Cap.50 "I die when he comes around to take you home" (Damien Rice)

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- Quer entrar? - Angie chamou, parada em frente ao condomínio.
- Angie... - Talvez fosse a hora de admitir - Algumas coisas mudaram pra mim, e eu... Eu acho melhor sermos só amigos.

Nos últimos dias vinha sendo difícil dar atenção à Angie, mesmo que apenas sexual, eu estava ocupado demais me preocupando com Elizabeth. Tínhamos nos aproximado na última semana, almoçamos juntos pelo menos três vezes depois da primeira, Veronica sempre estava junto e, no último dia, Barbára, Sweet Pea e Archie também foram. Ela parecia se divertir, e esquecer-se um pouco de como as coisas estavam conturbadas dentro de sua casa. Ela não havia falado nada sobre isso, e eu também não perguntei, não queria obrigá-la a pensar em coisas desagradáveis, minha missão era fazê-la dispersar-se disto.

- Faz quanto tempo que você está tentando me dizer isto? - Angie perguntou, risonha.
- Ah... Alguns dias, Angie. - Ri, sem graça - Me desculpe ter te enrolado...
- Jug, não é como se eu tivesse esperando um relacionamento sério, relaxa.
- Vou ser despedido? - Perguntei, rindo junto com ela.
- Vai, vai ser despedido se não entrar comigo agora pra gente se despedir.

Assim que entramos, Angie deixou seus casacos sobre o sofá, coberto por uma manta colorida. Pediu que eu ficasse a vontade enquanto preparava duas doses de whisky. Após entregar a minha, ordenou que eu esperasse ali até segunda ordem e sumiu em um corredor. Seu apartamento era pequeno, sala e cozinha juntas, separadas apenas por um balcão de mármore. Era tudo um pouco desajeitado, como se ela não tivesse tempo de arrumar. Tive a impressão que aquilo tudo era intocado, como por exemplo a tv, parecia nunca ter sido ligada.
Ouvi uma música de batidas divertidas começar, sorri, tomando um sorvo do meu whisky. Senti meu corpo todo estremecer num espasmo intenso, apertei os olhos e respirei fundo, depois tomei outro gole, e outro, até acabar com o conteúdo no copo.

- Jug, vem cá! - Ela gritou, prendi o riso e me levantei, seguindo até o corredor, a escuridão me impossibilitava saber o que me esperava, mas continuei andando.

Senti, pouco tempo depois, Angie me abraçar por trás, em um instante eu não via mais nada, ela havia me vendado, e agora me conduzia. Comecei a rir, tentando descobrir o que ela pretendia, mas ela não diria. Eu gostava disto. Senti meu corpo tombar numa superfície macia, logo meu quadril foi pressionado pelo que imaginei ser o seu. Suas mãos excursionavam meu peito, alisando-o sobre o tecido grosso do sweater, que logo não estava mais em meu corpo, fazendo caminho junto com minha camiseta.
Angie segurou ambas minhas mãos nas suas e começou a arrastá-las por alguma parte de seu corpo, lisa, quente, rígida. Talvez suas coxas, ou sua cintura. A curiosidade aguçada me fazia sorrir, ao mesmo tempo em que eu queria tirar a venda e saber o que ela estava fazendo, eu queria permanecer vendado pela excitação que aquilo estava me proporcionando.
Senti os bicos rijos de seu seio sob minhas palmas e tomei a liberdade de trabalhar sozinho com minhas mãos, apertando-os e massageando-os com calma. Eu ouvia os suspiros ruidosos vindos de Angie, enquanto seu quadril movia-se exatamente sobre minha ereção, que se formava pouco a pouco.
Senti seu corpo debruçado sobre o meu, sua língua sobre meus lábios, depois em meu queixo, pescoço, peito, barriga... Sem minha ajuda, retirou minha calça e minha boxer, dedicando-se a me chupar, nada mais. Angie sabia o que fazer, e era boa no que fazia. Eu não precisava conduzi-la, é como se ela sentisse a hora certa para intensificar os movimentos, quando deveria sugar, ou simplesmente lamber. Aw, eu sentiria saudade daquela boca.
Angie desistiu do jogo antes de mim, arrastando-se sobre meu corpo e retirando minha venda. O escuro limitou minha visão sobre seu corpo, mas sua silhueta era o suficiente pra mim. Empurrei meu corpo sobre o seu e grudei minha boca em seu pescoço perfumado, com suas nádegas perfeitamente encaixadas em minhas mãos, guinei seu quadril em direção ao meu. Ela estava completamente nua. Eu deveria saber.
Ligeiramente, Angie escapuliu de mim e virou-se de costas, apoiando suas mãos na cabeceira, me ergui sobre meus joelhos e alisei a lateral de seu corpo, encostando-me em suas costas enquanto beijava sua nuca e orelha, alisando sua barriga, seios... Sua pele completamente arrepiada encostava-se a mim, não diferente. Ela empinava sua bunda, roçando-a pelo meu pau, que pulsava, pedindo abrigo.
Angie o segurou pela base e empurrou-o contra sua cavidade, apertei seu quadril contra o meu, descontando ali a intensidade das sensações. Conforme nos acostumávamos com a posição, eu aumentava a frequência de meus movimentos. Angie implorava que eu fizesse mais força, contorcendo-se contra a cabeceira. Eu assistia as gotas de suor escorregarem desde a raiz de seus cabelos, presos de qualquer jeito, e deslizarem por sua nuca e suas costas, até encontrarem-se com sua bunda, pressionada contra minha virilha. Nenhuma cena poderia ser mais erótica do que aquela.

Betting Her - Adaptação BugheadOnde as histórias ganham vida. Descobre agora