Capítulo 101 - I'm not afraid

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I COULD SEE A CITY SLEEP I COULD SEE AN OCEAN WAVE EVERYTHING'S CHANGING AND IT'S WRITTEN ON MY FACE 

EU TO NOSTALGICA GALERA VENHAM COMIGO 

WRITE ON ME COLOR OUTSIDE THE LINES I LOVE THE WAY YOU TAT ME UP, WRITE ON ME 

CANTA COMIGO CARALHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

GENTE EU TO VIVA CASO VOCÊS NÃO TENHAM REPARADO 

E SEM MAIS DELONGAS VAMOS A PORRA DO CAPITULO 

BOA LEITURA SAPATOES 


Camila POV

- É melhor fazermos um almoço aqui em casa no domingo para anunciarmos para todo o mundo. – Comentei mexendo o arroz em uma panela.

- Sim, concordo. – Lauren estava terminando de cortar os legumes e assentiu. – Eu vou esperar domingo então para contar aos meus pais. Ligo pra eles assim que o almoço acabar.

O assunto "pais" ainda era estranho quando se tratava dos da Lauren. Eu não falei com nenhum dos dois ou Chris depois do casamento, somente com Taylor, que já veio algumas vezes passar alguns dias aqui. Ela era gentil e sempre havia apoiado Lauren, o que não me fazia ter um pé atrás sobre ela. Me sentia confortável na presença de Taylor e sabia o quanto sua irmã significava para Lauren, então ficava feliz por pelo menos com ela as coisas não serem estranhas. Quer dizer, a Clara agora supostamente abriu os olhos para enxergar que eu era boa o suficiente para sua filha e Chris também, mas, embora eu me dedicasse para que não acontecesse porque amava Lauren e só queria vê-la feliz, eu tinha consciência de que bastava que eu cometesse um erro para que Clara e Chris voltassem a falar bostas sobre mim.

Com o tempo, Lauren aprendeu a viver com os pais sendo uma parte separada da vida dela e de forma nenhuma eu me importava se ela viajasse para San Miguel para passar uns dias com eles, só me sentia mal por não poder ir junto já que sabia que na maioria dos outros casais as famílias viajam juntas para ver os pais de ambos. Eu queria que Lauren tivesse uma relação normal com eles porque sabia o quanto o contrário a afetava, mas não podia evitar de agradecer por ela não tentar "forçar" uma convivência. Ela sabia que era complicado e respeitava o meu lado, até porque eu sabia que não estava errada depois de tudo o que Clara me fez passar.

Eles sequer sabiam que eu ia tentar fazer inseminação, apenas Taylor estava a par do assunto e creio que ela não contou nada porque sabia que era uma informação que só cabia a Lauren compartilhar. Não sabia como iriam reagir a notícia de que iriam ser avós e esperava não ter problemas com isso. Quer dizer, apesar de Clara ter vindo pedir desculpas, isso não significava que o pensamento dela sobre mim havia mudado 100% e tudo poderia vir a tona com o fato de eu estar grávida. Vai ver a senhora minha sogra não me considerava apta para criar uma criança, quem sabe o que se passa naquela cabeça?

De qualquer forma, eu não estava nem aí. As únicas pessoas as quais eu dava a mínima para as opiniões me apoiavam incondicionalmente e me achavam capaz, dona Clara que se ferrasse. Eu não era mais a garotinha medrosa que um dia entrou na casa dos pais da namorada de cabeça baixa, tremendo e que saiu correndo assim que a sogra – maldosamente – a provocou. Eu não era mais a menina que quase terminou o namoro que tinha acabado de começar por medo do que os pais dela iriam achar de mim. E eu definitivamente em nada me parecia com a Camila que surtava somente de pensar nos meus sogros.

Eu cresci, eu aprendi e evoluí demais em minha longa jornada de luta contra o Asperger. E, do meu lado, eu tinha alguém que nunca soltou minha mão, que acreditou em mim quando nem eu mesma podia, alguém que me mostrou que valia a pena estar nesse mundo e que eu podia fazer qualquer coisa que eu pudesse. Alguém que possuía um coração enorme, o sorriso puro como o de uma criança, que estava do meu lado há dez anos e que ainda conseguia me fazer sentir apaixonada como no primeiro dia de namoro, alguém que eu tinha certeza que não merecia de tão boa que era.

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