Capítulo 71

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Pov Ballie Peak

Olho para da Izza para a Emma, a mesma estava com o seu olhar baixo e  com os cotovelos apoiados nas suas pernas, tapo-me com a sua manta, estava a ficar frio.

— Eu e o James... bem eu e ele namorámos durante um mês. — arregalo os olhos, assim como a Izza o faz. Estava em choque com as palavras que ela disse.

— Como assim? Não percebo nada! — a Izza diz com uma expressão séria no rosto e eu observo-as às duas. A Emma estava envergonhada e a Izza séria, devia ser o contrário. Era sempre o contrário.

— Como sabem, eu e ele tivemos encontros casuais. Ele começou a desenvolver sentimentos por mim e eu por ele... então ele acabou por pedir em abril e namorámos até maio, ninguém percebia porque raramente estávamos juntos com vocês. Foi por isso que desaparecia bastante. Ele acabou por fazer aquele quadro, mas entregou-me depois, mais para a frente. — ela dá um leve sorriso, como às memórias estivessem vivas na sua cabeça — Eu descobri que podia vir para França em Maio, mas tinha de ter a certeza e ele estava a pressionar-me, eu sentia-me encurralada e sufocada sempre com ele. Então terminei com ele e deu aquela confusão toda que vocês presenciaram, em junho. — eu lembrava-me muito bem do que a Emma lhe tinha dito "eu não preciso de ti", nesse dia fiquei com tanta pena do James, que o quis abraçar mas ele desapareceu.

— E quando é que ele te entregou o quadro? — questiono confusa, a minha pergunta era devido ao quadro que estava na sala — não me recordo de colocar um quadro na tua mala.

— O James veio a França com o quadro. — arregalo os olhos chocadissima com a informação que ela nos dá, a Izza abre a boca sem saber o que dizer, depois fecha. Depois abre, depois fecha, assim sucessivamente.

— Emma... eu não sei o que dizer. — coço a nuca, eu estava sem reação depois desta bomba.

— Ele disse que espera o tempo necessário para eu o amar e eu sinceramente não sei o que dizer. — a Emma suspira enquanto diz e eu sabia que isto era uma grande insegurança que ela tinha. A Emma nunca demonstrava as suas inseguranças.

— Emma... tens de organizar o teu coração e tentar perceber os teus sentimentos por ele. Porque já sabes os sentimentos dele por ti. — ela assente quando a Izza o diz e suspira, olha para mim e dou um sorriso meigo, dou-lhe a mão, a dela estava fria e a minha quente, aperto-a.

— Ele é um bom rapaz, Emma. Ele veio a França por ti. Ele ama-te tanto, amiga. — sorrio levemente quando o digo e a Emma assente, pegando na outra mão da Emma.

— Vê-se no olhar dele que ele te ama, Emma. — a Izza dá um leve sorriso, quando o diz e a Emma suspira.

— E se eu o magoar? — a Emma pergunta num tom baixo de voz.

— Porque haverias de magoá-lo? — pergunto confusa e ela encolhe os ombros.

— Porque eu sou assim quando me sinto presa e vocês sabem disso. — suspiramos as três e abraço-a, ela retribui e encosta a cabeça no meu ombro, olhamos para a torre Eiffel a brilhar.

Eu estava bem com elas as duas. Tinha saudades de sermos nós as três, não é que eu não gostasse das outras meninas, até porque eu amo cada uma delas, mas a Izza e a Emma foram as minhas primeiras amigas e sabia que era com elas que eu podia confiar com os olhos fechados, afinal eram minhas irmãs. Observo a torre eiffel e depois para o meu telemóvel que toca, atendo a Val e coloco em alta voz.

— Descobrimos o motivo dele ter ido embora! — olho para a Izza e para a Emma que sorriem para mim, dou um leve sorriso sentindo o meu coração acelerar.

— Diz, Val! — a Emma responde por mim e olho para o telemóvel, a Izza dá-me a mão, quando sinto a vontade de apertar as unhas na minha mão e aperto a sua mão, suspirando.

— Ele foi porque a irmã precisou dele, novamente. — engulo em seco, como é que ele devia estar?

— Obrigada pela informação, Val... — digo baixo e oiço o seu suspiro, ela desliga.

— O que pensas fazer, Ballie? — olho para a Emma quando me pergunta e depois para a Izza que está com um leve sorriso no rosto, ela ia compreender todas as minhas decisões.

— Não sei, o que vou fazer. — engulo levemente em seco com o que disse, eu sinceramente não sabia o que fazer.

Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu