Pov Derek Halles
Depois de cantarmos, ficarmos a falar sobre as nossas vidas, rirmos das desgraças do Theo e da Izza quando se conheceram… entramos nas tendas. Olho para a Ballie que sorri levemente para mim.
— Podes-te virar, para eu me vestir? — assinto e viro-me de costas para ela, olho para o azul da tenda, era muito bonito. — Obrigada. — viro-me para ela e sorrio.
— Gostaste muito dessa blusa. — olho para a minha blusa e observo que está sem sutiã, olho para o seu rosto.
— Sim, é muito confortável. Mas posso dar-te se a quiseres de volta. — olho para ela e nego.
— Fica-te melhor a ti. — ela sorri levemente e deita-se, tiro a minha roupa ficando apenas de boxers e deito-me.
— Não vestes nada? — ergo a sobrancelha.
— Agradece por não estar nu. — ela olha para mim com os olhos arregalados.
— Credo! — rio-me e viro-me de barriga para cima, como ela faz — No outro dia… disseste que a tua irmã… estava a morrer. — respiro fundo, eu sabia que esta conversa ia chegar um dia — O que quiseste dizer com isso? — suspiro — Podemos não falar disso, se quiseres.
— Tudo bem, Ballie. Eu confio em ti. — digo baixo e respiro fundo novamente — Eu tenho três irmãs. A mais nova tem 16 anos e infelizmente utiliza drogas e álcool para se manter… viva. Mas nunca chegou ao ponto de ter uma overdose. Até o ano passado. — sinto a mão da Ballie na minha e olho para ela que suspira — Os meus pais chamaram-me, ela estava internada no hospital devido à overdose. E ela prometeu que não voltava mais a isso. Até janeiro. Eu ia voltar em Janeiro, mas ela desta vez teve uma overdose ainda mais grave, fez-a ficar quase dois meses internada. Em coma, porque bateu com a cabeça na queda. Então em março, acabamos por levá-la para o Canadá, para uma clínica de reabilitação e sem as companhias que ela tinha. — ela aperta-me a mão e sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto, respiro fundo — Ela saiu em Julho e fiquei um mês com ela no Canadá para ela se habituar à sua nova vida. Agora ela está lá com a minha mãe e com a minha outra irmã mais nova, a Claire. Ela aproveitou para estudar lá e fazer lá a universidade. — suspiro — Foi um ano complicado e acabei por descarregar nas pessoas, principalmente em ti Ballie. Desculpa.
— Não tens de te desculpar, Derek. Admiro a tua força. — ela diz baixo e sinto os seus lábios encostarem-se no meu rosto.
— Gostas de estrelas? — desvio o assunto.
— Sim, adoro ver estrelas. — sorrio levemente.
— Vamos. — levanto-me e visto-me.
Ela levanta-se e dou-lhe a minha sweat. Ela sorri e veste a mesma, visto o meu casaco e saímos da tenda. Caminhamos para perto do rio e sento-me, ela sorri e senta-se ao meu lado, deitamo-nos na relva seca e olhamos para o ceu. Olho para ela que observa o céu estrelado e sorrio.
— Olha ali a Ursa maior. — ela aponta e vejo a constelação, sorrio — Eu adoro inventar, constelações. — sorrio para ela.
— Podemos fazer isso. — ela olha para mim e sorri.
— Ali, parece ser um pato. E sempre que me vejo um pato, lembro-me do Theo. — rio-me alto.
— O Erik já me contou essa história, foi incrível o que vocês lhe fizeram. — ela ri-se.
— Foi sem intenção. — sorrio e observo-a — As estrelas são lindas.
— É… — sorrio e observo-a a admirar o céu.
— Ballie… — ela olha para mim e sorrio levemente — tu cantas muito bem e danças perfeitamente. Eu acho que nunca vi ninguém a fazê-lo com tanto amor e dedicação como tu fazes. — ela sorri fraco.
— Como sabes que danço assim? — olho para o ceu.
— Eu fui ver a tua competição. Mereces-te aqueles dois prémios. — olho para ela que abre a boca e não diz nada, sorrio levemente — Eu estava lá. Eu vi tudo e senti um orgulho enorme por ti. — ela olha para mim e cola os nossos lábios, retribuo surpreso. Coloco a minha mão na sua cintura apertando a mesma e a minha língua pede passagem, ela dá sem hesitar e as nossas línguas dançam num ritmo lento até terminarmos o beijo com a falta de ar. Olho para ela.
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Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)
रोमांसDa mesma saga de "Thezza"... Derek Halles aparenta ter uma vida fácil, mas as aparências iludem. No seu interior, esconde um coração generoso que reluta em mostrar, mesmo perante os desafios que a vida lhe apresenta. Ele esforça-se para animar os am...