Capítulo 120

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"Me ajuda levantar Hero!" Estou surtada, estapeando meu marido que não se move com rapidez suficiente

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"Me ajuda levantar Hero!" Estou surtada, estapeando meu marido que não se move com rapidez suficiente. Um medo do desconhecido começa enrolar tudo dentro de mim.

"Calma Eva!" Pede ao me descer da cama, sua voz está trêmula e tomada de pânico.

Ficamos atônitos, vendo o líquido descer com tudo, criando uma poça no chão, não estou sentindo dor, apenas a sensação estranha de água morna escorrendo pelas pernas, mas sei que não se trata de uma água qualquer ou urina, e sim do líquido amniótico sendo liberado após a ruptura da bolsa d'água.

"Vou ligar para nossa médica." Avisa estonteado, apesar de todo vexame está com um sorrisão na cara que me faz rir de nervoso também, nossos bebês esperaram até que eu completasse as trinta e cinco semanas, o que era considerado praticamente impossível pelo pouco espaço que eles possuem aqui dentro, mas ainda sim esperaram a hora certa para nascer, escolheram justamente o dia que seu papai completa mais um ano de vida.

"Oi doutora Maura!" Fala apreensivo e rodando pelo quarto enquanto eu me pergunto se numa situação dessas você vai para maternidade logo sem calcinha...

"Isso, isso! A bolsa se rompeu." Ele já está perto de mim, avaliando a poça na cerâmica do quarto. "É meio translúcido, de uma cor amarelada." Começa alisar minha barriga enquanto assente várias vezes. Eu poderia estar constrangida diante de sua varredura pelo chão, mas me sinto tão ligada e íntima de Hero que nossa afinidade cede para qualquer pudor.

"O que ela tá falando?" Tento ouvir quando ele encerra a chamada com um "nos vemos lá" e começa me abraçar, estou imóvel no meu lugar, sentindo um turbilhão de emoções, nossos últimos meses se basearam nisso, na gravidez e do quão louco e apressados fomos, apesar de toda insegurança não me arrependo, agora tenho pelo que lutar e minha própria família.

"Pediu para não entrarmos em pânico, te limpar, colocar um absorvente noturno e irmos para a maternidade." Seus dedos acariciam minhas bochechas, eu suspiro, não estava preparada e um medo desconhecido me faz agarrá-lo com força.

"Não deixe judiarem de mim e nem que alguma enfermeira suba na minha barriga." Acho que acabei assistindo vídeos demais, Hero reclamava quando me via vendo essas coisas, mas eu acabava vendo sozinha depois.

Quando você engravida seu celular se enche de artigos sobre maternidade, apps e prints sobre esse mundo, e as navegadas pelo YouTube não podia ser diferente né?

"Subir em cima de você?" Dá uma risada seca, com os lábios me beija brevemente. "Isso é sério?" Sua expressão escura bosqueja uma careta. "Me escuta bem", segura meu rosto entre suas mãos grandes tatuadas, "não vou arredar meus pés de perto de vocês, tudo vai ficar bem, confia em mim bebezinha." Assinto mais tranquila. "Agora vamos tomar banho e pegar nossas coisas."

(...)

Estamos abraçados no banco traseiro do Jeep, hoje o motorista da mansão é quem está levando o carro e Júlia vai na frente com ele.

Hidden [COMPLETO]Where stories live. Discover now