Capítulo 25

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Pov Ballie Peak

Ligo ao meu irmão e ele aparece na escola de dança, em minutos. Tive medo que ele tivesse um acidente. Ele entra pela escola e abraço-o.

— Ainda bem que chegaste. Nem sabes oque eu li. — sussurro e ele olha para mim assustado, pego na folha e mostro-lhe, ele lê.

— Não pode ser. — ele diz sério e olho para ele, engulo em seco e assinto — Não pode. Como? — solto um soluço baixo e ponho a mão a tapar a boca — Ele devia estar no Brasil. O que é que ele está aqui a fazer? — ele olha novamente para a ficha — Vais aceitar?

— Eu não tenho escolha nenhuma no processo e a miúda é que quer dançar, não o pai dela. Ela não tem culpa. — ele sorri sem humor.

— És muito branda Ballie, eu vou a casa dele e vou falar. — olho para ele e pego na ficha, dou à Nicole.

— Não vais a lado nenhum. Vais ficar quieto. Ele não é nada nosso. — olho para os olhos do meu irmão.

— Não me vais impedir de fazer um dia com ele. — ele saí da escola e pego no meu saco, vou atrás dele.

— Nicholas! Não vais fazer nada que te arrependas. — ele sorri.

— Eu não vou fazer nada, Ballie. — assinto e suspiro — Mas estou muito revoltado. — rio-me levemente e ele suspira — Eu tenho de ir. — assinto e suspiro, ele vai para o seu carro. Caminho para a lanchonete e ergo a sobrancelha quando um carro pára ao meu lado, baixa o vidro.

— Queres uma boleia, boneca? — reviro os olhos.

— Que engraçado, Derek. — reviro os olhos e ele ri-se.

— Entra no carro, não sabes que perigoso andar sozinha? — reviro os olhos e entro, suspiro — Estás bem?

— Huhum. — murmuro e suspiro.

— Hm… Não acredito em ti. — reviro os olhos novamente — Tens sorte que não és outra, se não já te tinha castigado por revirares tanto os olhos. — olho para ele corando.

— Derek, hoje não. Por favor. — suspiro e ele ergue a sobrancelha.

— O que se passa Ballie? — ponho as mãos na cara e respiro fundo — Ballie… alguém te fez mal? — respiro fundo.

— Porque é que ele apareceu agora? — explodo, estava irritada, apetecia-me fazer o que o meu irmão queria fazer — Quando ele me vir o que vai fazer? Provavelmente nem me vai conhecer porque não me vê à 15 anos. 15 anos sem o ver. Provavelmente nem se lembra de mim. — rio-me sem humor e sinto o olhar do Derek sobre mim, respiro fundo. — O meu pai está nesta cidade. Nesta fucking cidade. Em tantos lugares do mundo, está aqui.

— Meu Deus… — ele diz baixo e começa a conduzir, suspiro — O que achas de irmos beber um café e me contares essa história? — assinto e engulo em seco. Olho para o vidro e ele estaciona momentos depois, saímos e entramos num café. Vamos para a mesa e pedimos dois chás ao garçom.

— Os meus pais abandonaram-me aos três anos e fiquei com o meu avô. — suspiro e ele olha para mim, assentindo — Desapareceram… mas a minha mãe sempre enviou dinheiro ao meu avô por mim e pelo meu irmão, mas o meu pai… bem… o meu pai não sei e agora ele está aqui. Tem duas filhas e uma delas quer ir para a escola onde eu trabalho e eu posso vê-lo! E eu recuso-me a ver aquele homem. — respiro fundo e o Derek suspira.

— Ballie. Tu não tens culpa do que aconteceu. Eles abandonaram-te mas tu tens o teu avô que eu aposto que se orgulha de ti. — olho para os olhos dele e começo a chorar, levanto-me.

— Desculpa, não posso… — soluço baixo e saio do café.

Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)Where stories live. Discover now