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Tentei formular algum pensamento, alguma hipótese, qualquer coisa que pudesse justificar a postura tensa de Jimin no banco do táxi. Olhando pra ele, eu não conseguia ler nem um pouquinho do que zanzava pela sua cabeça bonita.

Jimin olhou de volta por um instante, talvez vendo a confusão nítida no meu rosto, mas apenas franziu os lábios e desviou sua atenção para a estrada de novo. Eu deveria falar alguma coisa? Bem, seja lá o que tenha acontecido, é culpa minha. Aparentemente.

Mas como é culpa minha se eu não sei o que eu fiz de errado?

ー Jimin? ー me arrastei um pouquinho mais pra perto dele. Quando os ceifadores (seus olhinhos), encontraram os meus, eu gelei de novo. Ele me assustava quando ficava irritado de verdade. E o pior era que eu nem tinha como pedir desculpas, porque não tinha ideia do que se passava pela cabecinha dele. ー O que... eu fiz algo? Foi o pedaço de bolo? Aquele que eu comi todo?

ー Você só pode estar me zoando, Jungkook! ー respondeu, fazendo tanto eu quanto o motorista engolirmos em seco. Mas no caso, só eu estava prestes à ser assassinado bem aqui e agora, usando meu tênis favorito.

Desisti mais uma vez, me voltando para meu interior mais uma vez. Pensa, Jungkook, pensa.

Ah, pensar não é meu fraco. Ou é forte? Fraco ou forte? Enfim!

Antes que eu pudesse dizer algo a mais, e cavar minha cova mais fundo ainda, o carro parou, e Jimin foi o primeiro a descer, enquanto eu fiquei para pagar, saindo em seguida. Respirei fundo, e com toda a coragem presente dentro de mim, segurei sua mão.

Jimin encarou nossas mãos engatadas, e eu jurei, juradinho, que ele ia cortar meu punho inteiro e me deixar sem mão, mas apenas o ouvi suspirar, devolvendo o aperto e me puxando na direção devida.

Jin e NamJoon haviam alugado um pequeno salão, que segundo Jin, havia sido enfeitado com flores, véus, tapetes e travesseiros, desde que ele sonhava com uma cerimônia assim.

Enquanto uma parte de mim tenha ficado satisfeita com nossas mãos juntas daquele jeito, eu ainda sentia que ele estava preso com alguma coisa que não queria me dizer. Eu não entendi Jimin, às vezes. Tá, tá! Muitas vezes. Muitas vezes eu não entendia coisa nenhuma de nada;

Senti que estava sendo deixado no escuro de propósito, mas não conseguia pensar em muito além disso. Jimin me puxou para a porta bem iluminada do salão, e disse nossos nomes para uma garota sorridente que deveria ser alguma amiga do casal. Ela deixou que entrassemos, e estava tudo realmente muito bonito, do jeitinho que ouvi SeokJin suspirar tantas e tantas vezes antes.

Encontraram os dois sorridentes, radiantes, parecendo muito bonitos nos ternos coloridos e os cabelos bem arrumados. Eu sorri de verdade, muito feliz por ver meus dois garotos brilhando daquele jeito, e me apressei um pouco na direção dos dois.

Assim que nos viram, pausaram a conversa com alguns outros amigos, e logo tomei NamJoon nem um abraço enquanto Jimin fazia o mesmo com SeokJin. Quando me aproximei de Jin para lhe abraçar também, ele me apertou forte, e deu risada quando disse: ー Vocês estão lindos. Mas da próxima vez quero ver o Jungkook de terno no altar também, hein, Jimin?

Sorri, porque não tinha entendido muito bem, então minha resposta automática era rir e fingir que fez sentido. Mas quando vi os olhos de Jimin, meu sorriso morreu instantaneamente.

ー Hm... que bom que vocês vieram, sério. ー NamJoon interferiu no pequeno clima que parecia tomar a situação toda agora. Eu ainda não entendi. ー Não seria a mesma coisa sem vocês aqui.

ー Obrigado, NamJoon. ー Jimin sorriu, se apossando de alguma bebida na mesa e ignorando completamente meus olhares confusos.

Caramba. Eu estava tão ferrado assim?

Sunboy {jikook}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora