Capítulo 65

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Pov Derek Halles

Horas antes...

Entro no balneário da equipa e cumprimento os rapazes, sento-me no banco e olho para o treinador que entra na sua sala sem dizer uma palavra. Olho para o meu telemóvel que toca e ergo a sobrancelha vendo a minha mãe a ligar-me a estas horas. Não era normal, falávamos apenas à noite. Afasto-me da equipe e sinto o olhar do Shane preso em mim, ele sabia de algo. Atendo a minha mãe.

— Sim, mãe? — oiço o seu suspiro e sinto que vinha dali merda.

— Derek... desculpa. — engulo em seco e coloco a mão na parede.

— O quê, mãe? Desculpas o quê? — digo começando a ficar irritado e nervoso, mas que porra estava a acontecer? Eu ia a França daqui a duas semanas com a Ballie.

— Filho... tens de vir para o Canadá. A tua irmã está descontrolada novamente... és o único... a Chloe... a Chloe vem amanhã, mas o teu pai vai ficar com a Malia... Ela não pode ver a tia neste estado, não novamente.

— Mãe... por favor, não me faças isto agora. Eu neste momento não posso... — digo baixo.

— Filho. A tua irmã precisa de ti, eu preciso de ti! Tu sabes o quanto eu odeio pedir isto, mas precisamos de ti. — engulo em seco.

— Quando? — digo baixo e suspiro, coloco a mão na cara.

— Sexta, tens o voo. — ela suspira e sinto algo rasgar dentro de mim, novamente.

— Quanto tempo? — oiço a Laurah gritar com a Claire e sinto as lágrimas vir aos olhos, sinto uma mão no meu ombro e olho para o Shane e para o Theo que olham para mim.

— Não sei. — desligo, não conseguia acreditar. A minha vida estava muito boa para ser verdade.

— Derek... — o Shane suspira e nego com a cabeça, olho para o treinador atrás deles e assente com a cabeça. Ele também sabia, que merda. Observo os meus amigos que têm a cabeça baixa e saio do balneário, depois de pegar nas minhas coisas. Lá tinha eu de ir fazer a mala.

Horário atual

Olho para a Ballie sentada no meu carro e a olhar para a janela, dou-lhe a mão. Quando ela quisesse falar, ela sabia que podia. Mas eu também tinha de falar, mas neste momento... eu não sabia como dizer que ia para o Canadá, porque eu sentia que ia ficar lá pelo menos a acabar o curso é o que eu estava a sentir que ia acontecer.

— O meu p... — ela engole em seco — O homem que me colocou no mundo, porque de pai ele não tem nada. — ela diz baixo e suspiro — Ele vai se embora da cidade. — olho para ela e aperto a sua mão.

— E como estás com essa situação? — ela encolhe os ombros.

— Não sei bem o que estou a sentir neste momento, sendo sincera. Mas parece alívio com uma mistura de enjoos, sei lá eu. — ela olha da janela para mim e suspiro — Tu apareceste para melhorar o meu dia. — ela sorri levemente e dou o meu melhor sorriso, não tinha coragem de dizer nada. Era um covarde.

— E o resto do teu dia? Como foi? — ela sorri levemente.

— Foi bom, já nem consigo pensar no Halloween e apenas na nossa viagem! — ela sorri e sorrio o melhor que podia, novamente.

— Eu também. — sorrio levemente e ela sorri animada.

— E já começaram a haver decorações de Natal pelas lojas o que me faz sentir o cheiro de neve e o cheiro de chocolate quente com decorações de Natal! Estou a ficar ansiosa com o Natal, também. — rio-me com ela e no fim sorrimos um para o outro — O que achas do Natal?

— Eu gosto bastante do Natal. A minha família reúne-se toda e eu acho isso muito lindo de se ver. — sorrio e ela assente — E tu?

— Eu amo o Natal, é a minha altura do ano favorita. — ela bate palminhas — Estou com os meus avós... com a minha família... eu adoro o Natal. — sorrio e assinto.

— Queres ir dar uma volta de carro? — ela sorri.

— Eu adorava, mas tenho de ir acabar um trabalho. — assinto, era compreensível. Ela dá-me um selinho e fico sem reação pela surpresa, ela sorri e sai do carro, indo para a residência. Observo-a até não conseguir mais vê-la e suspiro, encosto a testa ao volante. O que ia fazer?

Dallie - o reencontro (PT-PT) (2°)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora