Capítulo 3 - Répteis & Escorbuto

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Elena


— Jasper, seu sonso! Tire suas patas de cima de mim!

— Calma Elena! Nem em ti eu encostei — respondeu White.

— Então o que é isso pegajoso nas minhas costas? — falei intrigada e com nojo.

— Pegajoso? Onde? — disse Henrique.

— Aí atrás, não estão sentindo?

— Pelas barbas de Merlin! O que é isso? — gritou Henrique se contorcendo todo.

— ISSO O QUÊ? — desesperei ainda mais. — Tirem isso de mim pelo amor de Deus!

— Eu não sei, está escuro, mas tem algo se mexendo aí, eu vi! — meu ex voltou a dizer.

— Ahoy! Estão se divertindo? — disse Jack chegando de surpresa. — Parece que sim, não é mesmo? E nem me chamaram para a festa

— Jack, seu maldito! Tire-nos daqui! — ordenei.

— Veja lá mocinha como você fala comigo, não está em condições de exigir nada aqui.

— Onde está o seu Capitão? — perguntou Jasper se mexendo sem parar e apertando ainda mais as cordas que amarravam nossos pulsos.

Nosso Capitão, você quis dizer. Vocês agora fazem parte da nossa ilustre tripulação também — respondeu Smith.

— Se fazemos mesmo parte dessa tripulação, por que não nos tira daqui? Acho que podemos ajudar em algo, não? — sugeriu Henrique estrategicamente.

— Eh, nisso eu ainda não tinha pensado — disse Jack esfregando o queixo pensativo.

— Pois bem, já pode cortar nossas cordas então e dizer o que temos que fazer — sugeri na tentativa de que ele caísse na minha armadilha.

— Mas e se o Capitão...

— Ele não quer que seus convidados sejam tratados dessa forma, quer? — continuei.

— JACK!!!!!! — gritou alguém vindo em nossa direção. — Não me diga que está fazendo mesmo o que estou vendo que está.

— Ca...pi..taaão! — gaguejou Smith. — Eu só estava...

— Sim! Estou vendo. Você estava prestes a cortar as cordas!

Eu, Henrique e Jasper estávamos amarrados juntos de costas um para o outro e com uma única corda desde que o navio zarpara da Escócia. Passamos cerca de uma semana em alto mar amarrados no convés e sendo tratados, para não dizer maltratados, por Smith e Beatrice, a mestre do navio.

Quando fomos capturados, nossa frota não seguiu viagem pelo ar, como foi com a tropa de Astrid. Seguimos pelo oceano, mas numa velocidade que eu acreditava ser impossível para um navio. Segundo Liam, ele precisava encontrar uma pessoa antes de partimos. Então, ancoramos numa costa que eu e os meninos acreditávamos ser o Caribe.

Emily Pan⚓#2 [COMPLETO] - Uma Viagem à Ilha das FadasWhere stories live. Discover now