Capítulo 45 - Breaking the rules

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- Pra caralho. – Lauren revirou os olhos. – O babaca do Matthew faltou hoje, adivinha quem se fodeu o dia todo sozinha naquela merda de depósito carregando caixa de livro pra lá e pra cá? Eu. Tomar no cu esse chefe babaca. – Dei a volta no balcão e beijei sua bochecha.

- Calma, Lo. – Falei me sentindo um lixo porque sabia que Lauren não estaria tendo que passar por nada disso se não fosse por minha culpa. Se ela não tivesse brigado com os pais (por minha causa) nada disto estaria acontecendo. – Me escuta. Você vai jantar, depois vai tomar um banho bem quentinho e vai dormir, ok? Assim você descansa. – Dei um selinho nela.

- Posso dormir com você? – Indagou quando nos separamos.

- Claro.

- Como foi seu dia? – Perguntou bocejando e apoiando o queixo na mão enquanto eu ia abrir o microondas que havia acabado de apitar.

- Foi bem. – Respondi abrindo a geladeira. – Quer dizer, na verdade a Hailee e uma amiga dela, Ally, sentaram perto de mim. – Enchi um copo com refrigerante e levei os dois para ela, do outro lado do balcão.

- Obrigada. – Disse pegando o garfo. – Mas elas falaram contigo?

- Sim. Só que... Eu não fiz nada. Apenas fiquei lá,escutando elas conversarem. – Contei, encarando o balcão.

- Isso é ótimo, sabia? Eu to orgulhosa de você. Muito orgulhosa. – Sorri ao ouvir Lauren falar daquele jeito. Gostava de fazer coisas que deixassem ela e minha mãe felizes. – Pensando em amanhã? – Perguntou quando viu que eu não falei mais nada.

- É, mais ou menos isso. – Respondi cabisbaixa.

- O que foi? Fala comigo, princesa.

- Não sei, Lo. É só que... Tem que dar certo, sabe? – Ela assentiu.

- Pequena, me escuta. Você não precisa colocar toda essa pressão em cima de si mesma, ok? Isso só piora as coisas, quer dizer, não fica pensando que tem que dar certo. Vai dar certo se tiver que ser. E se não for ou alguma coisa der errado, a culpa não é sua. Eu vejo o quanto você tem tentando nesses últimos meses. Tem tentado bastante e não há palavras no mundo que expressem o quão orgulhosa eu fico quando vejo você tentar. Porque o que importa, no fim das contas, é que você tentou. Se deu certo ou errado, é apenas uma consequência. Tentar por si só já significa que você ao menos tem força de vontade para ir atrás do que quer, então já é um avanço. Por mais que você não ache isso ou pense que eu só estou falando para que você não fique triste, não, não é nada disso. Isso é o que eu acho e sei que é verdade depois de tantos meses de convivência com você. E, quer saber? Eu amo você por tudo isso. – Grudei nossas testas enquanto algumas lágrimas escorriam pelo meu rosto. – Amo você pelos motivos mais insanos e sem sentido, amo você pelos seus erros, seus acertos, amo você simplesmente porque você é você. Não que eu ache que isso tudo vá mudar de repente só porque eu disse todas essas coisas, é só que a única coisa que eu tenho a oferecer a você é amor de todas as formas que eu conheço e todo o meu apoio pra ajudar você a passar por tudo isso hoje, amanhã, depois e todos os dias da minha e da sua vida.

Não sabia se ela já tinha terminado de falar ou não, apenas pousei meus lábios sobre o dela, sem capacidade alguma de formar uma resposta a altura. Depois Lauren me colocou no colo e eu me encolhi, sentindo-a acariciar meus cabelos.

- Meu amor, não chora. – Disse quando eu funguei.

- Não to chorando de tristeza. – Expliquei. – É só que... Você é a melhor coisa que já me aconteceu, eu não me lembro de ter feito nada de tão bom na vida pra merecer você.

- Olha... – Lauren disse secando minhas lágrimas. – Claro que são pouquíssimas as garotas do mundo que tem o privilégio de serem dignas de Lauren Michelle Jauregui, mas... – Dei um tapa no braço dela, rindo.

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