Capítulo 21

10 2 14
                                    

Pov Ballie Peak

Olho para a Emma que respira fundo e a Izza olha para mim, engulo em seco. Não sabia como reagir.

— Chamaram-me para representar num musical… e estudar lá. — olho para ela — E eu… devo aceitar. — olho para a minha amiga e engulo em seco. Levanto-me e abraço-a, ela retribui — Obrigada Ballie. — assinto e afasto-me dela.

Saio de casa e vou para fora da república, respiro fundo para me acalmar. Meu Deus eu não me sentia muito bem. Saio da república e caminho sem saber muito bem para onde estava a ir, estava a ver tudo à roda. Era muito para assimilar. A Emma ia para França. Tinha de viver a vida, eu não podia impedir. Era apenas uma amiga. Não. Éramos irmãs. Olho para o carro que pára ao meu lado e respiro aliviada quando o Derek sai confuso, abraço-o e começo a chorar, ele aperta-me provavelmente confuso com o que estava a acontecer. Não me sentia muito bem. Tento abrir os olhos, mas não consigo.

— O que aconteceu, Ballie? — oiço a voz do Derek, distante.

Pov Derek Halles

Agarro na Ballie confuso, quando ela tenta cair e olho para os lados. Fico levemente preocupado e pego nela ao colo, levo-a para a o carro e coloco-a lá dentro. Entro e conduzo para o hospital mais próximo, roo a unha do polegar, nervoso. Mas que raio tinha acontecido? Era muito para se pensar. Ela estava desmaiada no meu carro e eu nervoso. Chego ao hospital e pego nela com cuidado, entro no mesmo e uma enfermeira vêm até mim preocupada.

— Ela desmaiou nos meus braços. Não sei o que aconteceu. — digo nervoso e o telemóvel dela toca, tiro-o do bolso e coloco a Ballie numa maca que me trazem. Atendo a Val — É o Derek.

— Derek? Estás com a Ballie? O que está a acontecer? — olho para a senhora que leva a Ballie na maca.

— O que aconteceu pergunto eu! Ela desmaiou nos meus braços! O que vou dizer à enfermeira?

— Como assim? Eu vou já para aí! — suspiro.

— Eu trato dela e provavelmente levo-a para minha casa. O que aconteceu Valerie? — pergunto sério, estava preocupado com a Ballie.

— A Emma vai viver para França e isso deve ter sido um choque para a Ballie. — suspiro.

— Credo. — digo baixo.

— Cuida bem dela, Derek. E vai me dando notícias da minha amiga. — sorrio fraco por ela confiar em mim.

— Eu vou fazer isso. — desligo e sento-me na sala de espera.

(...)

Entramos em minha casa e ela suspira, colocando as mãos na cabeça, ajudo-a ir para o meu quarto e coloco-a na cama, ela olha para mim e não diz nada.

— Vou te fazer um chá. — ela suspira e vou para a cozinha, fazer um chá de camomila. Eu não sabia cozinhar, se não fazia-lhe um ovo mexido.

— O que estás a fazer aqui? — assusto-me com o Erik a entrar na cozinha.

— Isso pergunto eu. — ele sorri.

— Vim beber água e tu?

— Vim fazer chá. — ele ergue a sobrancelha.

— Tu não gostas de chá, Derek. — encolho os ombros e faço o chá da Balliezinha.

— Passei a gostar. — coloco na caneca — Até amanhã. — saio da cozinha e subo com cuidado, para não virar aquilo para o chão ou para cima de mim. Ia ser trágico, entro no quarto e olho para a Ballie sentada na minha cama, entrego-lhe a caneca — Queres vestir uma roupa mais confortável? — ela encolhe os ombros e bebe o chá que fiz, procuro umas calças de moletom e uma t-shirt e dou-lhe, ela pega e eu saio do quarto para lhe dar privacidade.

— Podes voltar. — oiço a sua voz baixa e entro no quarto, olho para ela com as minhas roupas — Obrigada. — ela sorri levemente e deita-se na minha cama, olhando para a parede. Pego na minha almofada.

— Alguma coisa estou no sofá. — ela pega na minha mão e nega.

— Fica aqui comigo, por favor. — sorrio levemente e assinto, deito-me ao seu lado e ela encosta-se a mim, pegando no meu braço e abraçando-me, engulo levemente em seco. Não dormia com uma mulher há dois anos e quando digo dormir, era dormir mesmo, de olhos fechados e sem gemer. A sua respiração fica mais leve e percebo que adormeceu, fecho os meus, adormecendo segundos depois.

Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)Where stories live. Discover now