Capítulo 113

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No caminho de volta encosto a lateral da minha cabeça contra a janela do carro, fico repetindo as últimas palavras de Hero, enquanto o motorista de Charlie nos leva de volta para a mansão, que até o momento é meu lar

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No caminho de volta encosto a lateral da minha cabeça contra a janela do carro, fico repetindo as últimas palavras de Hero, enquanto o motorista de Charlie nos leva de volta para a mansão, que até o momento é meu lar.

Mandei uma mensagem de texto para meu pai avisando sobre minha visita, estou tão desorganizada com meus sentimentos, meu estado emocional abalado que... uma ideia se passa na minha cabeça, acho que passar uns dias com meu pai me fará bem, pelo menos o fim de semana e os primeiros dias de aula que posso faltar, estou sem condições de andar de ônibus por conta da gravidez, e deslocar um motorista exclusivamente para me apanhar na casa de meu pai parece inadequado, não quero abusar.

“Ele é bem alto.” Júlia comenta, cortando minha linha de raciocínio.

Olho para ela sem entender, demorando tempo demais para compreender que se refere ao meu marido.

“Oh sim! Um metro e oitenta e oito de altura.” Respondo me lembrando do jeito que ele prendia meus cabelos, Hero tem uma tara por eles e por minhas pernas, principalmente as coxas. Lembranças de quando nos conhecemos invade cada canto da minha mente, fico me perguntando como eu estaria hoje se não tivesse me envolvido com ele, é algo que nunca irei saber, a única certeza que tenho é que não me imagino sem meu herói.

“Você pensa em fazer tatuagens como ele?” Sua curiosidade faz com que eu pense nisso pela primeira vez.

“Nunca tinha parado para pensar nisso.” Confesso rindo, talvez eu faça uma num lugar oculto e que só ele possa ver, tatuagens não são definitivamente minha praia, sem falar que sou molenga.

“Você o ama muito né?” Seu olhar é meigo e amigável.

“Muito, acho que como nunca pensei que fosse capaz de amar, chega roubar meu ar.” Suspiro, parecendo mais uma daquelas adolescentes dramáticas.

“Eu sei como é.” De repente ela fica em silêncio, fitando seu lado da janela.

E fazemos o trajeto até a mansão assim, num silêncio absoluto.

(...)

Depois de tirar uma soneca eu resolvo fuçar meu celular, aproveito e envio a canção “flashlight” da Jessie J pelo app para o Hero, peço que escute, e escrevi a seguinte legenda: Estou presa no escuro, mas você é minha lanterna.

Não era como se eu quisesse colocar sobre ele a responsabilidade do meu estado de espírito, e sim mostrá-lo que ele tem capacidade de deixar minha vida mais fácil e meus medos menores, porque nada me assusta mais do que perder seu amor, sua companhia e obsessão em cuidar de mim, fazer coisas por mim...

Sem raciocinar direito pego a mala mais pequena e começo colocar algumas peças, terei que comprar roupas maiores, tomo a liberdade de pegar algumas camisetas dele, depois o imagino escolhendo minhas roupas, eu amava essa troca, passava a impressão dele querer cuidar de mim como talvez nunca alguém irá.

Hidden [COMPLETO]Where stories live. Discover now