Capítulo 45 - West Sayan corre perigo!

119 10 3
                                    


 "Se queres paz, prepare-se para a guerra"

(General Flavius Vegetius Renatus, na Crônica das Guerras de Roma, Século IV d.C.)

Na pensão de Tullace

– Acorda, Kakarotto, acorda! – Vegeta esmurrava a porta do quarto de Goku, que despertou assustado com o barulho e o alerta na voz do companheiro de viagem. Olhando para fora, viu que ainda era noite. Ele não podia ter dormido ao ponto de atrasarem-se para a viagem.

Pôs-se de pé, em alerta, imediatamente, pegando o cinturão e as armas sobre a cadeira onde os deixara. Havia chegado tão cansado, que apenas tirara as botas e o cinto e se atirara de roupa mesmo na cama. Abriu a porta e deu com o rosto preocupado do outro, que tinha uma outra mulher que ele jamais vira atrás de si, com o rosto apavorado.

– Que houve, Vegeta?

Goku olhou intrigado para a dupla à sua frente e Vegeta respondeu:

– Não há tempo para explicações, pegue suas coisas, eu já acordei Bulma e mandei que ela fizesse o mesmo. Vamos partir agora para chegar à sua cidade antes do amanhecer.

– Por quê?

– Porque West Sayan corre perigo. Freeza pretende atacá-la.

Goku nem precisou de explicação adicional. Simplesmente pegou suas coisas no quarto e disse, com as botas ainda nas mãos:

– Vamos.

Deixaram dinheiro sobre o balcão da estalagem, o dono estava dormindo e sequer ouviu sua movimentação. Bulma, no entanto, olhava para Chirai desconfiada e disse, quando saíram da estalagem:

– Ela não tem cavalo. Como vamos levá-la a West Sayan conosco?

– Ela pode ir na minha garupa ou na de Kakarotto – disse Vegeta.

– Por que não na minha? – disse Bulma, um pouco indignada e enciumada.

– Porque é uma descida e você, de nós três, é a que menos tem experiência de montaria – disse Goku, entendendo imediatamente.

– Eu... não quero ser um problema – disse a mulher, sem jeito.

– Não será – disse Goku – Venha na minha garupa. Me explique a história no caminho... Só não podemos ficar aqui nem mais um instante.

Eles subiram nos cavalos e começaram a descida de forma lenta. Aquele trecho que descia, a partir da primeira encosta do Paozu, era um pouco íngreme e bastante perigoso numa noite escura, mas, felizmente, eles tinham uma lua quase cheia no céu. Quando a última curva da estrada os levou para a reta que levava, numa constante e suave descida, até a planície de West Sayan, Goku abriu um sorriso, apesar da tensão, e abriu um galope rápido, que Kihoho, mesmo ainda não totalmente descansado, correspondeu alegremente.

Porque finalmente eles estavam chegando em casa.

Tullace, às seis da manhã.

Freeza acordou de repente, e percebeu imediatamente a ausência de Chirai na casa. Ele levantou-se, desconfiado, e resolveu procurar por ela. Acordou a criada, que disse, apavorada, que não havia visto a senhora desde que se recolhera. Freeza olhou para a mulher. Não sabia se ela havia sido cúmplice da outra, mas agora isso não tinha mais importância.

Chirai o traíra. Ficou um instante pensando e concluiu que ela não poderia ter ido ainda muito longe. Eles haviam se deitado por volta das dez horas, e ele caíra num sono profundo, mais profundo que o habitual. Ele se vestiu rapidamente e ia sair para procura-la pela cidade quando parou e pensou: se saísse àquela hora atrás da mulher, ele pareceria um sujeito fraco e débil, dependente da mulher que vivia com ele. E ele estava pouco se lixando para Chirai, agora que havia conseguido ter um novo bando.

West SayanOnde as histórias ganham vida. Descobre agora