Capítulo 43 - Crocodilos Também Temem

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(Capítulo sem revisão)

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Emily


Eu já estava cansada de ser raptada, mas não era como se eles soubessem disso. A tribo que nos aguardava estava armada de arco e flecha, lanças e até machados. Eles tiraram nossas armas e as jogaram dentro de um baú de madeira. Duas gaiolas nos aguardavam, pelo visto, tinham se preparado o suficiente assim que viram a ponta do navio no horizonte. O que me estranhava era Astrid não estar nem um pouco preparada para isto, ou será que estava?

Relutei no momento em que pegaram as armas que eram dos meus pais. Era como se o mínimo que ainda me restava deles se esvaísse de vez. Um homem com uma altura impressionante agarrou meus pulsos e me jogou dentro de uma das gaiolas que eles carregavam em uma espécie de carroça. O grupo era de mais ou menos vinte pessoas e eu cheguei a avistar umas cinco mulheres. Estas se vestiam com uma roupa de couro de crocodilo, calças largas e coletes maiores. Que junto de outro tecido que ficava por baixo, as aqueciam do frio que fazia naquela ilha. Um adorno que provavelmente era de guerreira enfeitava suas cabeças. Parecia uma coroa feita de dentes de crocodilo que se assentava em seus cabelos escuros cuidadosamente trançados. Os homens por sua vez, usavam literalmente uma cabeça de crocodilo por cima de suas próprias cabeças, suas peles escuras como ônix, da forma que eu nunca tinha visto antes, embelezavam ainda mais os seus adornos. Eles também vestiam coletes feitos de couro do crocodilo, mas nada era mais assustador do que as cabeças que eles usavam. A boca escancarada do animal dava abertura para que eles pudessem enxergar e eu imaginava que podiam facilmente se disfarçarem de crocodilos reais na floresta quando precisavam.

Astrid nos olhava e sussurrava para que ficássemos os mais quietos possíveis, provavelmente ela tinha um plano para nos tirar daquela situação. John me encarou com um pouco de apreensão, os homens nos colocaram na mesma gaiola junto de mais um pirata enquanto Astrid, ficou em uma jaula sozinha. Max e mais três dos nossos estavam em uma jaula maior.

Tentei procurar nos olhos do meu primo um resquício do verdadeiro John enquanto ele me encarava de uma forma que eu nunca tinha visto antes. Era como se ele estivesse com medo e ao mesmo tempo vazio.

— Para onde você acha que eles irão nos levar? — perguntei mesmo sabendo que ele podia muito bem me ignorar. Mas para a minha surpresa ele me respondeu:

— Não importa para onde iremos e sim como sairemos daqui.

Concordei com a cabeça.

— Você está bem? — Decidi aproveitar que ele estava disposto a falar.

— Defina o que é estar bem para você.

— Acho que você entendeu o que eu quis dizer. Você continua um estranho para mim, preciso saber se você é o meu John.

Emily Pan⚓#2 [COMPLETO] - Uma Viagem à Ilha das FadasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora