Capítulo 111

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Só sei chorar abraçada no meu irmão, nessa sala estranha e que agora soa tão sinistra

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Só sei chorar abraçada no meu irmão, nessa sala estranha e que agora soa tão sinistra.

“O Hero vai matar ele Lucas, eu vou ter que criar meus filhos sem pai, e viver de visitá-lo numa penitenciária.” Balbucio, sentindo o arrependimento me esmagar, na verdade minhas escolhas estão me esmagando agora.

O grito agonizante que Daniel emitiu reverbera pelos cômodos, nós dois grunhimos abraçados.

“Eu tenho uma ideia, fica aqui Eva.” Ele me deixa sozinha e vai até o quarto onde Daniel está sendo espancado sem direito de se defender, e apesar de estar morrendo de ódio dele por ter me feito cair no seu papinho, fico apavorada pela sessão de tortura.

De repente ouço a voz abafada do meu irmão, mas não consigo captar suas palavras, fico tentando assimilar o que ele tanto diz quando sou surpreendida pelo Hero passando por mim, sem olhar na minha direção.

“Hero eu...” fico sem saber o que falar, como me portar diante da situação, ele ainda parece atordoado e agitado.

“O Lucas vai te levar para casa.” Avisa abrindo a porta, determinado sair sem mim.

Corro meio desajeitada, tentando impedi-lo, não quero ir com meu irmão, quero ir com meu marido.

“Eu vou com você.” Minha voz sai arrastada e falha, mas então ele simplesmente aciona o elevador me ignorando, depois entra e nos poucos segundos que leva para as portas se fecharem noto que ele está com o rosto encharcado de lágrimas, só tive tempo de gritar “sinto muito” e ele apenas ficou me olhando como se eu fosse a pior pessoa desse planeta.

Dou um grito quando sinto alguém me segurando pelo braço.

É o meu irmão.

“O que você fez para pará-lo?” Especulo destroçada por dentro, deixando que ele me guie pelo corredor, paramos na frente do elevador, mesmo lugar que meu marido estava uns segundos atrás.

“Que você estava passando mal e que um dos vizinhos ameaçou ligar para polícia, que tinham ouvido uma movimentação estranha no apartamento.” Assinto me atracando nele.

“O Daniel?” Procuro saber, com certeza levou uma surra daquelas, só espero que seja o suficiente para nunca mais olhar na minha cara, chega de violência, sangue e joguinhos, não quero ficar tendo que lidar com essas coisas enquanto estou grávida e casada, o natural seria que ele perdesse o interesse, não estou atraente e tampouco desejável para que ele se arrisque levar uma surra ao tentar algo comigo, a menos que seja doente.

“A cara dele ficou deformada e... vai ficar sem escrever por um bom tempo, o Hero hum...” parece indeciso sobre me contar.

“Termina de falar.” O pressiono, desejando poder voar e chegar logo na mansão.

“Quebrou todos os dedos dele, da mão direita.” Cubro minha boca em pânico, certamente o Daniel vai prestar queixa, sei que deveria estar mais preocupada pelo seu estado e não com a probabilidade do meu marido ser preso, porque no fundo eu tenho culpa de ter aceitado ir para a casa dele, sou tão culpada quanto ele.

Hidden [COMPLETO]Where stories live. Discover now