Capítulo 73

5 2 19
                                    

Pov Derek Halles

— Ela fez isso tudo? — a minha mãe pergunta com um semblante chocado e assinto, ela bebe mais um gole da sua segunda chávena de chá e depois olha para fora — Credo, filho. Nem sei o que dizer. — ela encara-me e suspiro levemente, encosto-me na cadeira e batuco com os dedos na mesa do café.

— O pior é que a Ballie não a quis denunciar pois tem esperança que tenha sido sem querer. — a minha mãe dá um leve sorriso e assente com a cabeça, compreendendo a posição da mulher que eu gosto.

— Ela parece ser uma pessoa muito bondosa. — ela sorri levemente e assinto com o que a minha mãe diz.

— Ela é uma pessoa incrível. — digo mais baixo do que queria e olho para a mesa de madeira do café.

— Sendo muito sincera, nunca gostei muito da Paige. Sempre soube que ia haver outra pessoa na tua vida, mas como me podia enganar deixei fluir e aceitei-a como é. — rio-me levemente com o que a minha mãe me diz e assinto, ela sempre adorou o namorado da Claire e por isso ele ia muitas vezes lá a casa, mas a Paige eu ia mais vezes a casa dela do que ela à minha, devido aos meus pais — Mas não me importava de conhecer essa Ballie, parece ser boa pessoa. — a minha mãe sorri e assinto, mostro-lhe uma foto da Ballie. Quando tirei esta foto nós fomos ao parque de diversões e ela estava abraçada ao peluche e de olhos fechado, nunca vi ninguém tão feliz com um peluche — Parece ser super querida, filho. — sorrio levemente com o que a minha mãe diz.

— Ela não sabe onde estou. — a minha mãe ergue a sobrancelha com o que digo — Eu tive receio dela implorar para eu ficar e eu não resistir, foi mais fácil assim. — engulo levemente em seco a mentira que acabei de dizer, não era fácil e eu cada vez estava mais em baixo, estava a cair num poço sem fim.

— É por isso que não fazes a barba há dias e nem penteias esse cabelo. — não me sinto ofendido com o que a minha mãe diz pois era a maior verdade de todas. Eu não fazia a barba há pelo menos quatro dias — Vamos embora? — bebo o resto do chá que já estava quase frio na chávena e assinto, a minha mãe vai pagar e levo as chávenas ao balcão. Saímos do café e caminhamos em direção a casa.

— O pai e a Malia, sempre vêm hoje? — pergunto curioso, eu tinha ouvido a conversa da Chloe com a mãe, ontem à noite e fiquei confuso com a vinda do pai, mas já perguntava o porquê de ele vir.

— Como sabes? — sorrio e a minha mãe suspira e não me deixa responder — Era supostamente uma surpresa. — ela sorri levemente e rio-me com a sua indignação.

— Mas vem? — olho para a minha mãe que sorri e assente, verificando o seu relógio de pulso.

— Já deve ter chegado. — assim que a minha mãe acaba de dizer, um carro pára ao nosso lado e fico confuso, trocando para a frente da minha mãe, o vidro desce e fico aliviado quando vejo o meu pai.

— Então jeitosa. — ele sorri e a minha mãe ri-se, ele sai do carro e abraço-o, ele retribui com leves chapadas nas costas, depois abraça a minha mãe, levantando-a do chão, o amor deles era realmente lindo. A porta de trás abre e a minha sobrinha sai com o seu sorriso que ilumina cada pessoa, pego nela ao colo, abraçando-a.

— Tio Derek! — ela ri-se alto e começa a chorar em seguida, afago as suas costas com cuidado para não a magoar, ela era muito frágil. Abano-a no meu colo com delicadeza e olho para o meu pai e fico confuso, ele devia estar em Paris.

— Pai... não devias estar em Paris? — ele sorri levemente e assente.

— A família é mais importante, vou trabalhar pelo Canadá até Fevereiro do próximo ano. — ele sorri levemente e assinto, entrego a Malia à minha mãe e abraço o meu pai que dá-me umas chapadas leves nas costas e sorrio, entramos no carro do meu pai e ajudo a Malia a apertar o seu cinto, observo a rua e o meu pai conduz para casa, sorrio levemente quando vejo a mão da minha mãe na perna do meu pai.

Chegamos a casa depois de uns breves minutos no carro e entramos na mesma, a Chloe e a Claire levantam-se assim que o nosso pai entra e em seguida a Malia, a Chloe começa a chorar alto e abraça a sua filha, afagando o cabelo da pequena e observando a criança como se fosse uma peça de porcelana. A Malia chora baixo nos braços da mãe e aperta a mesma, olho para a Laurah que desce e salta para cima do nosso pai, assim que ele termina o seu abraço com a Claire. Abraço a minha mãe que coloca as mãos na cara e contém as suas lágrimas provavelmente da emoção que estava a sentir. Estavam todos felizes, incluindo eu mas algo faltava dentro de mim e eu sabia o que era. A Malia abraça agora a Claire que tem um sorriso no rosto, depois abraça a Laura por breves segundos, a Malia culpava a Laurah pelo afastamento que estava a dar à sua relação com a mãe e eu percebo que a Laurah o percebe quando observa a Malia a abraçar novamente a sua mãe que ainda chorava baixo e depositava beijos na cabeça da filha, sorrio levemente.

— Quem tem fome? — o meu pai pergunta, interrompendo a sessão de choro das mulheres e eu levanto o braço, como todos fazem.

— Finalmente comida do pai! — A Claire diz baixo e vai para a cozinha, ouve-se o riso da minha mãe e a Chloe resmunga, já que era ela que cozinhava, coloco os pratos, a Malia os talheres, a Laurah os guardanapos e a Claire os guardanapos, depois sentamo-nos à mesa, esperando pela comida do nosso pai.

Olho para as minhas irmãs todas à mesa e olho para a janela, fico confuso por ver uma mulher muito próxima à nossa casa e levanto-me da cadeira, as minhas irmãs observam-me e ficam confusas, abro a janela e a mulher atravessa a estrada, tropeçando, arregalo os olhos e ela vira-se para mim, endireito-me e sinto o meu coração acelerar, pisco várias vezes os olhos para ter a certeza que era mesmo ela e dou um sorriso, saio de casa e vou até ela, como se fosse uma pessoa imune, atravessando os carros que queriam passar, chego perto dela e sinto as minhas mãos tremerem levemente, ela dá um sorriso fraco.

— Ballie... — digo baixo e ela beija-me, retribuo surpreso e coloco as mãos no seu rosto frio.

Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora