Capítulo 36

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Pov Ballie Peak

Saio da tenda e olho para os meus amigos todos reunidos, respiro fundo e sorrio para eles.

- Vamos aproveitar o último dia, o que acham? - eles olham para mim e sinto o olhar da Emma e da Izza sobre mim, ignoro-as para ignorar os meus sentimentos também. Olho para o Derek que encara o chão - Então? Ninguém reage? - ergo a sobrancelha e o Shane levanta-se.

- Se ela manda, nós fazemos. - sorrio para ele e abraço-o.

- É assim que se fala. - ele sorri para mim e olho para todos - O que podemos fazer hoje? - olho para o Theo que olha para a Izza - Podemos fazer duplas e ir procurar o objeto mais estranho que encontrarmos. - eles olham para mim e sorrio - O que acham?

- Por mim, tudo bem. - o Erik sorri e levanta-se - E como vão ser as duplas? - olho para eles todos.

- Podemos fazer por tendas. O que acham? - todos assentem e sorrio, vou ter com o Derek e toco-lhe no ombro - Vamos? - ele olha para mim e assente, levanta-se.

- Vamos começar então. Temos uma hora, o que acham? - olho para a Val e assentimos todos, puxo o Derek pelo trilho que fizemos no primeiro dia para ir buscar os galhos para a fogueira.

- Como estás? - olho para ele e sorrio.

- Vou ficar bem. - ele assente e caminhamos, sinto-o parar.

- Desculpa Ballie... eu não devia tê-la aceitado e... eu... - abraço-o.

- Não tiveste culpa Derek e ela também não. - sorrio levemente e ele olha para mim confuso - Eu devo ter tropeçado... é o normal. Vamos esquecer isso, sim? - ele suspira e sorrio o melhor que podia.

- Ballie... não dá para esquecer. Ela sabia que tu... - interrompo-o.

- Vamos esquecer Derek. É apenas mais uma pessoa para a lista. - ele ergue a sobrancelha.

- Que lista? - olho para ele.

- Para a lista dos que me odeiam sem motivo algum. - ele olha para mim e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

- Fica comigo. - olho para ele confusa e ele arregala os olhos - Em casa. Fica comigo em casa, por uns tempos. Até haver outra casa para ti. - olho para ele e depois para as árvores - As meninas também devem ir. - olho para ele.

- Elas disseram isso? - ele nega.

- Dúvido que não digam. - rio-me fraco e olho para o chão, ele ergue a minha cabeça e sinto o meu coração bater mais rápido - Quando vamos falar sobre o nosso beijo? - olho para os seus olhos verdes.

- Apenas aconteceu Derek, não significou nada. - sinto o meu coração apertar-se.

- Significou para mim e eu sei que para ti também, Ballie. Não fujas. - olho para ele - Eu adorei o teu beijo. Sonho com ele desde esse dia. - olho para o chão envergonhada - Ballie... até quando vais admitir que se passa algo entre nós? - olho para ele e nego.

- Por favor, Derek... eu não quero confusões. - digo baixo e ele encosta a sua testa na minha. "Se um dia perguntares se ele a amou. Duvido que a resposta seja sim" - Alguma vez amaste a Paige? - ele olha para mim surpreso e ergue a sobrancelha.

- Porquê essa pergunta agora? - olho para os seus olhos.

- Responde-me. - ele suspira.

- Aprendi a conviver com ela... nunca cheguei a dizer que a amava. Desviava sempre a conversa. - ergo a sobrancelha e ele suspira - Eu nunca amei ninguém, Ballie. Mas sei que posso te vir a amar, se me deixares entrar. - engulo em seco e olho para ele. "Tu e o Derek podem ser a linha final. Mas tens de querer para ser. Se sentes que ele pode ser o teu porto seguro, luta por ele. O amor é incrível Ballie".

- O amor deve ser incrível... - ele assente e olho para ele - E se nós formos a linha final, Derek? Mas no meio houver linhas brancas? - ele olha para mim.

- Lembraste... quando aconteceu aquilo com a Izza? Na última festa que tive presente? - assinto e ele olha para mim - Quando deste aquele chuto ao Nathaniel... foi ali que eu vi que eu era todo teu. Tu, Ballie Peak, conquistaste-me com aquele chuto. Foi ali que eu me apaixonei por ti. - engulo em seco e olho para as árvores - E soube que ninguém ia me fazer esquecer essa ideia.

- Derek... - ele olha para mim e nega, afaga o meu rosto com o seu polegar.

Olho para os seus olhos verdes e depois para a sua boca entreaberta, ele coloca a sua mão livre na minha cintura e puxa-me para ele, colamos as nossas bocas num ritmo lento, mas bonito. Parecia que uma melodia tocava e as nossas línguas dançavam o som dessa melodia, coloco as mãos no seu peito e afastamo-nos, devido à falta de ar, mas nem um segundo esperamos para retomar o beijo, ele coloca a sua mão que afagava o meu rosto momentos antes, no meu pescoço. Estava frio mas eu não o sentia, sentia um calor subir pelo meu corpo. Um calor bom de se sentir. A sua mão fria no meu pescoço, sobe para a minha nuca e provavelmente desmancha o meu rabo de cavalo, mas eu sinceramente... não me importava. Estávamos com uma química que nunca senti por ninguém. Separamo-nos novamente por falta de ar e ele deposita um beijo na minha testa e abraça-me.

Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)Where stories live. Discover now