Capítulo 11 - O conto dos dois irmãos

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"Eu acredito que há uma história no mundo e apenas uma... Os humanos são apanhados - em suas vidas, em seus pensamentos, em suas fomes e ambições, em sua avareza e crueldade, e em sua bondade e generosidade também - em uma rede de bem e mal. . . . Não há outra história."

(...)

"Bem, todo garotinho acha que ele inventou o pecado. Virtude que achamos que aprendemos, porque nos é dito sobre isso. Mas o pecado é nosso próprio projeto ".

"Eu me pergunto quantas pessoas eu olhei toda a minha vida e nunca vi realmente."

(John Steinbeck – A Leste do Éden)

Voltando ao dia da chegada a Nova Sadala...

Logo que deixou Bulma no hotel, Goku rumou para o extremo norte de Nova Sadala. Depois de horas de cavalgada pesada, ele queria apenas trotar levemente até a casa onde poderia ficar hospedado, e foi isso que ele fez. Ele não reparou, mas passou por um homem completamente calvo e outro de cabelos muito compridos, atraindo por um instante o olhar do cabeludo, que reparou nele apenas depois que ele passou e ficou intrigando observando aquele homem de chapéu arriado com uma cabeleira espetada e arrepiada que lhe era estranhamente familiar.

Goku parou diante de uma casa de dois pavimentos, bem cuidada, com uma árvore e um pequeno jardim à frente. Ele bateu à porta da casa, que era branca e tinha um simpático telhado vermelho, e esperou até que um homem de pele negra e baixa estatura abriu a porta e disse:

- Goku!

- Senhor Popo! – Goku abraçou o homem, que o apertou e levantou ligeiramente. Era um homem extremamente forte.

- O professor Kami está?

- Sim, sim, ele está estudando. Espere aqui.

Um homem de pele castanha, usando um turbante, veio do interior da casa de braços abertos e Goku o abraçou. O professor Kami tentara, alguns anos antes, aperfeiçoar as poucas letras que Goku aprendera, absolutamente sem sucesso, num período em que o seu avô o deixara ele, quando ele tinha 11 anos. Corria na época o boato que Freeza rondava pela área de West Sayan, e o velho pedira ajuda ao velho conhecido para proteger seu neto. Mas tudo não passara de boato e seis meses depois Goku voltava à fazenda, um pouco menos selvagem e mais educado e disciplinado, mas tão pouco letrado quanto chegara. Depois, sempre que ia levar cavalos a Nova Sadala, era na casa do velho que ele ficava.

- O que te traz a Nova Sadala, meu filho?

Goku explicou sua ida para West Sayan, e como havia acabado como guarda de diligência, explicando que agora estaria em Nova Sadala a cada 15 dias. Disse que podia ficar no armazém dos Briefs, mas o velho professor disse que, como na época que ele levava os cavalos, ele poderia passar quantos dias quisesse na companhia de e e de Popo, que havia sido soldado na época da guerra civil e depois se tornara assistente de Kami.

- Vamos treinar tiro enquanto você estiver aqui, Goku – disse Popo, dando um ligeiro soquinho no braço do rapaz, que riu.

- Sim, sim, senhor Poppo, vamos!

***

Radditz olhava para o corpo inerte de Gurdo, jogado num beco da área mais pobre e suja da cidade quando disse a Nappa:

- Não achou o Vegeta meio estranho hoje?

O outro bandido havia acabado de deixá-los ali e partira num galope apressado de volta ao hotel. Nappa jogou um pouco de lixo sobre o corpo, para que Gurdo não fosse encontrado antes do amanhecer e disse:

- Ele nunca foi muito de falar. Não é como você, que não sabe ficar calado. Vamos.

Saíram do beco por lados opostos, Nappa iria para um prostíbulo, como sempre fazia, mas o destino de Radditz era outro. Conforme ia andando pela zona de prostituição, mulheres mexiam com ele, que ria, e ele replicava fazendo graça com elas. Mas o destino dele era outro.

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