Capítulo 22- O verão em que Freeza sumiu

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"Ele a queria, de repente e completamente, com uma profundidade desesperada de sentimento que parecia doença. Tudo o que ele era e tudo o que ele procurara, aparentemente, era secundário diante dela."

(Stephen King, Mago e Vidro – A Torre Negra, Volume I)

"Um homem tão dolorosamente apaixonado é capaz de auto-tortura além da crença ".

(John Steinbeck – a leste do éden)

O oficial Hitto lia relatórios confusos sobre o aumento súbito de incidentes criminosos entre Nova Sadala e Vegetown quando ouviu a confusão na antessala da delegacia.

- Mas eu conheço ele! E acho que ele vai gostar de saber o que eu tenho a dizer, poxa.

- Meu jovem, você não pode ir entrando assim, desse jeito. Isso é uma delegacia, o Oficial Hitto é uma autoridade!

Hitto levantou-se, com vontade de rir. Havia reconhecido a voz de Goku. O jovem era impetuoso e não entendia conceitos muito básicos como hierarquia e autoridade. Mas se entrava daquela forma, vindo de West Sayan, podia estar trazendo alguma informação relevante.

- Eu vou recebê-lo – disse Hitto, e o policial que atendia Goku calou-se instantaneamente. – Olá, Goku.

- Boa noite, oficial Hitto, ainda bem que o encontrei ainda na delegacia. – disse o rapaz, alegremente – foi uma viagem bem complicada. Uns caras tentaram assaltar a diligência.

- "Uns caras?" – perguntou Hitto, curioso.

- É, eram uns vinte. Mas não eram muito espertos – disse Goku – quando eu acertei a mão do primeiro os outros ficaram com medo. Eu acertei a mão do segundo e eles começaram a correr. Mas eu consegui pegar um deles. Está aí fora amarrado e ele parece ter uma história interessante para contar para o senhor.

- Você trouxe um ladrão de diligência vivo? Sabe se é do bando de Freeza?

- Aí é que está... ele diz que o bando de Freeza acabou.

Os olhos do homem se arregalaram diante da notícia que parecia tão impossível quanto acharem ouro no leito do Rio Sadala. Ele olhou para Goku e perguntou:

- Ele disse o quê?

- Que houve um levante e o bando foi desmantelado. Acho melhor você perguntar a ele – Goku falou, tirando o chapéu e coçando a parte de trás da cabeça – me pareceu uma história bem interessante...

Hitto imediatamente saiu e foi ao encontro do rapaz, que tinha um aspecto miserável. Não parecia nem um pouco com os ameaçadores bandidos que assaltavam as diligências que iam para West Sayan, Vegetown e Oozaru, lembrava mais os mendigos que esmolavam na entrada de cidades como Porto Feroz e Nova Sadala.

- Qual o seu nome, rapaz? – Hitto perguntou e o homem o encarou com olhos perdidos e deu um sorriso meio estúpido.

- Toobi, senhor – o homem riu e ele percebeu que era um jovem, embora seus dentes fossem amarelos e bem estragados – e eu era do bando de Freeza...

- Como quer que eu acredite nisso? Homens do bando de Freeza que eu vi e persegui não se pareciam contigo...

- Porque eram os grandes. Os conhecidos, sabe? Dodoria, Zarbon, Ginyu... Eu não era como eles, eu era um dos pobres coitados que seguiam o bando e ajudavam nos roubos com mais gente... mas nós levamos uma caixa bem grande de dinamite da obra da ferrovia não faz muito tempo eu ajudei a carregar! O senhor deve ter ouvido falar.

Hitto teve certeza de que ele falava a verdade quando mencionou o roubo, que não havia sido divulgado, era o tipo de coisa que atraía mais assaltantes para um alvo difícil de proteger.

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