Hidden [COMPLETO]

Capítulo 140

Depois que acabamos de montar nossa árvore de natal senti um clima diferente, não a porra do clima natalino que o povo tanto menciona, é algo mais pessoal, singular. Que diz respeito unicamente a mim e não ao resto do mundo. Sinto uma força invisível me impulsionando, meus músculos mais relaxados e minha mente descansada e equilibrada depois de tanto tempo.

Um sorriso ridículo carimba minha cara enquanto eu caminho.

Eu tenho a Eva porra! Tenho a mulher mais linda, gostosa e tarada do mundo ao meu lado, para sempre... mal posso me conter para passar todos esses anos ao lado dela.

Cada dia que passa meu amor só aumenta pelos bebês que minha esposa me deu, que fiz nela... as vezes nem acredito que são meus filhos, que posso ser tão sortudo assim, porém basta olhar para eles que eu vejo traços meus e da mãe deles, eles são nossos, os três são meus!

Eu nem sei por onde começar com a Júlia... não sou muito de enrolação e nem se quisesse conseguiria fazer um planejamento de como lhe dar esta notícia. E pra que cacete se precisa de tanta formalidade?

“Oi Maria!” Por sorte a encontrei no corredor. “A Eva precisa de ajuda para dar banho nos bebês.” Na verdade ela espera que eu faça isso, como de costume, mas eu preciso dela ocupada enquanto preparo sua mãe. “Você podia mantê-la longe do quarto da Júlia? Preciso ter uma conversa sigilosa com ela.” E sem interrupções.

Apesar da cara de confusão ela assente, sem entender nada nesse bagulho. Em breve todos compreenderão.

“Eu na verdade estava procurando o senhor.” Se apressa em dizer quando começo caminhar, a encaro por cima dos ombros. “Tem um homem lá fora querendo vê-lo.” Quem será numa hora tão inoportuna?

“De quem se trata?” Refaço meu caminho até ela, passando minhas mãos pelos cabelos, aquela sensação agoniante retorna, de que algo ruim me espera.

“Ele disse que se chama Dário, antigo pastor da Eva.” Pastor Dário? E por que diabos ele fugiria de mim mais cedo? Um pressentimento ruim me censura, ainda assim tento não deixar que essas merdas estraguem meu bom humor.

“Olha Maria, se certifique de avisar todos os seguranças, que este homem não saia da mansão, primeiro vou ter uma conversa com a Júlia e só depois irei recebê-lo, mas o mantenha na sala de reuniões, aquela privativa que meu pai raramente usa, ah e outra coisa, ofereça comida para ele, do melhor que tiverem preparado na cozinha, o mantenha aqui, estamos entendido?” Aguardo sua confirmação, e então sigo novamente para o quarto da minha sogra.