Espiral da Morte [Fluxo infinito] (PT-BR) - PARTE I

Capítulo 119 - Templo dos Cinco Órgãos Internos 9

O azarado estava à beira do colapso e quando ouviu as palavras de Lian Qiao, gritou "oh" e começou a chorar.

Embora o ato infeliz não tenha sido intencional, ele acidentalmente fez com que o escudo ficasse preso no cano e de fato matou duas pessoas. Se não fosse pelo escudo que acabou de ser destruído agora, provavelmente teria matado ainda mais jogadores.

Foi tão miserável. Depois de finalmente sobreviverem à floresta escura e ao campo de fogo, eles foram picados pelo escudo deixado por um companheiro porco. Quem eles poderiam encontrar para argumentar?

Portanto, Lian Qiao não se preocupou em confortá-lo e deixou o azarado chorar.

O azarado estava chorando, aparentemente não ousando tocar no escudo novamente. Xu RenDong pegou o escudo, limpou o sangue e olhou em volta. Ele viu que a areia amarela era longa e o deserto parecia interminável, espalhando-se até o horizonte. Um sol redondo e amarelo pairava diretamente acima. Seria muito difícil confiar no sol para identificar a direção.

Para onde ir a seguir?

Ele estava prestes a perguntar a Lian Qiao o que ele pensava quando viu Lian Qiao tirar um saco plástico de sua mochila, agachar-se ao lado do cadáver picado e começar a cortar a carne com uma faca.

Xu RenDong ficou surpreso, sua primeira reação foi que Lian Qiao estava fazendo uma autópsia. Mas qual seria o objetivo? A causa da morte desses dois não estava muito clara?

Logo ele descobriu que Lian Qiao não estava fazendo uma autópsia – ele estava fazendo uma dissecação.

Ele cortou um grande pedaço de carne da coxa do morto, enfiou-o em um saco plástico e virou-se para cavar as entranhas da outra metade do corpo. Xu RenDong estreitou os olhos e adivinhou o que ele estava fazendo.

Apesar disso, ele ainda achava que desmembrar o corpo ali mesmo na frente do azarado era um pouco...

Como imaginado, o azarado ficou tão assustado com as ações de Lian Qiao que fungou e estremeceu: "Você, o que está fazendo... ...?"

As mãos de Lian Qiao estavam cobertas de sangue e ele não levantou a cabeça em meio aos cadáveres picados no chão: "Se eu fosse você, não perguntaria coisas tão estúpidas".

O azarado: "Ei!"

Lian Qiao cortou um pedaço de carne daquela coxa desmembrada e colocou-o em um saco plástico. Ele virou a cabeça para a outra metade do corpo e retirou alguns órgãos internos desconhecidos. O azarado parecia pálido e inconscientemente olhou para Xu RenDong em busca de ajuda.

Xu RenDong pensou consigo mesmo: qual a utilidade de você me pedir ajuda, não é óbvio que eu e ele estamos juntos?

Ele estava com preguiça de lidar com o azarado, então foi até Lian Qiao, pegou a água mineral e ajudou a lavar o sangue das mãos.

O azarado: "..." Acabou, a divisão de trabalho entre essas duas pessoas é clara, parece que esse não é o primeiro crime deles!

Quando Lian Qiao enfiou os pedaços de carne coletados em sua mochila, as pernas do azarado já estavam fracas e ele estava prestes a chorar de novo.

O medo fez um bom trabalho ao dissipar sua culpa e ele havia se esquecido do escudo há muito tempo. Ao ver Lian Qiao lançar um olhar para ele, o azarado se ajoelhou assustado e implorou por misericórdia: "Por favor, não me mate, eu posso fazer qualquer coisa! Sou muito obediente! Por favor, deixe-me ir!"

Lian Qiao não falou. Em vez disso, ele apenas levou a mão aos lábios e fez um movimento de zíper.

O azarado entendeu e calou-se imediatamente, ficando quieto como uma galinha.