Hidden [COMPLETO]

Capítulo 110

Fico inquieto no Ruasse Café, pedimos duas cervejas enquanto aguardamos a Suzy, espero que o mané do instrutor dela venha junto, estou curioso para saber como anda as apostas das lutas, apesar que não vou poder lutar depois que a Eva dar a luz.

Fuço meu celular impaciente, ela não está online e seu visto por último foi ainda no final da tarde.

Espero que ela não tenha desligado o GPS do seu celular, instalamos um app que rastreia a localização um do outro através do compartilhamento de localização em tempo real, até então quase nunca precisamos usar por vivermos grudados, se não me falha na memória eu devo ter usado uma vez somente quando ela saiu com a Camila, depois da tentativa de sequestro fiquei mais esperto.

Me alivio quando o app me envia sua localização no mapa, abro a tela e amplio a imagem e vejo o endereço de uma sorveteria no centro.

“Cara rastrear a Eva por um app já não é motivos para tomar remedinho de tarja preta?” Dylan zoa da minha cara e eu apenas guardo o celular e o ignoro.

“Até que enfim.” Comento ao avistar Suzy entrando, ela acena na nossa direção e caminha apressada.

“Oi Hero, oi Dylan!” Nos cumprimenta animadinha, e então o garçom aparece e ela pede uma cerveja também.

“Aqui.” Entrego o envelope sem tentar ser gentil, apenas cumprindo com o combinado. “Suponho que isso pague o serviço, além dos ingressos eu deixei um cheque com a quantia suficiente para as despesas da viagem.” Dou um gole na minha cerveja sem olhar na direção dela, encarando a porta num vexame de escapulir dali.

“Nossa! Ingressos para assistir uma luta de verdade, e ainda poderei levar acompanhante.” Sua histeria deixa o Dylan empolgado. “Muito obrigado Hero, você se superou e...” pausa a frase no meio, “o que aconteceu na sua testa?” Apesar da pergunta ser meio invasiva, tento não ser mal educado.

“Um pequeno incidente.” Resolvo guardar o episódio da sapatada só para mim, não quero falar do nosso relacionamento para terceiros.

“Tá parecendo que levou uma pedrada.” Observa, encarando o alto da minha cabeça.

“Cara eu sou bem tapado mesmo, nem tinha me dado conta.” Dylan agora começa inspecionar, toda essa atenção me estressa.

“Então, o Dylan me disse que viu as duas e que uma delas teve o braço quebrado.” Ela assente vidrada no meu rosto. “Mas você fez um ótimo trabalho, as vezes alguma coisa foge do nosso controle, delimitar o que quer quebrar ou não requer tempo e prática.” Explico mais calmo, pedindo outra cerveja.

“Você costumava agredir por dinheiro né? Talvez eu faça disso um bico, uma rendinha extra nunca é demais.” Comenta sem desviar os olhos dos meus, quebro o contato e me levanto para pegar a cerveja que não vieram me entregar.

Nem parece que fodi de tarde, ainda estou tremendamente ativo, preciso descarregar essa porra que me deixa acelerado fodendo, seja a boceta da minha mulher ou a cara de alguém, fazia dias que não me sentia assim, em alerta total.