Cap.29 "Only you can cool my desire, I'm on fire" (Bruce Springsteen)

1.5K 147 84
                                    

- Ah... - Foi tudo o que saiu de mim, Elizabeth estava parada na nossa frente com uma expressão congelada, em sua mão reconheci o bloco de notas que usamos na noite anterior.
- Prazer, sou Rebecca. - Vi a garota ao meu lado se levantar e estender sua mão para Elizabeth, que pareceu cogitar a possibilidade de cumprimentá-la, mas o fez.
- Elizabeth. - Disse simplesmente.
- Bom, vocês precisam trabalhar, né? Então eu vou indo. - Rebecca disse e olhou de Elizabeth para mim, sorri sem graça e me levantei devagar.
- Vocês querem que eu saia? - Elizabeth perguntou em um tom irônico que eu nunca tinha visto-a usar, olhei pra ela e tudo o que fiz foi dar de ombros, disfarçando minha surpresa.
- Não precisa. - Rebecca disse entre risos, então se aproximou de mim e depositou um beijo demorado no canto da minha boca - A gente se vê. - Disse ela, nos dando as costas e andando um pouco - Ah! - Virou-se, eu e Elizabeth tornamos a olhá-la - Se você conhecer a garota pela qual Jug é apaixonado, por favor, diga à ela que é uma sortuda. - Enrijeci todos os músculos do meu corpo, estático, apenas deixei meus olhos se esgueirarem para o lado e encarei a reação de Elizabeth, ela também parecia petrificada com o pedido de Rebecca, que agora já desaparecia do nosso campo de visão.
- Ahn... O... Professor, ele me entregou a composição. - Elizabeth disse, agora virando-se pra mim, traguei em seco e a examinei seu rosto inexpressivo outra vez.
- Podemos ficar por aqui hoje? - Apontei com a cabeça para a espreguiçadeira, ela assentiu e sentou-se, fiz o mesmo ao seu lado e recebi o bloco de notas.

Li o que eu já havia escrito e notei que ela havia acrescentado uma frase. Dizia: "Honestidade era tudo o que eu sempre quis que você me mostrasse, e tudo o que eu sempre precisei". Trinquei meus dentes discretamente, aquela mesma vontade de sair dali começou a crescer dentro de mim, mas desta vez não o fiz. Eu não ia ceder novamente, não tão rápido.

- Pensei em algo durante o dia, posso escrever? - Pediu ela, dei de ombros e devolvi o bloco de notas.
- Escreve aí. - Dito isso me recostei à espreguiçadeira, esticando minhas pernas ao longo dela e descansando um dos braços atrás de minha cabeça.

Elizabeth me olhou por um instante, fingi não sentir seu olhar pesando sobre mim enquanto eu estralava meu pescoço com calma, com os olhos fechados. Depois voltei a mirá-la, concentrada no que escrevia rapidamente. Com a ponta de seus dedos arrastou uma mecha de seu próprio cabelo para trás da orelha, permitindo que a pouca iluminação amarelada de um dos postes alcançasse sua bochecha direita. Tão linda como há muito eu não a via, tão minha.
Arqueei meu tronco e apoiei meu pé no chão, arrastando meu corpo para trás do dela, então apoiei meu outro pé no chão, de modo que ela ficasse sentada entre minhas pernas. Elizabeth sobressaltou e parou o que fazia quando encostei meu peito em suas costas, roçando minha bochecha em sua orelha. Fechei meus olhos sentindo o perfume familiar de seus cabelos e pele.

- Jug, por favor. - Sua voz falha me chamou a atenção, mas seu corpo estava imóvel.
- Come on, Betty, você não sente falta? - Murmurei com rouquidão próximo do seu ouvido, sua mão apertou meu joelho e o bloco de papel escorregou por entre seus dedos, caindo ao chão - Não sente?
- Chega! Você não merece nada de mim! - Esbravejou, levantando-se de uma vez, também o fiz, quase ao mesmo tempo, e segurei seu antebraço, puxando-a de volta em direção ao meu corpo.
- Chega, você, de fugir... você quer isso tanto quanto eu. - Murmurei segurando seu cabelo embrenhado entre meus dedos.
- Não... - Ela disse apressada, sorri e com a mão livre, guinei seu corpo pra frente, ela tropeçou em meus pés e apoiou suas mãos em meu peito, resfolegando como se acabasse de correr alguns metros - Pára, por favor.
- Resista, se puder.

Murmurei em seu ouvido, roçando meu rosto ao seu. Escorreguei meus lábios entreabertos por seu pescoço enquanto sentia seus dedos pressionarem meu peito sobre minha camisa, como se quisesse me afastar, ou apenas foi a maneira que encontrou de não retribuir nada do que eu lhe proporcionava. Quando me dei conta de que ela não sairia dali, parei de pressioná-la contra mim e comecei a excursionar suas costas com minha mão livre, ainda segurando seu cabelo com a outra; Senti o tecido macio de sua saia sob minha palma e apertei sua nádega, puxando-a pra perto com um pouco mais de força, o que lhe arrancou um suspiro ruidoso, contra meu pescoço, onde sua respiração batia pesadamente.
Trilhei um caminho de beijos por sua garganta, então seu queixo e parei com meu rosto frente ao seu, e naquele momento eu arfava tanto quanto ela, conseqüência da ansiedade que parecia querer me tirar todos os sentidos. Seus olhos se abriram e se cruzaram com os meus, senti suas mãos em meu rosto, seus polegares faziam movimentos circulares em minha bochecha, quase como se pedissem que eu fechasse meus olhos, então o fiz, sentindo a ponta de seus dedos escorregarem até minha nuca. Cerrei meu punho, segurando seu cabelo com mais força, então conduzi seu rosto para mais próximo do meu. Senti seu hálito fazer cócegas em meus lábios antes que eles entrassem em contato com os seus. Não havia paciência, tínhamos saudade, tínhamos urgência, então nos beijamos como se precisássemos daquilo pra nos mantermos vivos. Nos devoramos, um ao outro, ela parecia tão desesperada por isto quanto eu.
Sem dificuldade, amparei suas coxas e suspendi Elizabeth em meu quadril, me sentando na beirada da espreguiçadeira, já que minhas pernas bambas de ansiedade não me permitiriam ficar em pé.
Minhas mãos percorriam suas pernas sob a saia, apertei sua pele macia entre meus dedos e a puxei para mais perto, como se fosse possível. Nosso beijo se quebrou, mas outro se iniciou. Eu sentia suas mãos percorrerem meus ombros, braços e costas, perdidas como se fosse a primeira vez que fizessem aquilo. Deslizei meus lábios por seu queixo, garganta e colo, Elizabeth deitou sua cabeça para trás, enroscando meus cabelos entre seus dedos e permitindo que eu decidisse o que fazer. Passei minha língua no vale de seus seios e a ouvi ofegar, empurrando seu quadril contra o meu. Enganchei a ponta dos dedos no decote de sua blusa e o puxei, na tentativa falha de expor seu mamilo. O biquíni não era capaz de esconder o bico rígido de seu seio, ele parecia se comunicar comigo, me atrair pra perto, para lambe-lo e sugá-lo. Seus gemidos alteravam de entonação e freqüência, e por vezes eu podia sentir suas unhas cravadas em meu couro cabeludo.
Sob sua saia busquei sua intimidade, toquei-a por cima do biquíni, pressionando a ponta dos meus dedos sobre seu sexo, Betty empurrou seu corpo contra o meu, fazendo com que eu perdesse o contato com seu seio, mas ganhasse seu pescoço. Comecei a beijá-lo imediatamente, mordiscando-o e marcando-o com sucções não tão fortes. Elizabeth depositou sua mão sobre a minha e a apertou contra si mesma, friccionando seu quadril contra meus dedos. Notando seu desejo desesperado, passei a ponta dos dedos pela cava do biquíni e o afastei para o lado, o suficiente para que não me atrapalhasse, então comecei a tocá-la, lentamente, como eu sabia que ela gostava. Eu sentia a umidade em torno de meus dedos, desejando estar dentro dela mais uma vez. Massageei seu seio com a mão livre, apertando-o entre meus dedos e ouvindo-a ronronar em meu ouvido enquanto os movimentos de meus dedos em sua intimidade ganhavam velocidade. Eu sentia seu quadril mover-se sobre o meu, em movimentos sinuosos, buscando incessantemente por um toque mais íntimo. Com dois dedos invadi seu corpo, ela pareceu surpresa, sua respiração deteve-se e depois voltou ainda mais descompassada, seus braços rodearam-me, abraçando meus ombros com força. Deslizei a mão livre por suas costas, apertando-a contra mim e pressionando a ponta de meus dedos pela pele levemente suada abaixo de seu pescoço, onde a blusa não cobria. Com meu polegar comecei a estimular seu clitóris, agora inchado, enquanto sentia suas paredes internas pulsarem em torno de meus dedos, que se moviam cada vez mais rápido. Senti suas coxas pressionarem meu corpo e ela parou de mover-se, apenas tremia entre meus braços, dando um gemido longo e abafado na pele de meu pescoço, sorri e diminui a velocidade com a qual a masturbava, permitindo que ela voltasse a respirar, falhamente.
Eu pensei em beijá-la e depois convidá-la para sair dali, mas quando me dei conta Elizabeth estava em pé, pegando seus sapatos antes de sair correndo, me levantei sentindo minhas pernas fraquejarem de imediato.

Betting Her - Adaptação BugheadOnde as histórias ganham vida. Descobre agora