Capítulo 26

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Pov Derek Halles

Olho para ela a sair do café, ponho o dinheiro dos chás que não bebemos e saio do café, abraço-a por trás.

— Ballie, fala comigo. — eu estava sem saber o que fazer. Ela caí e agarro-a — Eu disse que nunca te ia deixar cair. — sussurro.

— Não posso… — ela solta um soluço baixo e afasta-se, puxo-a para mim novamente e ela vira o rosto — Eu prometi…

— Prometeste o quê? — ela nega, recusando-se a olhar para mim, meto as mãos na cara dela — Ballie! Fala comigo!

— Solta-me! — ela empurra-me e olho para ela confuso, o que estava a acontecer? Puxo-a novamente.

— O que estás a fazer Ballie? Não estou a perceber! — digo sério, já me estava a irritar com isto.

— Eu prometi ao meu avô que nenhum homem me via chorar, deixa-me em paz! — ela tenta fugir mas agarro-a.

— Eu sou teu amigo, tu estás a precisar… — Ela interrompe-me.

— Eu não preciso de ti! Deixa-me. — olho para os lados e olho para ela.

— Ballie, pára quieta por favor. Vamos conversar. Nós estamos bem, nós somos amigos. — olho para ela que tenta debater-se contra mim.

— Se tu fosses meu amigo, não te tinhas ido embora sem a porra de um explicação! — olho para ela e solto-a, ela olha para os meus olhos e engulo em seco.

— Tu não me podes fazer isso. — digo baixo.

— Porque é que tu me abandonaste, Derek? Depois de desconfiares que os meus pais tinham me abandonado. Tu fizeste exatamente a mesma merda. Tu ainda me disseste para ir ter com eles! — engulo em seco — Eu não consigo supor… — interrompo-a irritado.

— A minha irmã estava a morrer! — digo alto irritado e ela olha para mim — O que era suposto fazer? A minha irmã estava a morrer! — olho para ela e sinto os meus olhos ficar embaçados, apoio-me no meu carro e respiro fundo. — Eu não… eu não sei o que ia fazer… — digo baixo e respiro fundo, sentia-me no fundo do poço, novamente. Mais um ano, mais uma volta no carrossel do poço.

— Derek… eu não sabia. — oiço a voz dela com um peso de mágoa?

— Tu não queres saber. — olho para ela que arregala os olhos — Tu não queres saber porque tu… — ela interrompe-me.

— Porque eu sou uma criança que tem de ir com os pais? — ela diz baixo e olho para os seus olhos com lágrimas nos olhos e passa as mãos pelo seu cabelo, não era isso que eu queria dizer.

— Porque tu não ouves e apenas atiras para o ar como se soubesses tudo. Mas tu não sabes nada, Ballie. Não me conheces. — ela cruza os braços e assente.

— Tens razão, eu não te conheço. Como tu não me conheces a mim. — ela diz séria e suspiro.

— E tu não me deixas conhecer-te, Ballie. Eu tento aproximar-me e tu recuas, eu não te vou fazer mal. Eu já te disse isso. O que é que eu preciso de fazer? — ela ri sem humor.

— Porque é que tu me afastaste no outro ano? — olho para ela e bufo — Antes de ires embora, Derek. Naquela festa. Porquê?

— Porque eu estava a apaixonar-me por ti, Ballie. O que era suposto fazer? — ela olha para mim e engole em seco.

— Tu estavas a apaixonar-te por mim… — ela diz baixo.

— Exatamente Ballie e para te afastares, era mais rápido tu ficares a odiar-me do que a aproximares-te de uma pessoa como eu. — ela olha para o lado e depois para mim, aproximo-me — Desculpa se te fiz sofrer Ballie… — engulo em seco e ela olha para os meus olhos, provavelmente marejados.

— Tu foste embora, podias ter enviado um bilhete. — suspiro e assinto.

— Desculpa, Ballie. — digo baixo e coloco uma mecha do seu cabelo, atrás da sua orelha.

— Afasta-te de mim. — ela diz baixo e olho para os seus olhos.

— Eu não me vou afastar de ti, Ballie. — olho para ela e suspiro.

— Eu quero ir para casa… — ela sussurra e afasta-se, suspiro e destranco o carro.

Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora