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A jovem continuava parada no mesmo lugar encarando a figura sem emoção em sua frente, a veia pulsando e dedos borbulhando enquanto uma luta interna se fez em sua consciência. As linhas de lágrimas engrossaram na medida em que Blake apertava os ombros de Rose atrás de si. As lágrimas não deixariam seus olhos, mas a jovem ainda continuava com um olhar desafiador assim como o maior em sua frente apontando a Shotgun.
- Atira. - Ordenou em tom rude.
- Não duvide da minha capacidade de estourar seus miolos. - Deu de ombros com um sorriso sarcástico.
Os dedos ainda tremiam no gatilho, algo maior o comandando a parar. Um sentimento eufórico que o sufocava fazendo seus dedos suarem, então como uma luz para sua angústia de matar a pessoa com quem teve sentimentos. Ele da uma risada não muito alta, mais o suficiente para os olhos de S/n se fecharem em desgosto.
- Não darei esse privilégio de te matar. - Debochou. A shotgun se move rapidamente para o lado esquerdo de seu crânio, causando uma tontura fazendo a jovem dar passos para trás. - Boa noite docinho. - Rose segura o rosto da garota chamando por seu nome, mas sua aparência agora era apenas um vulto se esvaindo.
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As molas do colchão faziam suas costas doerem, não poderia se espreguiçar em um cubículo que estava trancada. Seus olhos apenas olharam normalmente,mas infelizmente em segundos o Flashback de horas antes aconteceu em sua cabeça. Quando levantou tão rapidamente sentiu uma tontura colocando a mão na cabeça, havia sangue seco em sua cabeça junto a um pequeno risco que saia do couro cabeludo marcando sua testa.
- Maldito. - Bufou. Novamente trancada com aquele homem, qual não poderia ver seu rosto. Ou se negava sabendo que as coisas que sentia por ele viriam como um tsunami.
O cheiro de carne ou molho ficava no ar a jovem não tinha fome, contudo suas narinas não negavam a sentir aquele cheiro bom. Se deitou novamente olhando pro seu teto de madeira, os números de 1 até o 100 passavam lentamente em sua cabeça. Seus olhos caçaram a sombra preta que se fazia naquela teto, o som de passos tendo certeza que agora não se tratava de um porão e sim abaixo do chão que o mesmo pisava.
- Me tira daqui! - As mãos bateram contra a madeira. - Seu imbecil, pare de fingir que não me houve! - Berrou rude batendo forte desta vez para os fiapos da madeira ficarem em sua mão.
Um barulho alto ecoou bem acima de si, seu corpo deu um pulo e seus olhos viraram para cima onde sua sombra continuava no mesmo lugar.
- Continue. - Ordenou sem emoção em sua voz.
- Você está irritado comigo? - Questionou bufando. - Você não tem esse direito, você matou a única pessoa que me amava ou teve algum afeto por mim. - Murmurou raivosa. - Você não tinha o direito. Nem sabe como minha vida ficou depois dele morrer. - Seu corpo lentamente deslizou até que sua cabeça se mantivesse abaixada e seus joelhos sobre o chão.
