Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)

Capítulo 88

Pov Derek Halles

Estava receoso e nervoso de levar a Ballie a casa, conduzo e oiço a barriga dela a roncar baixo, olho para ela que fica tímida.

- Queres ir jantar antes de ires para casa? - ela nega com a cabeça - Tens a certeza? Podiamos ir ao Mcdonald's, eu já lá ia de qualquer das formas mas contigo seria melhor. - ela suspira e coloca o cabelo atrás da orelha, conduzo devagar.

- Pode ser, então. - assinto e faço a curva para o Mcdonald's. Conduzo agora mais rápido e sinto a Ballie a observar-me, olho para ela para ter a certeza e ela desvia o olhar rapidamente para as minhas mãos, sorrio levemente. Hoje tinha de quebrar o gelo.

- O que achas-te do jogo? -  ela dá um riso leve, sentia saudades deste seu riso. 

- Foi um jogo intenso, não é que eu seja perita em jogos de futebol americano mas sei que este jogo não foi de todo normal. Começando pela intensidade dos adeptos, não costuma ser assim. Parece que quando estás em campo eles vão à loucura. - rio-me com o que ela diz.

- De facto, quando eu, o Theo, o Shane e o teu irmão estamos em campo, ninguém nos pára. - sorrio e chegamos ao restaurante, estaciono o carro e saímos os dois.

- Vocês são um quarteto brutal, por acaso. - vamos para dentro do estabelecimento e escolhemos os nossos pedidos, pago o meu e o dela, vamos para a mesa com a placa e sentamo-nos - Mas não consegui perceber o que fizeram no final, nunca o tinham feito.

- A mim foi porque eu voltei e marquei o último touchdown, já o teu irmão não consegui perceber também, apenas fiz o que fizeram para não parecer mal. - ela ri-se, tapando a boca com a mão, observo o seu gesto e sorrio involuntariamente.

 - E porque atiraram água? -  ela olha para mim e observo os seus olhos verdes, a sua sobrancelha estava erguida, observo-a detalhadamente.

- Porque os nossos adversários fazem isso com a claque deles quando ganham. - ela sorri levemente - E nós gozámos com eles, foi por isso aquela confusão toda.

- Ahh! Então foi por isso. - ela olha para a mesa e os nossos pedidos vêm - Obrigada.

- Obrigado. - o senhor assente e afasta-se de nós, olho para ela - Sempre vais à festa? - ela sorri levemente e encolhe os ombros, começa a comer as suas batatas.

- Sendo muito sincera, não tenho vontade nenhuma de ir a uma festa, queria ir ver uma série ou então vou até à praia ouvir o mar e ler um livro. - como batatas à medida que ela fala e observo-a, assinto com a cabeça.

- Queres companhia? - ela olha para mim e ergue a sobrancelha - Para a praia, claro. - rio-me levemente - Temos muito para falar, Ballie. - ela suspira e assente.

- Pois temos... - ela suspira e começa a comer o seu hamburguer, aproveito e como o meu.

(...)

Ficamos em silêncio até irmos para a praia, estaciono e saimos do carro, vamos para a areia e sentamo-nos, ouvimos as ondas do mar e sentimos a brisa noturna que havia, não estava calor mas também não estava um frio de rachar. Observo-a a encolher-se, tiro o meu casaco e entrego-lhe, ela sorri e abraça os seus joelhos, apoiando a sua cabeça lá.

- Ballie quero-me desculpar por tudo. Tudo o que eu fiz, eu só quero recomeçar contigo, de todo. És super especial na minha vida e preciso de ti. Eu amo-te. - ela olha para mim e suspira.

- Tu magoaste-me, Derek. Eu tenho medo que o faças novamente. Tu não confias em mim. - ela diz baixo e olho para o mar, ouvindo-a.

- Eu confio, mas é complicado explicar porque não consigo colocar o assunto. - suspiro dizendo a verdade e ela abraça-me, retribuo. A luz suave da lua e o som das ondas era como uma trilha sonora. A Ballie agarra-se ao meu casaco e olha para mim com uma expressão mista de vulnerabilidade e cautela.

- Derek, eu não quero me magoar de novo - ela diz, a sua voz era um sussurro carregado de emoção. - Eu amo-te, mas não sei se consigo simplesmente esquecer tudo o que aconteceu.- baixo o olhar por um momento, processando as suas palavras. Eu sabia que não podia mudar o passado, mas estava determinado a fazer tudo diferente desta vez.

- Eu entendo, Ballie. - finalmente arranjo coragem para responder, a minhas voz suava firme, mas cheia de sinceridade - Sei que não posso apagar o que fiz, mas prometo que vou lutar todos os dias para reconstruir a confiança que perdemos. Eu quero ser alguém em quem tu possas confiar de novo, alguém que merece o teu amor. - a Ballie olha para os meus olhos, e percebo que vê a minha determinação refletida ali. Por um momento, eu sinto que ela permite acreditar que talvez as coisas podiam ser diferentes desta vez.

Quero acreditar em ti, Derek. - Ela diz suavemente, uma pequena faísca de esperança brilhando nos seus olhos verdes. - Mas vai levar tempo. Algum tempo. - concordo, percebendo completamente. Eu sabia que reconstruir a sua confiança não seria fácil, mas estava disposto a enfrentar o desafio.

- Eu vou esperar o tempo que for necessário, Ballie. - digo, a minha voz era suave - Eu só quero que tu saibas que estou aqui, sempre. - sob o brilho da lua e o som suave do mar, nós tínhamos um momento de vulnerabilidade e esperança, ambos sabíamos que tínhamos um longo caminho pela frente, mas também sabíamos que estávamos interessados ​​em percorrê-lo juntos.