Capítulo 10

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Pov Ballie Peak

Entro na escola de dança nervosa, tinha de conseguir este emprego. Respiro profundamente e vou até à recepção, sorrio para a senhora.

— Olá, sou a Ballie e vim para o cargo de professora de dança. — a senhora sorri e assente.

— Espere naquela sala e já a chamam. — assinto e vou para a sala onde me disseram. Olho para as outras candidatas e sorrio para elas, apenas uma retribui o sorriso. Sento-me na cadeira.

Eu estava nervosa. Só a Val sabia que eu vinha fazer isto hoje. Para ser mais sincera, ela é que enviou o meu currículo. Eu estava nervosa. E se não me aceitassem? Respiro fundo e olho para as horas. Eu tinha de estar preparada. Eu sabia várias coreografias, várias músicas. Eu estava preparada. Respiro profundamente e olho para uma senhora que entra na sala a sorrir, sorrio para ela também.

— Podem vir todas. — assentimos e vamos atrás da senhora.

Entramos numa sala com crianças e sorrio, adorava crianças. Elas acenam todas para nós e aceno também, reparo que sou a única que o faz de todas as outras candidatas e engulo levemente em seco. Só estava a ser eu. Reparo em cada criança, sorrio. Eram tão fofas.

— Bom dia. — olho para uma outra senhora que chama a nossa atenção.

— Bom dia. — sorrio e respondemos todas em uníssono.

— Esta entrevista é totalmente diferente. Quem vos vai escolher são as crianças. — assinto, era compreensível. Se nós íamos dar aulas às crianças, ela é que nos deviam escolher. — Vou vos dar a cada uma 5 minutos para conseguirem pô-las todas em ordem. — assinto, eu já tinha sido babysitter nos tempos livres e já tinha dado algumas aulas às crianças da minha escola anterior.

Olho para elas e começam a chamar as senhoras, as que esperam ficam perto da trave do balé. Isto era mais difícil do que parecia e estas crianças pareciam super agitadas. Olho para as candidatas a tentar organizá-las, mas passava sempre o tempo. Estas candidatas eram todas mais experientes que eu e mais velhas, eu parecia ser a mais nova com apenas 18 anos e elas com mais de 25 para cima, esperava que não fosse um ponto negativo. Penso na estratégia que posso utilizar e sorrio quando me chamam.

— Ballie Peak. — vou até à senhora e sorrio — Idade e uma mini apresentação. — assinto para a senhora e ela sorri levemente para mim.

— Eu sou a Ballie, tenho 18 anos. Estou na faculdade de educação. Já trabalhei com crianças e já dei algumas aulas de dança. Acho que me vou sair bem porque elas têm de ser tratadas com amor e é isso que eu venho para lhes dar, incluindo as aulas. — a senhora sorri e assente, sorrio e vou para a frente das crianças, reparo se têm algum rapaz e como não vejo sorrio para estas lindas — Olá meninas! — elas sorriem — Eu sou a Ballie Peak.

— Olá Miss Peak! — sorrio para elas.

— Posso vos fazer uma pergunta? — elas assentem todas e algumas colocam o dedo na boca — Quem é uma fada? — algumas levantam o braço — Uau! Tantas fadas! Podem fazer uma fila? — elas riem e vêm a correr para o meu lado, sorrio — E agora… quem é uma princesa? — algumas levantam o braço e rio-me — Então podem fazer o mesmo que as fadas? — elas assentem e vêm ter comigo também, olho para as meninas que restam e sorrio para elas — Vocês devem ser… — faço-me de pensativa — Princesas mas fadas também, estou certa? — elas gritam um sim e rio-me — Então devo pedir para fazer uma fila o que acham? — elas fazem e olho para todas — Sabiam que eu ouvi uma fada dizer-me que se vocês girarem — giro para demonstrar — Podem ser princesas fadas? — elas riem e giram, sorriem — Uau! Tão lindas meninas. Estou orgulhosa de vocês — sorrio para elas e elas sorriem para mim.

— Miss Peak? — olho para a menina ruiva que pergunta e tem a mão dada à menina loira, sorrio.

— Sim querida? — aproximo-me.

— Tu és uma princesa fada também? — sorrio e a menina loira é que responde.

— A miss Peak é a rainha fada! — rio-me e elas sorriem.

— E acham que a Miss Peak pode receber um abraço das princesas fadas? — sorrio largo e elas todas riem e abraçam-me, sorrio para elas e depois para a senhora que sorri. As crianças afastam-se momentos depois e vão para outra sala, com outra senhora. Olho para a que nos pediu para apresentar.

— Acho que já temos professora. — ela sorri e sorrio levemente, quem seria? — Ballie, podes vir assinar os papéis? — olho para ela.

— Está a falar a sério? — fico com lágrimas nos olhos e ela assente, abraço-a — Muito obrigada! — a senhora ri-se e abraça-me também.

— Podes ir até à receção querida. — saio da sala e vou aos saltinhos para a receção. Assino os papéis e entregam-me o meu horário, saio da escola e ligo ao meu avô.

— Avô! Eu consegui um emprego! — rio-me.

— Que bom, meu amor! Que bom. Estou tão orgulhoso de ti. — rio-me e abano a mão para afastar as lágrimas — Que emprego é esse?

— Vou dar aulas de dança numa escola de dança. Eu estou super animada. Vou começar amanhã, ainda não acredito que consegui. — sorrio e caminho para a minha residência, eu estava eufórica.

— Claro que ias conseguir meu amor. Eu estou orgulhoso de ti, és a minha menina. — sorrio ouvindo o meu avô, o meu melhor amigo.

— Amo-te muito, avô. — sorrio.

— Também te amo muito, Ballie. — ele desliga e olho para o telemóvel, respiro fundo. Eu consegui.

Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)Onde histórias criam vida. Descubra agora