Pov Emma GrantOlho para a porta do café e respiro fundo. Entro e vou em direção ao James que está sentado de costas para a porta, sento-me à sua frente.
- Pensei que não vinhas. - olho para ele.
- Eu pensei em não vir, mas... falta duas semanas para eu ir para França, porque não resolver tudo. - suspiro e ele assente.
- Eu preciso de saber... o porquê, apenas isso. Porquê Emma? - olho para ele e depois para as pessoas no café.
- Quando fizemos sexo pela primeira vez eu disse que não ia haver segundas intenções James. - suspiro e ele faz o mesmo.
- Eu sei. Eu lembro-me disso. Mas eu preciso de saber o porquê de me teres dito aquilo. A forma como tu disseste... - interrompo-o.
- Era para tu entenderes, James. Eu não preciso de ninguém. Eu sou livre e sempre fui assim, nunca precisei de ninguém para alcançar os meus objetivos, onde estou agora foi por mim. - digo séria e ele assente. Ele suspira e passa as mãos na cara, observo-o.
- Emma... nós passámos por tanto no ano passado. - olho para ele e depois para a mesa - íamos fazer uma viagem juntos, fizemos um trabalho juntos, nós fizemos sexo juntos. E digo aqui que foi o melhor sexo da minha vida. - olho para ele, o meu também.
- James... - ele interrompe-me e suspiro, passo a mão pelo meu cabelo.
- Emma. Nós podíamos ser tudo. Tu querias isso, tu disseste que ias tentar. O que mudou? Eu não entendo o que mudou... foi algo que eu fiz? - engulo em seco e nego - Então foi o quê?
- James eu não sei... - digo baixo e ele passa a mão pela barba que parece não ser feita à dias.
- Emma tu estás-me a magoar para caralho. Por isso dá-me a porra de um motivo! Pelo menos isso! Eu só peço um motivo. - olho para os seus olhos e desvio o meu olhar.
- Eu não sei James. - digo baixo e olho para os seus olhos.
- Tu pareces uma pedra, Emma. Tu não transmites sentimentos nenhuns e isso irrita-me porque eu não sei o que fazer mais. - olho para ele.
- Eu não sei James. Desculpa. Eu não sinto nada neste momento. Como é que vou expressar algo que não consigo? Como é suposto fazê-lo? - ele olha para mim e depois para a mesa.
- Emma... por favor. - ele diz baixo e pega na minha mão, olho para as nossas mãos e depois para ele - Por favor, Emma... - ele diz baixo e tiro a minha mão da sua.
- Eu vou para França, James. Eu quero isso da minha vida. - ele olha para os meus olhos.
- Eu viajo daqui até França se for preciso. - reviro os olhos e nego.
- Segue com a tua vida, James. - digo baixo e ele respira fundo.
- Eu só preciso que me digas que tu não me amas. - olho para os olhos dele - Diz-me que não me amas e eu desapareço da tua vida. - assinto.
- Eu não te amo, James. - ele olha para mim e os seus olhos marejam.
- Alguma vez me amaste? - olho em volta e depois para ele, novamente.
- Eu não sei. - sussurro e ele assente, levanta-se e vai-se embora do café.
Fico ali parada a observá-lo sair e a entrar no carro. Respiro fundo e levanto-me, saio do café e vou até ao supermercado. Vejo as garrafas de whiskey e pego numa, vou até à caixa e apresento a minha identificação falsa, óbvio que tinha alguma. Saio e vou me sentar num banco de jardim, abro a garrafa e começo a beber.
(...)
Cambaleio pelo campus e apoio-me aos bancos de jardim que lá haviam. Respiro fundo e forço a vista para ver a república, caminho em direção a ela e sinto alguem agarrar-me pela cintura, olho para o Theo que ergue a sobrancelha.
- Estás bem? - sorrio para ele e assinto - Tu raramente sorris, Emma. Tu estás podre de bêbada. - rio-me e ele caminha ao meu lado, tento não cair, mas ele agarra-me com força.
- Cuida bem da Izza quando eu me for embora - provavelmente sai tudo embolado e ele suspira.
- Sempre vou cuidar bem da nossa menina. - sorrio ouvindo.
- E da Ballie... tenho de falar com o Derek sobre a Ballie... - digo baixo e oiço o Theo rir baixo.
- Ele provavelmente também vai cuidar dela, muito bem. - passamos a porta da república e sorrio para a iluminação.
- Tanta luz. - digo baixo e reparo que ainda tenho a garrafa na mão, tento dar mais um gole, mas o Theo tira-me a garrafa da mão.
- Acho que já bebeste muito bem, já foi metade. - rio-me e ele pára, bate à porta. Olhamos para a Izza que abre a sorrir e olha para nós - Surpresa.
- O que está a acontecer? - sorrio para ela.
- Theo, dá-me um minuto para agarrar na minha amiga, sim? - ele solta-me e atiro-me para cima da Izza que me agarra, olho para a Ballie atrás dela e sorrio - Vem Bi! Vamos dar um abraço todas juntas. - ela aproxima-se e puxo-a, abraçando as minhas duas meninas.
- Estás a cheirar a whiskey, Emma. - a Ballie diz baixo - Tu bebeste metade de uma garrafa sozinha? - rio-me.
- Que desbocado, Theodore. - olho para ele que coça a nuca e dá um selinho na Izza, sorrio vendo - Que fofos.
- Depois ligo-te. - a Izza diz baixo e fecha a porta, olha para mim e rio-me - Vamos tomar um banho, Emma. - olho para ela e depois para a Ballie, elas agarram-me e levam-me para a casa de banho.
YOU ARE READING
Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)
RomanceDa mesma saga de "Thezza"... Derek Halles aparenta ter uma vida fácil, mas as aparências iludem. No seu interior, esconde um coração generoso que reluta em mostrar, mesmo perante os desafios que a vida lhe apresenta. Ele esforça-se para animar os am...