Capítulo 05: Yokai no Ie

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Contudo, seu espirito não descansou. Ele se uniu às aranhas, ganhando a forma horrenda de metade aracnídea. Mas ela ainda era um espirito e, por causa da maldição, ela estava presa àquela localização. Um dia, um homem estava descansando os pés cansados de trabalho nas águas da catarata. Joro-Gumo, em forma de mulher, o seduziu; depois, devorou sua carne. Assim, ela estava livre.

Joro-Gumo queria sua vingança. Queria matar o príncipe e a princesa, mas ela estava alguns séculos atrasada. Ambos estavam mortos há muitos anos; sua vingança foi matar todos os seus descendentes. Ela criou um gosto por carne humana e, desde então, vinha seduzindo homens e mulheres apenas para devorá-los vivos.

Sakura revirou caixas, sentindo diversas teias de aranha se prendendo em seus dedos. Tunk, ela ouviu de trás; virou-se para ver uma pata gigante de aranha entrando pela portinhola. Sentia que começaria a hiperventilar, mas não podia; tinha que agir, e agir rápido.

Encontrou uma silvertape, que usou para prender com firmeza a faca à madeira. Mais patas estavam no sótão, felizmente, Yagyuu era grande demais para entrar com facilidade. Sakura ficou de frente a portinhola, porém encostada a parede do lado mais distante; sua arma apontando para frente. O que estava prestes a fazer era loucura, mas a adrenalina em seu sangue estava falando mais alto. Queria que Za'an estivesse ali para ver aquilo.

Deu os cinco passos até a porta o mais rápido que suas pernas permitiram. Então mergulhou pela portinhola, a ponta da faca mirando para baixo. Atingiu a Joro-Gumo no ombro direito. Ela urrou de dor e ambas caíram escada abaixo, indo parar na sala da lareira.

Assim botou o pé no chão, Sakura sentiu que seu tornozelo estava torcido de alguma maneira. Tentando ignorar a dor, mancou até a cozinha, deixando sua arma encravada no monstro. Quase imediatamente, ouviu Yagyuu vindo atrás dela. Abriu a gaveta, onde encontrou outras facas. Colocou o máximo que conseguiu em sua mão esquerda e se preparou.

Assim que Yagyuu surgiu na porta, Sakura lançou as facas. Não tinha uma mira perfeita, longe disso, mas a Joro-Gumo era um alvo enorme e todo lugar que atingia era útil, pois a machucava de alguma maneira. Chegou até mesmo a atingir na cabeça, mas sua pele de porcelana mal se feriu.

Quando lançou a última faca, Sakura sabia que seria seu fim. Não tinha o que fazer. E Yagyuu sabia muito bem disso, pois abrira um sorriso sinistro com dentes afiados propositalmente – nem humanos nem joro-gumos tinham dentes daquela maneira. Suas oito terríveis patas aracnídeas estavam próximas, passando por cima da mesa e da pia.

O Deus ex-machina de Sakura apareceu na forma de Akira. A garota estava na porta, com ambas as mãos esticadas e palmas abertas na direção da Joro-Gumo; seus braços tremiam por um esforço invisível. Sakura, então, notou que um dos braços de aranha de Yagyuu estava parado a poucos centímetros de seu rosto; ele também tremia, como se houvessem cordas invisíveis impedindo-o de avançar.

Akira soltou um grito de puro esforço – como os lutadores de sumô faziam quando levantavam seus adversários para jogá-los para fora do ringue. Yagyuu foi levantada há pelo menos um metro do chão e, então, lançada por uma janela para o lado de fora. Ofegante pelo esforço, Akira sinalizou para que elas saíssem da casa.

– E quanto as outas meninas? – Sakura perguntou, quando estavam passando pela sala da lareira; sua arma improvisada estava no chão, coberta de sangue.

Akira revirou os olhos e subiram para andar de cima. Sakura gritou e gritou, chamando por todas elas, implorando para que saíssem.

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Quando Mikasa ouviu Sakura chamando do lado de fora do seu quarto. Tinha a sensação de que Yagyuu havia sido, de alguma forma, derrotada. Ela não imaginou como isso seria possível. Com as outras meninas, ela deixou a casa e foi para o lado de fora. A primeira coisa que notou foi a proteção.

Histórias Curtas do Sétimo UniversoWhere stories live. Discover now