Capítulo 32 - O Olho [ parte 1 ]

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Por motivos de eu estar ainda lenta para escrever e conseguindo no máximo 900 palavras a cada vez que tento, vou postar esse capítulo em duas partes :)

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Por motivos de eu estar ainda lenta para escrever e conseguindo no máximo 900 palavras a cada vez que tento, vou postar esse capítulo em duas partes :)


Elena


— Conseguiu o que eu pedi? — escutei Beatrice cochichar.

— E eu tive escolha? — respondeu Henrique.

— Realmente não tinha mesmo. Não se quiser acabar logo com isso. Agora é melhor dormir, pois amanhã temos que ir atrás da pista.

Henrique não disse mais nada. Ouvi ele deitar sobre a grama onde estávamos acampados e suspirar.

O céu estava claro por conta da lua que brilhava sob as nuvens. E eu estava exausta, porém havia perdido o sono por conta do que ouvira Henrique e Beatrice conversarem. Com muito custo consegui me acalmar e fechar os olhos. Pareceu que somente um minuto tinha se passado quando acordei já estava na hora de levantar e eu não havia descansado o tanto que gostaria.

— Vamos! Levantem-se! Precisamos nos adiantar — disse Beatrice já com suas armas na mão.

Levantei sentindo dores nas costas e com muita sede. Eu ainda não estava totalmente recuperada da pequena aventura com a Kraken. Adquiri novas cicatrizes, mas o corte no braço não queria melhorar, era como se estivesse amaldiçoado. Pois, pelo pouco que eu entendia, não se tratava de uma infecção.

— Henrique! — gritou Beatrice chutando-o.

— Ai! Minha costela! — resmungou ao se mexer.

— Pensei que estivesse ansioso para experimentar o seu presentinho de ontem.

— Não é presente quando se é roubado.

— Não para um pirata.

— Do que vocês estão falando? — indagou Jasper ao enxugar a saliva que havia escorrido em seu queixo enquanto dormia.

— Não vai mostrar à eles? — disse Beatrice provocando.

— Acho melhor deixar esse assunto para quando estivermos no navio, não? — respondeu Henrique com um sorriso sem graça.

— Nem pensar! Eu ouvi você sair ontem, pode contar agora o que foi que houve.

Henrique tinha um semblante triste e ansioso ao mesmo tempo. Parecia que estava se torturando por algo e ao mesmo tempo lutando contra seus impulsos.

— Ontem eu fui até o outro lado da mata, onde a equipe da Astrid estava. Encontrei com a Emily e tivemos um momento...

— Meu Deus! Não me diga que vocês... — falou Jasper com um sorriso.

— Cala a boca, White! — disparou Henrique. — Não é disso que eu estou falando. Ontem nós dois conversamos e tentei trazê-la para o nosso lado. Contudo, ela se recusou alegando que tinha algo sobre o John e que ela não podia abandoná-lo.

— Com o meu irmão? O que ela disse? — interrompi exasperada.

— Não deu muitos detalhes, não tive muito tempo, precisava fazer o que Beatrice me ordenara.

— Não acredito no que estou ouvindo. Você tinha que ter raptado ela e trazido para cá!

— E quem me garantiria que a Astrid não estava de olho na gente? Ela cortaria o meu pescoço se eu tirasse o precioso tesouro dela. Sem falar que eu não passaria por cima da vontade da Em.

— Eu juro que não te entendo, Henrique. Quando foi que se tornou tão covarde?

— Não fui covarde e sim cauteloso. Depois do que eu fiz não faria diferença, ela jamais viria comigo.

— E o que foi que você fez com a minha prima? — vociferei ao agarrá-lo pelo braço.

Henrique pegou uma sacola de algodão e tirou algo de dentro. Parecia um animal peludo... Quando olhei de perto entendi. Era o cabelo de Emily que ela tanto se orgulhava.

— Eu não acredito! Para que isso? — gritei.

Henrique se desvencilhou do meu aperto e jogou a sacola com o cabelo em Beatrice:

— Fique à vontade para explicar — disse ao se afastar da gente.

Beatrice o olhou com pena e falou:

— Não temos muito tempo para essa ladainha. O sol está para nascer. Tudo o que posso dizer agora é que o cabelo da guardiã será de extremo valor para a gente nessa caçada e eu não podia perder a oportunidade de ter essa mínima vantagem. Henrique era o único que poderia fazer isso sem criar um alvoroço.

— Ela nunca vai me perdoar — disse ele com tristeza.

— Se ela te ama, vai entender um dia. Cabelo é só cabelo.

— Mas não o cabelo da Emily, não é mesmo? — falei.

— Tem razão... Mas você entendeu o que eu quis dizer, garota.

— O que você não entende, Beatrice, é que o que eu fiz foi traição. Traí a confiança dela sem dar alguma explicação. Eu a conheço, ela é rancorosa e pode não me perdoar nunca mais por ter estragado o que nós tínhamos — respondeu Henrique terminando de amarrar seus cadarços.

— E o que vocês, crianças, parecem não ter entendido até o momento é que estamos numa caçada. Ou melhor, numa guerra e isso já é frescura demais para se comparar com o que passamos e o que ainda precisamos fazer.

Ficamos calados sem termos o que dizer. Terminamos de nos preparar e seguimos de volta até as ruínas da antiga liga pirata. O sol tinha terminado de nascer quando paramos diante dos destroços. Precisávamos encontrar o tal olho que nos mostraria a próxima pista, mas só havia ferragens e pedras por todo o lado. Com exceção de...

— Pessoal, o que é isso? — gritou Jasper apontando para uma montanha de entulho.

— Vamos verificar. Mas cuidado, porque alguém pode se machucar nos...

Porém, foi tarde demais. Tudo o que eu ouvi foi um grito e Jasper despencar entulho a dentro.

— Socorro!

— JASPEEEER! — bradei com todo o meu fôlego.

Corremos com cautela até onde Jasper havia desaparecido. Existia uma espécie de janela redonda com vidro sujo, vidro o qual ele havia quebrado ao cair.

— O olho! — berrou Henrique apontando para os destroços com a pistola.

— Então isso era o olho? — indaguei. — Uma janela velha e suja no meio de um lixão?

— É o que parece — respondeu Beatrice com desânimo.

— Socorro, gente! A coisa não está nada bonita aqui — gritou Jasper com dificuldade.

Por um segundo eu tinha me esquecido dele, pasma com o que essas pistas podiam significar e nos levar.


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Oieeee!

Arranjei uma solução para a falta do word. Cansei de ter sempre problema com instalação, pois quando não se usa o microsoft pago é canseira. Sendo assim eu baixei o LIBRE OFFICE, que é uma versão mais simples e grátis para criar documentos. Algumas coisas ainda estou aprendendo a mexer, mas recomendo para quem quer arriscar na escrita e tem o mesmo problema de programa que eu. 

Espero que tenham gostado da história, se eu pudesse escreveria tudo de uma só vez, mas há limites que no corpo e na mente precisam ser trabalhados com o tempo. 

Emily Pan⚓#2 [COMPLETO] - Uma Viagem à Ilha das FadasWhere stories live. Discover now