Capítulo 11

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Pov Ballie Peak 

Não acredito que ia haver um furacão, estava nervosa, com medo, com tudo. Pelo menos íamos para casa de alguém que já sabia lidar com essa situação porque se não, acho que voltava para Miami ainda hoje. Respiro fundo e arrumo a minha mochila com tudo o que era importante. Saio do quarto e coloco comida também. Olho para a Sabi que anda de um lado para o outro e engulo em seco.

— Sabi... estás bem? — ela nega e abana a mão começando a chorar, aproximo-me dela e sento-a no sofá — Respira fundo comigo. — respiro fundo com ela, eu sentia o medo dela em mim.

— Eu tenho muito medo. Eu estou desesperada e se morrermos? — arregalo os olhos.

— Não vamos morrer, vai correr tudo bem. Os rapazes sabem o que fazer e estamos seguras com eles lá. — ela assente e respira fundo, abraço-a com força. Ai credo... eu tinha tanto medo. A Emma entra em casa toda molhada e suspira.

— Vou tomar banho e vamos já para a casa deles. — assentimos as duas.

— Queres que faça a tua mala? — ela sorri para mim e assente, vou para o quarto dela fazer-lhe a mala.

Coloco tudo o que consegui na mala dela, incluindo tudo de higiene. Ela entra no quarto e veste-se à minha frente, não me incomodo pois já a vi tantas vezes nua como via a Izza. Tínhamos de dividir as três um quarto e quando nos arranjávamos, tinha de ser todas juntas. Nós até já tomámos banho juntas, por isso não havia problema. Ela veste uma sweat e olho para ela, confusa, era raro utilizar sweats.

— Vamos lá. — ela pega na sua mala e vou buscar a minha, olho para a Sabi que reza com o seu terço — Sabi, vamos. — ela assente e pega na sua mala.

Saímos do quarto depois da Emma ir verificar se estava tudo trancado e seguro. Vamos para o carro da Sabi e a Emma é que conduz para casa deles, com bastante cuidado. Estava muito trânsito. Envio uma mensagem aos avós a dizer que provavelmente ia ficar sem rede mas depois ligava. Chegamos a casa dos rapazes e o carro da Ellie também chega ao mesmo tempo. Saímos todas do carro e pegamos nos sacos todos, vamos para a porta e a Val abre a porta, entramos todas. Olho para todos e os meus olhos param no Derek. O que é que ele estava aqui a fazer? Nunca mais o tinha visto. Vou com a Val para a cozinha e vejo os sacos todos no chão, cheio de comida.

— Eles preparam-se bem. — olho para a Val que assente.

— Sim, não sabemos quanto tempo podemos ficar aqui. — suspiro e assinto. Começo a arrumar com a Val. O Theo entra e começa a ajudar-nos.

— Estás com medo, Ballie? — olho para ele e suspiro, que pergunta idiota.

— Sim, tenho medo disto. Mas pelo o que vejo temos muitas reservas, então fico mais descansada. — olho para os sacos que ainda faltavam — E como fica situação da faculdade? — Será que aquilo fechava? Era meio óbvio se o fizesse.

— Vai fechar, provavelmente já o fez. Ela também costuma abrigar várias pessoas. Mas nós preferimos ficar em casa, assim não fica muita confusão.  — assinto para o Theo e suspiro, pelo menos havia pessoas que se podiam abrigar lá — Costumamos fazer jogos de tabuleiro, para jos distrairmos e também vemos algum filme que transferimos, porque a internet vai sempre a baixo. — olho para ele e bato com o pé no chão, era compreensível a internet ir a baixo. 

— Dormimos todos juntos? — olho para o Theo que nega com a cabeça.

— Cada um no seu quarto mas depois já vemos isso. — assinto e vou para a sala, respiro fundo. Sento-me no sofá ao lado da Iz e vejo as notícias com ela. 

Pov Derek Halles 

Observo-a comer a pizza e a rir enquanto ouve as histórias dos nossos amigos. Sorrio levemente quando ela se ri e coloca a mão na frente da boca. Olho para a Izza que conta a história delas e rio-me, ouvindo. Elas iam sendo expulsas de uma loja de roupa. Isto foi incrível. Oiço agora a minha prima contar a história trágica do Erik, coitado. O que ele sofreu naquele colégio nas mãos da namorada e da irmã, eu até tinha pena dele mas muitas vezes eu participava nas brincadeiras. Olho para a Ballie que se levanta e saí da sala, espero alguns segundos para a seguir. Tinhamos de resolver isto. Olho para ela que entra na casa de banho e encosto-me à parede à espera que ela saia. Assim que ela saí, meto-me à frente dela e ela assusta-se, tropeçando para trás, agarro-a. 

— Ao meu lado, nunca vais cair. — sorrio levemente e ela afasta-se mim, séria.

— O que é que tu queres? — suspiro — Tu desapareces, apareces, iludes-me. O que é que tu queres de mim? — olho para ela — E já agora, tu não devias estar com a tua namorada? — ergo a sobrancelha.

— Que namorada, Ballie? — pergunto sério e cruzo os braços.

— A namorada que eu vi em New York, Derek! Não te faças de parvo porque eu já me estou a irritar contigo e eu odeio ficar irritada! — ela fica vermelha e bate com o pé no chão, observo-a, não me recordando e ela ri-se sem humor.

— Tenho de ir à casa de banho, se me dás licença.  — ela afasta-se e desce, suspiro. Eu não tinha de ir à casa de banho. Respiro fundo e vou para a sala — Podemos começar. — sento-me onde estava e olho para o chão, fica todo o mundo em silêncio — Não vamos começar? — ergo a sobrancelha e o Erik assente.

O jogo começa a rolar, eu olhava para todos aqueles que bebiam. Olho para o Theo que diz que posso ser eu e penso.

— Eu nunca menti sobre o meu estado civil a alguém. — olho para a Ballie e ninguém bebe. Espero que ela tenha entendido que eu não menti. — Podes ser tu Ballie.

— Eu nunca fugi de uma situação, deixando a outra pessoa sem saber o que estava a accontecer. — olho para os olhos dela e ela revira os mesmos.

Continua o jogo, mas eu não desvio o meu olhar do da Ballie. Nem mesmo ela o faz. Não sei quanto tempo passa mas ela fala.

— Eu nunca brinquei com os sentimentos de alguém. — fico sério e olho para ela, começando a ficar irritado — Não dá para jogar se não houver sinceridade. — reviro os olhos.

— Eu nunca brinquei com os teus sentimentos. — digo sério e ela ri-se sem humor.

— Pois claro e eu vou mesmo acreditar nisso. — olho para ela.

— Tu não me conheces para dizeres isso Ballie. Não é justo fazê-lo. E mais nunca menti sobre o meu estado civil, porque 1) tu nunca o perguntaste e 2) sou solteiro e bem solteiro. — ela levanta-se.

— Ai Derek, cala-te! — olho para ela e ergo a sobrancelha — Eu já estou farta de ti. Tu só sabes brincar comigo, saís e voltas como se eu fosse a merda de um brinquedo. Mas eu não sou o teu brinquedo. — rio-me sem humor algum.

— Eu nunca brinquei contigo. — olho para ela.

— Então porque te aproximaste de mim, merda? — olho para ela e suspiro, ela afasta-se e saí da sala.

Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)Where stories live. Discover now