Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)

Capítulo 4

Pov Derek Halles

Olho para a Ballie a comer na cantina e aproximo-me dela, ela assusta-se e coloca a mão no peito.

— Olá Ballie. — ela sorri levemente.

— Olá Derek. Nunca mais te vi, desde o primeiro dia. — assinto.

— É verdade. Eu tive de tratar de alguns assuntos. — dizer mulheres, era muito mau então preferia dizer assuntos... era mais delicado.

— Ah... ok. — olho para ela e ergo a sobrancelha.

— Passa-se alguma coisa? — ela nega e olho para ela, desconfiado.

— Não se passa nada, obrigada pela preocupação. — Assinto e ela levanta-se, levanto-me. Ela leva o seu tabuleiro para a zona dos tabuleiros sujos e sigo-a.

— Queres ir beber um café? — ela nega e olho para ela — Não te conheço muito bem, mas sinto que se passa alguma coisa contigo.

— Eu ouvi dizer... — ela vira-se para mim e cruzo os braços, rapraro que olha para os meus bíceps e depois olha para a minha cara. — Eu ouvi dizer que os rapazes nesta faculdade, fartam-se de fazer acordos. Por isso se tencionas fazer isso comigo, é melhor afastares-te. Tenho uma amiga que não tem problema nenhum em dar cabo de ti. — arregalo os olhos e ergo os braços.

— Eu não faço nada disso. E para além do mais, sou muito bem educado e tenho irmãs. Porque haveria de fazer algo que também lhes pode acontecer? — ela assente, reparo nos seus olhos verdes.

— Ótimo. Então podemos ir beber um café às 17:00 horas. — sorrio e ela afasta-se, olho para o seu corpo, ela era muito bonita.

(...)

Batuco com os dedos na mesa e a Ballie entra no café, levanto-me para ela me ver e quando o faz, caminha na minha direção. Observo todos os movimentos que ela faz, o seu caminhar era lento mas delicado, ela tinha os olhos postos no chão, parecia ter medo de cair.

— Desculpa o atraso, perdi-me no meio do campus. — ela diz baixo e senta-se, observo-a — Já pediste alguma coisa?

— Não. Estava à tua espera. — ela assente e levanto a mão, para o garçom vir até nós.

— Então... o que gostas de fazer nos tempos livres? — olho para ela e sorrio.

— Gosto de jogar futebol americano. Sou sub capitão na equipa da faculdade. — ela parece impressionada, pois o seu ar é de choque — Também gosto muito de estar com a minha família e com os meus amigos. E tu?

— Eu gosto de dançar, ler livros, cantar... estar com a minha família.  — assinto.

— Não gostas de festas? — ela ri levemente e nega.

— Não muito, sou uma pessoa muito caseira. Gosto de ficar em casa ou estar num convívio pequeno com os amigos. — assinto e observo-a. O garçom chega ao nosso lado e sorri para nós — Eu queria um café por favor. — o senhor aponta o pedido da Ballie e olha para mim em seguida.

— É o mesmo. — ele assente e afasta-se — Tu queres ser professora de que área? — pergunto curioso.

— Professora de dança. Adorava ser professora de dança e ter a minha própria escola. — assinto e ela sorri — e tu?

— Professor de matemática. — ela faz uma careta e rio-me — eu amo matemática. É superior fácil.

— Que horror... — ela diz com uma expressão horrorizada e os nossos cafés vêm, colocam na mesa e bebo sem açúcar, ela olha para mim e coloca o pacote de açúcar todo.

—  Estou a ver que tu gostas de açúcar no café. — ela olha para mim e mexe com a colher o seu café.

— Sim, eu não consigo beber café sem açúcar, é muito amargo. — assinto e ela bebe o seu café. Olho para a porta e ergo a sobrancelha quando o James entra, mas que raio — Eu já volto. — ela assente e levanto-me e vou até ao meu amigo, viro-o de costas para a Ballie — Olá James.

— Derek. Que surpresa ver-te aqui... — ele diz com uma expressão surpreendida.

— Eu vim beber café e tu? — ele olha para mim e ergue a sobrancelha.

— Também vim beber café. Juntas-te a mim? — nego.

— Não! Eu já bebi e o café daqui não é muito bom, devias ir a outro sítio. — ele ri-se.

— Sempre gostei do café daqui. E a lanchonete está fechada ainda. Só deve abrir para a semana. — fico sério e ele sorri para mim, olho de relance para a Ballie que me procura com os olhos — Bem... vou beber café. — ele afasta-se e assinto, vou até à Ballie e ela sorri para mim.

— Tenho de me ir embora. — ela ergue a sobrancelha e levanta-se.

— Tudo bem, eu também já tinha de ir... — ela sorri levemente e assinto — Aqui está o dinheiro do meu café. — ela tenta dar-mo e recuo.

— Não te preocupes, eu pago. — ela sorri levemente e assente — Adeus Ballie.

— Adeus Derek. — observo-a ir embora para a porta e tropeça, arregalo os olhos. Ela olha para o chão e vai para fora do café. Se calhar tinha dificuldades em ver. Vou pagar os cafés.