Capítulo 107 - Doctor

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CARALHO EU VOltei muito rapido EU MEREÇO VÁRIOS BEIJOS NA BOCA POR ISSO PODEM VIR 

desculpa QUALQUER ERRO, MEU TECLAD TÁ DANDO ALTOS DEFEITOS AQUI (REZEM POR MIM)

por esse movito não vou me demorar, vamos direto ao ponto 

BOA LEITURA INFERNOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO




Narrador POV

Camila nunca foi de fazer planos para o futuro, muito menos quando ela sequer acreditava que teria um antes de começar a ir as sessões da clínica e perceber que ela podia e merecia ter uma vida feliz tanto quanto qualquer pessoa. Sempre teve medo de falhar com as pessoas a sua volta, consigo mesma, com a vida. Ela não sabia porque achava que devia tanto algo pro mundo, mas talvez fosse só a sua condição que constantemente lhe colocava em um holofote aonde parecia que todos estavam observando cada vez que ela errava ou não era capaz de fazer alguma coisa.

Fracassar em qualquer sentido continuava sendo ruim depois de tanto tempo, mas Camila tinha melhorado bastante nesse aspecto. Ela percebeu que era capaz de fazer as pazes consigo mesma depois de ter um surto ou um ataque. Ela sabia que jamais iria se livrar deles, mas aprendeu a controla-los e ameniza-los através de vários métodos que havia criado dentro de sua mente, que as vezes mais parecia um furacão de tantos pensamentos ao mesmo tempo.

O fato era: Camila sabia que não podia fugir de si mesma e que quanto mais isso acontecia, menos ela se entendia e pior ela se sentia. A mulher tinha a completa noção de que não era mais uma menina assustada de dezesseis anos que não conseguia por o pé pra fora de casa sem querer chorar, surtar ou se bater até sua cabeça parar de dar voltas, mas recentemente, às vezes, parecia que essa menina voltava a tomar conta de seu corpo, a fazendo agir de forma que considerava vergonhosa.

Camila sentia uma vergonha absurda cada vez que voltava a si de suas crises. Vergonha pelas coisas que ela quebrava na casa, vergonha por ter se agredido, vergonha por ter gritado e batido em quem quer que estivesse a sua volta; geralmente sua mãe ou Lauren, mas depois do casamento, a sua esposa era quem mais presenciava esses momentos que haviam se tornado raros.

Só que isso havia mudado depois da gravidez. Talvez por causa dos hormônios e pela novidade toda da situação em si, parecia que qualquer coisa era capaz de fazê-la querer chorar e socar sua própria cabeça. Camila estava feliz por estar grávida e sentia um amor inexplicável pela criança que se formava em seu ventre, mas ela não gostava nem um pouco do quão frequentes esses episódios haviam se tornado.

Lauren havia presenciado pouquíssimas crises após a esposa ter engravidado, nada além do que ela estava acostumada a lidar, então ela não fazia ideia do que realmente estava acontecendo com sua mulher, pois Camila estava fazendo mundos e fundos para que Lauren não percebesse. Ela geralmente tinha crises sozinha em casa, durante o dia, quando Lauren estava no trabalho, e fazia questão de não comentar nada quando a outra chegava. Ela tinha vergonha de dizer a sua esposa que se sentia com dezesseis anos de novo, ainda mais carregando uma criança em seu ventre.

A mais nova tinha medo que Lauren pudesse achar que ela não era boa o suficiente para ter um bebê, ou que achasse que Camila estava regrendido e, por Deus, era exatamente assim que ela se sentia. Ela se sentia inútil em controlar o choro e a tremedeira que se apossavam de seu corpo, apenas se trancava no banheiro e se segurava ao máximo para não se machucar e nem machucar o bebê.

Ela não queria que Lauren soubesse de nada e tinha toda a consciência de que era errado esconder uma coisa tão séria, mas a vergonha que sentia de si mesma não permitia que a mais nova se forçasse a deixar sua esposa a par da situação.

Mas naquele dia foi inevitável.

Camila parou de se concentrar no trabalho porque estava com medo do que o futuro reservava para as duas agora que o emprego de Lauren estava em jogo. Elas planejaram tanto para ter esse filho no momento certo, mas a vida estava lhe jogando um balde de água fria e ela não sabia como lidar com isso se não fosse com lágrimas escorrendo pelo seu rosto de forma descontrolada e não solicitada por ela. Naquele momento ela só queria o melhor para o seu filho, e sabia que uma mãe tendo crises nervosas simplesmente não era o ideal, muito menos sozinha.

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