Capítulo 27

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Pov Emma Grant

Olho para a porta do café e respiro fundo. Entro e vou em direção ao James que está sentado de costas para a porta, sento-me à sua frente.

- Pensei que não vinhas. - olho para ele.

- Eu pensei em não vir, mas... falta duas semanas para eu ir para França, porque não resolver tudo. - suspiro e ele assente.

- Eu preciso de saber... o porquê, apenas isso. Porquê Emma? - olho para ele e depois para as pessoas no café.

- Quando fizemos sexo pela primeira vez eu disse que não ia haver segundas intenções James. - suspiro e ele faz o mesmo.

- Eu sei. Eu lembro-me disso. Mas eu preciso de saber o porquê de me teres dito aquilo. A forma como tu disseste... - interrompo-o.

- Era para tu entenderes, James. Eu não preciso de ninguém. Eu sou livre e sempre fui assim, nunca precisei de ninguém para alcançar os meus objetivos, onde estou agora foi por mim. - digo séria e ele assente. Ele suspira e passa as mãos na cara, observo-o.

- Emma... nós passámos por tanto no ano passado. - olho para ele e depois para a mesa - íamos fazer uma viagem juntos, fizemos um trabalho juntos, nós fizemos sexo juntos. E digo aqui que foi o melhor sexo da minha vida. - olho para ele, o meu também.

- James... - ele interrompe-me e suspiro, passo a mão pelo meu cabelo.

- Emma. Nós podíamos ser tudo. Tu querias isso, tu disseste que ias tentar. O que mudou? Eu não entendo o que mudou... foi algo que eu fiz? - engulo em seco e nego - Então foi o quê?

- James eu não sei... - digo baixo e ele passa a mão pela barba que parece não ser feita à dias.

- Emma tu estás-me a magoar para caralho. Por isso dá-me a porra de um motivo! Pelo menos isso! Eu só peço um motivo. - olho para os seus olhos e desvio o meu olhar.

- Eu não sei James. - digo baixo e olho para os seus olhos.

- Tu pareces uma pedra, Emma. Tu não transmites sentimentos nenhuns e isso irrita-me porque eu não sei o que fazer mais. - olho para ele.

- Eu não sei James. Desculpa. Eu não sinto nada neste momento. Como é que vou expressar algo que não consigo? Como é suposto fazê-lo? - ele olha para mim e depois para a mesa.

- Emma... por favor. - ele diz baixo e pega na minha mão, olho para as nossas mãos e depois para ele - Por favor, Emma... - ele diz baixo e tiro a minha mão da sua.

- Eu vou para França, James. Eu quero isso da minha vida. - ele olha para os meus olhos.

- Eu viajo daqui até França se for preciso. - reviro os olhos e nego.

- Segue com a tua vida, James. - digo baixo e ele respira fundo.

- Eu só preciso que me digas que tu não me amas. - olho para os olhos dele - Diz-me que não me amas e eu desapareço da tua vida. - assinto.

- Eu não te amo, James. - ele olha para mim e os seus olhos marejam.

- Alguma vez me amaste? - olho em volta e depois para ele, novamente.

- Eu não sei. - sussurro e ele assente, levanta-se e vai-se embora do café.

Fico ali parada a observá-lo sair e a entrar no carro. Respiro fundo e levanto-me, saio do café e vou até ao supermercado. Vejo as garrafas de whiskey e pego numa, vou até à caixa e apresento a minha identificação falsa, óbvio que tinha alguma. Saio e vou me sentar num banco de jardim, abro a garrafa e começo a beber.

(...)

Cambaleio pelo campus e apoio-me aos bancos de jardim que lá haviam. Respiro fundo e forço a vista para ver a república, caminho em direção a ela e sinto alguem agarrar-me pela cintura, olho para o Theo que ergue a sobrancelha.

- Estás bem? - sorrio para ele e assinto - Tu raramente sorris, Emma. Tu estás podre de bêbada. - rio-me e ele caminha ao meu lado, tento não cair, mas ele agarra-me com força.

- Cuida bem da Izza quando eu me for embora - provavelmente sai tudo embolado e ele suspira.

- Sempre vou cuidar bem da nossa menina. - sorrio ouvindo.

- E da Ballie... tenho de falar com o Derek sobre a Ballie... - digo baixo e oiço o Theo rir baixo.

- Ele provavelmente também vai cuidar dela, muito bem. - passamos a porta da república e sorrio para a iluminação.

- Tanta luz. - digo baixo e reparo que ainda tenho a garrafa na mão, tento dar mais um gole, mas o Theo tira-me a garrafa da mão.

- Acho que já bebeste muito bem, já foi metade. - rio-me e ele pára, bate à porta. Olhamos para a Izza que abre a sorrir e olha para nós - Surpresa.

- O que está a acontecer? - sorrio para ela.

- Theo, dá-me um minuto para agarrar na minha amiga, sim? - ele solta-me e atiro-me para cima da Izza que me agarra, olho para a Ballie atrás dela e sorrio - Vem Bi! Vamos dar um abraço todas juntas. - ela aproxima-se e puxo-a, abraçando as minhas duas meninas.

- Estás a cheirar a whiskey, Emma. - a Ballie diz baixo - Tu bebeste metade de uma garrafa sozinha? - rio-me.

- Que desbocado, Theodore. - olho para ele que coça a nuca e dá um selinho na Izza, sorrio vendo - Que fofos.

- Depois ligo-te. - a Izza diz baixo e fecha a porta, olha para mim e rio-me - Vamos tomar um banho, Emma. - olho para ela e depois para a Ballie, elas agarram-me e levam-me para a casa de banho.

Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)Where stories live. Discover now