Capítulo 48 - Em tempos de paz

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"Finalmente livre, ele pensou. Grande Deus Todo-Poderoso, estou livre finalmente. Então eu acredito que isso é redenção. E isso é bom, não é? Muito bom, de fato. "

(Stephen King, A Torre Negra, A Torre Negra, Vol. III)

Não houve descanso depois da derrota de Freeza para os moradores de West Sayan. Com o único agente funerário da cidade morto, foi complicado enterrar todos os mortos, mas se fez uma grande vala comum para o bando de Freeza, e lá foram enterrados, sem nome e sem choro, os corpos de todos os bandidos que haviam morrido no ataque, menos o de Freeza, cujo corpo foi levado para Nova Sadala. Hitto queria mostrar a seus superiores que um dos xerifes subordinados a ele dera fim ao mais mal afamado bandido daquela região.

Os mortos da cidade, no entanto, receberam toda a atenção possível, embora todos quatro fossem homens sem família, Piccolo e três trabalhadores da mina. Mas Goku procurou saber seus nomes e mandou que o coveiro os escrevesse nas lápides.

– Eles vão sair levantando igual aqueles de hoje? – perguntou o coveiro – se tivesse sido à noite, eu teria morrido de medo...

– Bem – disse Goku – eu não sei. Pode ser que sim, pode ser que não... tudo depende do meu irmão. Agora me dê licença que tenho ainda muita coisa para resolver.

O coveiro ficou olhando o xerife se afastando e disse:

– Depende do irmão? Eu, hein. Será que esse sujeito, além de não morrer, ainda tem algum irmão bruxo?

Goku correu até onde estava Hitto que estava prestes a embarcar no trem, que voltaria ainda aquele dia a Nova Sadala, e o levou até a estação.

– E Suno, como está? – perguntou Goku, por pura falta de assunto.

– Bem. Teve mais duas meninas.

– Duas? Mas como pode, ela estava grávida da primeira ainda outro dia...?

– São gêmeas, Goku – Hitto riu – dois bebês de uma vez! Duas lindas menininhas de cabelos vermelhos como a mãe.

– Bem, pelos menos elas não são carecas que nem você...

O outro riu. O xerife de West Sayan continuava com sua ingenuidade de criança. Um aperto de mão e eles se despediram. Hitto sentou-se ao lado do jovem Jiren e, quando o trem partiu, ainda disse:

– Dizem que ele é rápido. Eu já vi você atirando, acho que você é ainda mais rápido... embora seja considerado ilegal esse tipo de disputa entre homens da lei, seria interessante vê-los disputando.

O jovem olhou pela janela, o homem de cabelos pretos se afastando na direção da cidade e disse:

– Haverá alguma oportunidade no futuro, Xerife.

***

O sol se punha e Vegeta olhava para o Oeste. Era seu primeiro anoitecer como um homem livre, e parecia que aquilo enchia de luz seu futuro, embora ele não soubesse fazer outra coisa senão roubar e atirar. De repente, Bulma se juntou a ele, novamente usando roupas femininas e um chapeuzinho colocado de forma coquete, de lado em sua cabeça graciosa.

– Desistiu de se vestir de homem? – ele a provocou, enlaçando-a pela cintura.

Ela apoiou a cabeça em seu ombro e deu um suspiro longo, dizendo depois:

– Talvez eu sinta um pouco de saudades do conforto de usar calças compridas.

– Você está bem cheirosa...

– Nada que um banho e roupas limpas não façam – ela sorriu – você podia fazer o mesmo... na minha casa.

– Eu não te agradeci por ter aberto mão de seu pedido por mim.

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