Capítulo 131

3.8K 370 452
                                    

“Olá!” Um rosto conhecido me cumprimenta, nem acredito que chamaram o doutor Tito, bom ele é o médico da nossa família, então não devia estranhar que Hero o chamasse para me socorrer

Hoppla! Dieses Bild entspricht nicht unseren inhaltlichen Richtlinien. Um mit dem Veröffentlichen fortfahren zu können, entferne es bitte oder lade ein anderes Bild hoch.

“Olá!” Um rosto conhecido me cumprimenta, nem acredito que chamaram o doutor Tito, bom ele é o médico da nossa família, então não devia estranhar que Hero o chamasse para me socorrer.

Minha cabeça lateja, uma pancada de amargas lembranças me fazem se debater nos braços... do meu marido. Relaxo a reconhecer cada tatuagem ali, não sei se realmente acabei de presenciar uma pessoa sendo esfaqueada, ou se é coisa da minha cabeça.

De qualquer forma sei que nada foi fruto da minha imaginação, sei que foi real. Infelizmente.

“Os bebês a Júlia?” Pergunto por eles temerosa, nunca desmaiei tanto na minha vida como nos últimos meses, me concentro para focar no desenho da ampulheta gravada no braço de Hero, essa é uma das tatuagens que eu mais amo nele, talvez por serem em número menores as que são preenchidas com cores coloridas.

“Ela vai ficar bem! Sua mãe, hã, quer dizer a Lorena não leva muito jeito para furar alguém, não perfurou nenhum órgão, o corte foi superficial, ela passa bem e ficará ainda melhor, logo estará de volta.” Me acalmo na medida que ele me esclarece os fatos, espero que não esteja me enganando, penso em perguntar pela Lorena, mas prefiro ficar sem saber, do nada uma carga do tamanho do mundo, do meu mundo, é despejado em cima de mim, me atacando com força, desmontando cada pedacinho do meu ser, me rasgando com força, dilacerando meu interior.

Meu Deus! Minha própria mãe tentou me matar! Quem me criou desde que eu nasci, quem eu tanto amei e tentei entender. Eu não parava para contestar seu comportamento agressivo, apenas me empenhava ao longo dos anos em ser a filha obediente, ser cada dia melhor, ser o que ela tanta reivindicava.

“Por favor tenta se acalmar pelos bebês!” Hero me aperta com força em seus braços, estamos num pequeno sofá reservado dentro da loja.

“Escuta seu marido Eva!” Tito o ajuda, me estudando com cautela.

“Cadê eles?” Olho na direção do rosto de Hero, sentindo uma estranha mudança dentro de mim, o lugar vazio que nunca fora preenchido adequadamente por uma amor materno me confunde, era como se um novo sentimento crescesse, deixando de suplicar, pedir, valer-se de caridade.

Um ódio ábdito ferve na parte mais abstrusa do meu ser, intricada. Resolvo o deixar lá, eu ainda vou acertar minhas contas com a Lorena, ou quem sabe o destino se encarregue disso.

“Eva por Deus se aclame!” O médico pede assustado, Hero parece mais angustiado ainda, mantendo-me longe dos objetos, só agora caio em mim, sai do seu colo em algum momento, eu estava a gritar com toda minha força, a pleno pulmões me dispôs a berrar, expelindo toda voz que eu segurava durante anos.

Respiro com dificuldade, apesar do meu ato deselegante é libertador poder gritar, que se foda tudo!

“Os gêmeos estão com a Lia, você precisa ficar bem para alimentá-los.” Ele me estuda desconfiado, provavelmente considerando a ideia de que enlouqueci.

Hidden [COMPLETO]Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt