Capítulo 96 - Complicity

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MINHAS QUERIDINHAS DA BOCETA AZULADA 

VAI TOMAR NO CU PORRA CARALHO ESSA ATUALIZAÇÃO EM TEMPO RECORDE MERECE O QUE?

BEIJOS NA BOCA CLARO

ESTÃO CURIOSAS PARA SABER O QUE ACONTECEU????????/

VÃO FICAR MAIS UM POUCO

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RS PAREI

ABRAM MUITO AS BOCETAS PREGUEM OS LÁBIOS NOS JOELHOS E BOA LEITURA FILHAS DE UMA linda senhorinha 



Camila POV

O café da manhã foi silencioso. Lauren estava comendo e mexendo no celular enquanto eu bebericava o meu café e desenhava no meu caderno. Eu sabia que ficar forçando um diálogo não iria adiantar nada e que não era a melhor hora para se conversar sobre coisa alguma. Desejava poder me explicar melhor sobre os motivos pelos quais eu decidi tomar essa decisão e fazê-la entender o meu lado, mas eu não sabia se tinha as palavras corretas. Talvez deixá-la ir para o trabalho e depois passar o dia pensando no que falar fosse a melhor opção para resolver as coisas da melhor forma possível.

A única coisa que eu sabia era que, do jeito que estava, não dava para continuar.

Eu não fazia ideia do que estava se passando na cabeça dela e não tinha como descobrir. Não sei se ela queria conversar sobre isso mais do que parecia querer ontem à noite e estar no escuro me apavorava. Não era como se fosse fácil para mim simplesmente desistir de uma ideia que vínhamos cultivando há – literalmente – anos, mas não era uma coisa da qual eu conseguiria passar por cima tão facilmente. O problema não era a probabilidade da criança ter ou não alguma coisa e sim o fato de que, se ela tivesse, independente das estatísticas, eu iria me sentir culpada pelo resto da minha vida por ser a responsável por tê-la posto no mundo.

- Eu já vou. – Lauren disse baixo, se levantando do balcão. Ela pegou seu jaleco e sua bolsa e veio até mim, me dando um beijo na testa antes de sair. Eu disse algo sobre ela tomar cuidado, mas duvidava muito que a mesma tivesse escutado.

Coloquei a louça do café na pia e peguei meu caderno, indo para o quarto. Me sentei na enorme escrivaninha que havia no mesmo e liguei o computador para começar a trabalhar, mas eu era incapaz de me concentrar em todos aqueles números e planilhas, então decidi apenas abaixar a tampa do notebook e ir para o meu quartinho de pintura terminar algo que comecei ontem.

Me sentei e peguei um pincel limpo com paciência, mergulhando-o em um pote de tinta azul e tentando terminar o rio que eu havia começado a pintar. Borrei uma, duas, três e na quarta vez desisti antes que eu estragasse o quadro de vez. Aquele assunto parecia que ia grita r e transbordar para fora de mim caso eu não falasse com alguém, então decidi que a escolha mais sensata seria ligar para a minha mãe, afinal de contas, ela experienciou tudo o que eu estava com medo de passar.

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