh, eu odeio violência. Odeio isso!

Abracei ela outra vez e suspirei.

Ruth odiava a violência e mal sabia que dormia com o cara que vivia da violência. Eu me sentia mal por mentir para ela, mas era egoísta demais para me afastar.

— Eu estou bem, Ruth.

Ela me abraçou mais forte e fechei os olhos. Eu adorava ter seus braços ao meu redor. Imaginar não tê-los mais fazia meu estômago embrulhar.

Depois de garantir que estava bem mais de uma vez, Ruth me fez sentar no sofá e cuidou dos ferimentos em meu rosto. Eu gostei mais do que o normal de tê-la cuidando de mim daquela forma.

— Você está bem mesmo? — ela perguntou e guardou o material que usou para limpar meu rosto.

— Claro que estou. Foi apenas uma tentativa de assalto, Ruth, e eu me saí muito bem.

Ela fez uma careta, mas concordou.

— Bem, de resto, como foi seu dia?

A imagem de Daphne me veio a mente e fiz um esforço para não pensar nela. Não quando eu estava com Ruth.

— Foi bom.

— Quando vai me falar mais sobre o seu trabalho?

— Eu trabalho como professor de kickboxing, Ruth. Não é muita coisa.

— Desculpe por ter dito que odeio violência quando você ensina as pessoas a lutar. É só que eu odeio, sabe? Não que eu odeie o que você faz, sei que não gosta de machucar as pessoas — Ruth estava se enrolando e eu ri. Ela riu também e bateu a mão em meu braço — Não ria de mim.

— Desculpe. Você é fofa.

Ruth sorriu envergonhada.

— Pare.

— Você é. E eu adoro você odiar violência. Não me importo, de verdade — era uma meia verdade. Eu me importava. Não que eu amasse violência, não amava, eu amava lutar. Era algo de mim. Mas odiava a violência em si — Enfim, não vamos mais falar disso.

— Então do que vamos falar?

Coloquei minhas mãos em sua cintura e a puxei para mim, fazendo com que me montasse. Ruth sorriu sabendo exatamente o que eu queria.

— Que tal se não falassemos?

— Ótima ideia — Ruth colocou as mãos em meu rosto e me beijou.

* * *     * * *

— Você está uma merda — Cam disse se sentando à minha frente na cantina da academia. Ele carregava um sorriso zombateiro — John tem bons punhos, então?

— Vai se danar, Cam.

Ele riu feito uma hiena.

— Mas fala aí, ele bateu muito forte?

— Eu bati mais.

Cameron riu.

— Claro que sim.

— Já mandei você ir se danar?

— Três vezes desde que acordou. Falando nisso, estou magoado. Nunca xingou alguém com tanta vontade.

— Bem, não deveria ficar me irritando às quatro da manhã se não quer ser xingado.

Cam suspirou e seu sorriso se foi. Ele me olhou seriamente.

— Você prendeu mesmo ela?

Apertei a mandíbula e desviei o olhar.

— Era isso ou matá-la. O que ela fez foi traição. É punido com a morte.

— Daphne nunca jurou lealdade à você.

— Você sabe que isso não importa. Eu realmente não entendo o motivo dessa conversa.

— Quanto tempo ela vai ficar presa?

— Três dias. Deve ser o suficiente.

— E as buscas? Devemos parar de procurar pelos gêmeos Williams?

— Claro que não. Ela errou, mas eu nunca tiraria a chance dela de ter os irmãos de volta. Se eu estivesse no lugar dela ia querer que me ajudassem.

— E quanto ao olheiro do mês? Vai contar sobre ela?

— Claro que não. Já disse para todos manterem isso em silêncio. Se as gangues souberem sobre isso, vão exigir a cabeça dela. Eu a odeio, mas não desejo sua morte. Enfim, não quero mais problemas.

— E o hacker?

— Victor Chaves — sussurrei e Cam revirou os olhos — Já estão cuidando dele.

Cam cerrou os olhos e se inclinou em minha direção. 

— Estão torturando ele? Qual é, Dylan, Victor não é um lutador. É um frangote. Não pode ter deixado mesmo...

— Ele foi contra mim, Cameron — o cortei sério — Ele foi contra a própria gangue.

— Espere... você avisou a gangue de Lancaster?

Mordi meu lábio inferior. Não, eu não tinha avisado e sabia que estava errado, mas eu estava no meu território e faria a merda que eu quisesse. A gangue de Lancaster era uma aliada da minha, e isso significava que eu não podia agir pelas costas deles, mas eu não estava nem aí. Os negócios do meu pai aos poucos iriam desaparecer e só sobrariam os meus. Eu estava agindo, deixando minha marca, dando início à um novo episódio da gangue, eu estava liderando. Precisava de uma boa equipe de hackers e Victor era um dos melhores. Ele era frangote, como Cam bem disse, mas tinha uma mente afiada e ousada e também tinha um bom coração. Tanto é que se arriscou para ajudar Daphne, indo contra sua gangue e contra a minha. Eu queria ele na minha gangue.

Cameron pareceu ler meus pensamentos. Ele se jogou na cadeira e me olhou incrédulo.

— Você não torturou ele, torturou?

— Não.

— Você está roubando o hacker de Lancaster?

— Talvez.

Cameron soltou uma boa gargalhada.

— Seu merdinha ambicioso!

Eu mordi o lábio sorrindo: — Victor é bom no que faz e ele tem coragem. Eu gosto disso. Até sinto muito por Lancaster não lhe dar o devido valor... mentira, não sinto. Eu preciso de bons hackers e ele está no topo. Eu o quero, então ele vai ser meu.

Cameron riu ainda mais.

— Estou bobo com você, meu amigo. Me parece que está dominando bem o jogo.

Dei de ombros.

— Estou me esforçando.

— Você tem isso, Dylan.

— Obrigado.

— Okay, então, mas me explica. Daphne e Victor foram contra você, mas só a Daphne está sendo punida?

— Claro que não. Victor também está. Seis dias na solitária, sem água, sem comida, mas sem tortura. Neste meio tempo estarei conversando com ele, trazendo ele pro nosso lado. Ouvi dizer que ele está insatisfeito com a gratidão que não está recebendo.

— Bom. Então, se tudo der certo, em breve teremos um novo irmão?

— É por aí.

— Lancaster vai ter problema com isso — ele disse e cerrou os olhos em minha direção — Você já pensou nisso, não é?

Eu tinha pensado, claro. Por isso, estava indo mais fundo.

— Estou cuidando disso, Cam.

Cameron me fitou por um tempo pensativo e balançou a cabeça.

— Tudo bem. Vamos mudar de assunto.

— Querem pizza? — Destiny, a namorada loira de Ramon que trabalhava com ele na cantina da academia, perguntou ao se aproximar de nós.

Os olhos de Cameron foram imediatamente para os seios da loira e revirei os olhos rindo. Cam era um idiota mulherengo. Ele não tinha controle sobre si mesmo e o pior é que ninguem queria que ele parasse. Todas as garotas deseajavam estar com Cameron. Até as comprometidas, como Destiny. Chutei ele por debaixo da mesa e ele me olhou sorrindo sabendo exatamente que ela estava na dele.

— Não, obrigado, lindinha — neguei.

Destiny sorriu pra mim e se virou para Cameron. Seus olhos verdes pareceram ganhar vida quando o olhou e seu sorriso ficou maior.

— Cam?

— Eu vou querer o que você tiver a me oferecer — ele disse tão sujo que senti vontade de vomitar.

— Podemos trabalhar nisso.

A loira sorriu de forma indecente e se afastou para falar com outros caras nas mesas.

Suspirei quando ficamos sozinhos.

— Ela tem um namorado.

— Ramon não é bom pra ela.

— Cam, isso ainda vai dar confusão.

— Dylan, nunca obriguei ninguém a ficar comigo. Todas ficam por livre e espontânea vontade. Se Ramon não a está fodendo como deveria, eu posso ajudar nisso. E ela também me quer. Não sou o único culpado nisso.

— Claro, claro. Só não arranje problemas com Ramon. Eu adoro a comida dele.

Cam piscou pra mim.

— Enfim, já decidiu quem vai ser a sua senhora Black?

Gemi com suas palavras e senti vontade de vomitar. Eu odiava aquele tema idiota. Me curvei e encarei minhas mãos. Cam se inclinou como eu e senti seus olhos em mim.

— Dylan...

— Eu sei, eu sei.

Quando um Black assumia, ele trazia pra essa vida uma esposa. O líder precisava de um herdeiro. Se algo me acontecesse, todos da minha família podiam assumir, desde Jonathan até Clara, mas as gangues exigiam um herdeiro meu. Foi assim com meu pai.

Meu pai derrubou meu avô paterno, que era o dono dq gangue, levou minha mãe como prisioneira e a engravidou. Ela teve Nina e quando engravidou de mim decidiu escapar da prisão, do ódio e da maldade de meu pai. Mas ele era ainda pior do que ela imaginava. E fugir com os filhos dele não foi uma decisão inteligente. Ele a matou quando ela tentou fugir e os médicos me tiraram de sua barriga logo depois. Ele tinha dois herdeiros então e ninguém exigiu que ele se casasse de novo ou que tivesse mais filhos.

Quando meu pai morreu, as gangues exigiram que eu assumisse mais do que todos os outros da minha família. Agora que eu era líder precisava de uma esposa e de filhos, era como era. As malditas gangues estavam no meu pé por causa disso. Ou eu escolhia uma esposa ou eles fariam isso por mim. Meu tempo estava quase acabando e eu não sabia o que fazer.

— Queria saber o que fazer, Cam.

— O casamento dos Black é uma merda.

Concordei. No casamento dos Black não havia divórcio, os cônjuges ficariam juntos até que a morte os separasse. Aquilo acabava com tudo.

Eu podia ter filhos com mulheres que não eram minha esposa, mas aquilo seria o começo da minha destruição. Ir contra a minha própria lei? A lei da minha família? Era uma ofensa e sinal de que eu não seria um bom líder.

Tudo o que eu mais queria era mandar as pessoas se foderem. Eu odiava tudo aquilo. Mas não podia fugir do meu destino, por mais que eu quisesse. Aquela era a minha vida. Então, eu tinha que arranjar uma mulher para passar o resto da minha miserável vida ou outros escolheriam por mim, e aquela merda eu realmente não iria aceitar. Se era pra ficar preso à alguém eu iria escolher a pessoa.

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Agnes Santana, uma moça pura e sonhadora, ela é forçada a se casar com o noivo de sua irmã, logo após ele sofrer um acidente e ficar paraplégico.