Pov Ballie Peak
Olho para a Emma que respira fundo e a Izza olha para mim, engulo em seco. Não sabia como reagir.
— Chamaram-me para representar num musical… e estudar lá. — olho para ela — E eu… devo aceitar. — olho para a minha amiga e engulo em seco. Levanto-me e abraço-a, ela retribui — Obrigada Ballie. — assinto e afasto-me dela.
Saio de casa e vou para fora da república, respiro fundo para me acalmar. Meu Deus eu não me sentia muito bem. Saio da república e caminho sem saber muito bem para onde estava a ir, estava a ver tudo à roda. Era muito para assimilar. A Emma ia para França. Tinha de viver a vida, eu não podia impedir. Era apenas uma amiga. Não. Éramos irmãs. Olho para o carro que pára ao meu lado e respiro aliviada quando o Derek sai confuso, abraço-o e começo a chorar, ele aperta-me provavelmente confuso com o que estava a acontecer. Não me sentia muito bem. Tento abrir os olhos, mas não consigo.
— O que aconteceu, Ballie? — oiço a voz do Derek, distante.
Pov Derek Halles
Agarro na Ballie confuso, quando ela tenta cair e olho para os lados. Fico levemente preocupado e pego nela ao colo, levo-a para a o carro e coloco-a lá dentro. Entro e conduzo para o hospital mais próximo, roo a unha do polegar, nervoso. Mas que raio tinha acontecido? Era muito para se pensar. Ela estava desmaiada no meu carro e eu nervoso. Chego ao hospital e pego nela com cuidado, entro no mesmo e uma enfermeira vêm até mim preocupada.
— Ela desmaiou nos meus braços. Não sei o que aconteceu. — digo nervoso e o telemóvel dela toca, tiro-o do bolso e coloco a Ballie numa maca que me trazem. Atendo a Val — É o Derek.
— Derek? Estás com a Ballie? O que está a acontecer? — olho para a senhora que leva a Ballie na maca.
— O que aconteceu pergunto eu! Ela desmaiou nos meus braços! O que vou dizer à enfermeira?
— Como assim? Eu vou já para aí! — suspiro.
— Eu trato dela e provavelmente levo-a para minha casa. O que aconteceu Valerie? — pergunto sério, estava preocupado com a Ballie.
— A Emma vai viver para França e isso deve ter sido um choque para a Ballie. — suspiro.
— Credo. — digo baixo.
— Cuida bem dela, Derek. E vai me dando notícias da minha amiga. — sorrio fraco por ela confiar em mim.
— Eu vou fazer isso. — desligo e sento-me na sala de espera.
(...)
Entramos em minha casa e ela suspira, colocando as mãos na cabeça, ajudo-a ir para o meu quarto e coloco-a na cama, ela olha para mim e não diz nada.
— Vou te fazer um chá. — ela suspira e vou para a cozinha, fazer um chá de camomila. Eu não sabia cozinhar, se não fazia-lhe um ovo mexido.
— O que estás a fazer aqui? — assusto-me com o Erik a entrar na cozinha.
— Isso pergunto eu. — ele sorri.
— Vim beber água e tu?
— Vim fazer chá. — ele ergue a sobrancelha.
— Tu não gostas de chá, Derek. — encolho os ombros e faço o chá da Balliezinha.
— Passei a gostar. — coloco na caneca — Até amanhã. — saio da cozinha e subo com cuidado, para não virar aquilo para o chão ou para cima de mim. Ia ser trágico, entro no quarto e olho para a Ballie sentada na minha cama, entrego-lhe a caneca — Queres vestir uma roupa mais confortável? — ela encolhe os ombros e bebe o chá que fiz, procuro umas calças de moletom e uma t-shirt e dou-lhe, ela pega e eu saio do quarto para lhe dar privacidade.
— Podes voltar. — oiço a sua voz baixa e entro no quarto, olho para ela com as minhas roupas — Obrigada. — ela sorri levemente e deita-se na minha cama, olhando para a parede. Pego na minha almofada.
— Alguma coisa estou no sofá. — ela pega na minha mão e nega.
— Fica aqui comigo, por favor. — sorrio levemente e assinto, deito-me ao seu lado e ela encosta-se a mim, pegando no meu braço e abraçando-me, engulo levemente em seco. Não dormia com uma mulher há dois anos e quando digo dormir, era dormir mesmo, de olhos fechados e sem gemer. A sua respiração fica mais leve e percebo que adormeceu, fecho os meus, adormecendo segundos depois.
YOU ARE READING
Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)
RomanceDa mesma saga de "Thezza"... Derek Halles aparenta ter uma vida fácil, mas as aparências iludem. No seu interior, esconde um coração generoso que reluta em mostrar, mesmo perante os desafios que a vida lhe apresenta. Ele esforça-se para animar os am...