Capítulo 30

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Pov Derek Halles

Depois de cantarmos, ficarmos a falar sobre as nossas vidas, rirmos das desgraças do Theo e da Izza quando se conheceram… entramos nas tendas. Olho para a Ballie que sorri levemente para mim.

— Podes-te virar, para eu me vestir? — assinto e viro-me de costas para ela, olho para o azul da tenda, era muito bonito. — Obrigada. — viro-me para ela e sorrio.

— Gostaste muito dessa blusa. — olho para a minha blusa e observo que está sem sutiã, olho para o seu rosto.

— Sim, é muito confortável. Mas posso dar-te se a quiseres de volta. — olho para ela e nego.

— Fica-te melhor a ti. — ela sorri levemente e deita-se, tiro a minha roupa ficando apenas de boxers e deito-me.

— Não vestes nada? — ergo a sobrancelha.

— Agradece por não estar nu. — ela olha para mim com os olhos arregalados.

— Credo! — rio-me e viro-me de barriga para cima, como ela faz — No outro dia… disseste que a tua irmã… estava a morrer. — respiro fundo, eu sabia que esta conversa ia chegar um dia — O que quiseste dizer com isso? — suspiro — Podemos não falar disso, se quiseres.

— Tudo bem, Ballie. Eu confio em ti. — digo baixo e respiro fundo novamente — Eu tenho três irmãs. A mais nova tem 16 anos e infelizmente utiliza drogas e álcool para se manter… viva. Mas nunca chegou ao ponto de ter uma overdose. Até o ano passado. — sinto a mão da Ballie na minha e olho para ela que suspira — Os meus pais chamaram-me, ela estava internada no hospital devido à overdose. E ela prometeu que não voltava mais a isso. Até janeiro. Eu ia voltar em Janeiro, mas ela desta vez teve uma overdose ainda mais grave, fez-a ficar quase dois meses internada. Em coma, porque bateu com a cabeça na queda. Então em março, acabamos por levá-la para o Canadá, para uma clínica de reabilitação e sem as companhias que ela tinha. — ela aperta-me a mão e sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto, respiro fundo — Ela saiu em Julho e fiquei um mês com ela no Canadá para ela se habituar à sua nova vida. Agora ela está lá com a minha mãe e com a minha outra irmã mais nova, a Claire. Ela aproveitou para estudar lá e fazer lá a universidade. — suspiro — Foi um ano complicado e acabei por descarregar nas pessoas, principalmente em ti Ballie. Desculpa.

— Não tens de te desculpar, Derek. Admiro a tua força. — ela diz baixo e sinto os seus lábios encostarem-se no meu rosto.

— Gostas de estrelas? — desvio o assunto.

— Sim, adoro ver estrelas. — sorrio levemente.

— Vamos. — levanto-me e visto-me.

Ela levanta-se e dou-lhe a minha sweat. Ela sorri e veste a mesma, visto o meu casaco e saímos da tenda. Caminhamos para perto do rio e sento-me, ela sorri e senta-se ao meu lado, deitamo-nos na relva seca e olhamos para o ceu. Olho para ela que observa o céu estrelado e sorrio.

— Olha ali a Ursa maior. — ela aponta e vejo a constelação, sorrio — Eu adoro inventar, constelações. — sorrio para ela.

— Podemos fazer isso. — ela olha para mim e sorri.

— Ali, parece ser um pato. E sempre que me vejo um pato, lembro-me do Theo. — rio-me alto.

— O Erik já me contou essa história, foi incrível o que vocês lhe fizeram. — ela ri-se.

— Foi sem intenção. — sorrio e observo-a — As estrelas são lindas.

— É… — sorrio e observo-a a admirar o céu.

— Ballie… — ela olha para mim e sorrio levemente — tu cantas muito bem e danças perfeitamente. Eu acho que nunca vi ninguém a fazê-lo com tanto amor e dedicação como tu fazes. — ela sorri fraco.

— Como sabes que danço assim? — olho para o ceu.

— Eu fui ver a tua competição. Mereces-te aqueles dois prémios. — olho para ela que abre a boca e não diz nada, sorrio levemente — Eu estava lá. Eu vi tudo e senti um orgulho enorme por ti. — ela olha para mim e cola os nossos lábios, retribuo surpreso. Coloco a minha mão na sua cintura apertando a mesma e a minha língua pede passagem, ela dá sem hesitar e as nossas línguas dançam num ritmo lento até terminarmos o beijo com a falta de ar. Olho para ela.

Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें