Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)

Capítulo 8

Pov Ballie Peak

Olho para a TV desligada e oiço a porta de casa, vou abrir. Será que as meninas se tinham esquecido da chave? Abro a porta e olho para o Derek, ele sorri levemente e cruzo os braços.

— O que é que tu queres? E como sabes qual é o meu quarto? — ergo a sobrancelha.

— Eu bati a 555 portas. — arregalo os olhos — Posso me sentar? — reviro os olhos e nego — E um copo de água, podes me dar? — resmungo e vou buscá-lo, não se negava água a ninguém. Ainda ia parar ao inferno por isso.

— Toma. — dou-lhe e ele bebe a água, cruzo os braços e ergo a sobrancelha — O que é que tu estás aqui a fazer?

— Tu não sabes nadar? — olho para ele séria.

— Tu vieste aqui para me perguntares isso? — ele nega e sorri, olho para ele séria, sem paciência — O que é que tu queres? — ele ergue as duas sobrancelhas e espera que eu responda à sua pergunta, bufo — Sim, eu não sei nadar Derek! Feliz?

— Hm… e o que aconteceu com os teus pais? — olho para ele começando a ficar irritada com as suas perguntas estúpidas.

— Não tens nada haver com isso! Deixa-me em paz e não voltes mais aqui. — digo irritada e ele cruza os braços, pego no meu copo, da minha casa.

— Quero pedir desculpa Ballie. Pelo o que fiz ontem na festa. — nego.

— Vai à merda Derek. — ele suspira e fecho a porta, pouso o copo, vou para a minha cama, deito-me e tapo-me. Que idiota!

Pov Derek Halles

Entro no carro e suspiro. Olho para o meu telemóvel que toca e atendo a minha mãe, colocando no alta voz. Conduzo para o campo de futebol.

— Olá mãe. — fico atento à estrada.

— Olá querido. Odeio pedir isto… mas eu preciso que venhas para Orlando. A tua irmã está pior. Precisamos de todos aqui para ver se a acalmamos. Odeio ter de te afastar da universidade, mas neste momento não temos condições para estarmos longes um dos outros. O teu pai precisa de trabalhar e eu também. A Chloe precisa de cuidar da filha e a Claire precisa da tua ajuda com a Laurah. — suspiro e conduzo.

— Eu vou no próximo domingo para aí. — digo mais baixo do que queria.

— Muito obrigada, meu amor. Vais ver que tudo se vai alinhar. — desligo. Estava desapontado com a minha irmã, novamente.

A Chloe tinha uma filha, a Malia. Neste momento tem 25 anos e engravidou com 14 anos, devido a uma relação tóxica que teve, eu acho pelo menos foi o que me contaram e provavelmente é o que eu quero acreditar. A Malia neste momento tem, 11 anos quase 12. Elas vivem na casa ao lado da dos meus pais. A Chloe trabalha na sua empresa de vinhos, por isso viaja bastante como o meu pai que é chefe de cozinha. A minha mãe é dona de várias discotecas em Orlando. São as discotecas mais seguras para ir, ninguém pode entrar com droga, são revistados e se for preciso até nas cuecas vêm se contém alguma coisa. A Claire tem 17 anos, ainda estuda no secundário e a Laurah tem 15 anos, mas tem vários problemas relacionados com drogas, porque pensa que é bom fumar e drogar-se que nem uma maluca. Então estamos sempre a interná-la nas clínicas e quando volta, durante aquele ano que está desintoxicada, ninguém a aguenta, apenas eu consigo segurá-la. Isso deixa-me estressado porque supostamente acabava este ano os estudos e podia ser professor para o ano, mas vou ter de parar este ano. Mas a familia vem sempre em primeiro lugar, certo? Olho para a mensagem do Theo a dizer que tinha de falar comigo e com o Shane, urgentemente e fico confuso.
Chego ao campo e estaciono, vou para o balneário e cumprimento o Shane. Segundos depois o Theodore entra e senta-se no banco, ergo a sobrancelha para ele.

— O que era tão urgente? — O Shane senta-se num banco e começa a tirar a sua roupa e faço o mesmo.

— Ela está aqui. — fico confuso, será que estava alguém no balneário.

— Ela? Ela quem? — os dois olham para mim e fico sem perceber nada.

— A Ellizabeth, presumo. — o Theo assente para o Shan, sentamo-nos ao lado dele, puta que pariu. — Merda. — o Shane sussurra.

— O que vais fazer? — Olho para o Theo que encolhe os ombros.

— Não me posso esconder para sempre dela. Mas tenho medo que volte… E eu… me apaixone novamente, por ela. — olho para a frente.

— Só vejo uma solução — o Shane suspira, será que a queria matar? Eu alinhava, por tudo o que o Theo sofreu era o melhor, mas ia ser muito macabro.

— Matá-la? — pergunto um pouco horrorizado por a ter imaginado morta e mesmo assim ainda devia mexer-se e eles olham para mim, chocados. Acho que percebo que não é isso — Não? Não é isso? Ah… ok — o Theo nega com a cabeça e coço a nuca.

— Tens de arranjar uma namorada. — Olho para o Shane e rio-me alto com o Theo. Isto foi engraçado. O Theo com namorada…

— Isso teve… muita piada — o Theo ri-se mais e eu rio-me, concordando.

— Gostava de ver isso — sorrio, se ele arranjasse namorada eu ia me sentir ofendido.

— Estou a falar a sério, Theo. Tens de fazer isso, para ela não voltar — olho para o Shane e ergo a sobrancelha, afinal era mesmo a sério.

— E onde é que vou arranjar uma namorada do dia para a noite? — olho para eles os dois, boa pergunta.

— Isso já é contigo. Desde que seja alguém que aches engraçado e desperte a tua atenção… — olho para o Theo.

— Só há uma miúda que desperta a minha atenção, mas 1) odeio-a 2) ela odeia-me 3) ela é caloira 4) ela ia-se rir tanto da minha cara se pedisse isso — olho para o Theo e suspiro.

— Podes sempre tentar, não se sabe o que pode acontecer. Não a conheces bem — olho para o Shane e assinto, é verdade. Levanto-me do banco e olho para eles.

— Adorava ficar este ano, para ver isso — eles olham para mim confusos, sorrio levemenre — Ia contar-vos, hoje à noite… Eu vou ter de voltar para Orlando. A Laurah piorou e eu tenho de ficar com ela — eles engolem em seco e abraçam-me, retribuo suspirando. Era bom ter o apoio dos amigos.

— Se precisares… estaremos sempre aqui para ti! — sorrio fraco quando o Theo o diz — E quando vais?

— Domingo. Gostava de falar com todos e no sábado, fazer uma festa. Também gostava de falar com a… — calo-me e olho para eles, merda.

— Com a…? — o Shane pressiona-me.

— Com a Ballie — suspiro — Mas não sei se o vou fazer. Afinal, somos apenas amigos. — mentira. Eu tinha estragado tudo.